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Bike Share Universidade do Sul de Santa Catarina

Por:   •  30/4/2018  •  Artigo  •  1.987 Palavras (8 Páginas)  •  467 Visualizações

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BICICLETA COMPARTILHADA: Alternativa de transporte urbano eficiente e sustentável.

Bruno Hobold Roecker, Leonardo Esmeraldino Da Silva.

Arq. Michelle Benedet, Msc. e Eng. Agr. Juliane Benedet

Arquitetura e Urbanismo

Universidade do Sul de Santa Catarina
         

1. Mobilidade Urbana

        A mobilidade urbana é a base fundamental para a estrutura de uma sociedade, pois todos temos o direito e a necessidade de ir e vir. Quanto maior a fluidez deste deslocamento melhor. Mas por razões econômicas, a nossa estrutura de transporte está baseada apenas no veículo motorizado, em especial os veículos individuais. Assim, todas as estratégias apresentadas como solução de mobilidade urbana incentivam ainda mais o uso exclusivo do carro como meio de locomoção, o que o torna insustentável nos dias de hoje, promovendo congestionamentos, poluição atmosférica e sonora.

           Para se ter uma boa eficiência de mobilidade urbana é necessário integrar diversos meios de locomoção, sejam eles motorizados ou não, pois de certa forma é impossível imaginar uma solução envolvendo apenas um tipo de sistemas. Portanto a mobilidade por bicicleta ou qualquer outro meio de transporte não motorizado devem ser encarados como mais uma forma de solução e não gerador de problemas.

2. Bicicleta, um Transporte Eficiente e Sustentável.

        Estudos realizados pela Comissão europeia (2000) revelam que a escolha pela bicicleta como meio de transporte depende tanto de fatores subjetivos – imagem de marca, aceitação social, sentimento de insegurança, reconhecimento da bicicleta como meio de transporte de adultos, etc. – como de fatores objetivos – rapidez, topografia, clima, segurança, aspectos práticos.

A pesquisa também aponta benefícios gerados para os indivíduos e para coletividade urbana através do uso da bicicleta (COMISSÃO EUROPEIA, 2000).

Benefícios gerados para os indivíduos:

  •     Ecológica: Não utiliza combustíveis fósseis, não gera gases do efeito estufa e nem produz ruído;
  •     Social: Possibilita maior autonomia de mobilidade;
  •     Política: redução da dependência energética e economia de recursos não renováveis;
  •     Econômica: diminuição de parte do orçamento familiar consagrada ao automóvel, redução das horas de trabalho perdidas nos congestionamentos e redução das despesas médicas devido ao exercício físico regular.

Benefícios gerados para a coletividade urbana:

  •     Melhora na qualidade de vida na cidade com redução de ruídos e poluentes;
  •     Preservação dos monumentos e das plantações;
  •     Menos uso do solo, tanto para se deslocar quanto para estacionar;
  •     Menor degradação da rede viária e redução de programas de novas infraestruturas viárias;

        Diminuição dos congestionamentos e das perdas econômicas que estes dão origem;

  •     Maior fluidez da circulação dos automóveis;
  •     Maios poder de atração dos transportes públicos;
  •     Melhor acessibilidade aos serviços tipicamente urbanos;
  •     Ganhos de tempo considerável para os ciclistas nas curtas e médias distancias.

3. Sistema de Compartilhamento de Bicicletas

        O sistema de bicicleta compartilhada funciona da seguinte forma, as bicicletas ficam disponíveis em estações distribuição em pontos estratégicos da cidade, caracterizando-se como uma solução de meio de transporte de pequeno percurso para facilitar o deslocamento das pessoas nos centros urbanos.

De acordo com o Guia de planejamento de sistemas de bicicletas compartilhadas (2014), mais de 400 cidades do mundo possuem esse sistema de compartilhamento e o número desses programas aumentam a cada ano. Os maiores sistemas se encontram na China, nas cidades de Hangzhou e Xangai. Em Paris, Londres e Washington, D.C. Cada cidade se adapta ao contexto local, levando em consideração a densidade, topografia, clima, infraestrutura e a cultura da cidade. No entanto nos exemplos de maior sucesso elas se encontram com algumas características comuns, com:

  •     Uma densa rede de estações distribuídas por toda a área de cobertura, com um espaçamento médio de 300 metros entre as estações;
  •     Bicicletas confortáveis, com peças de tamanhos especiais, concebidas para desencorajar o roubo e revenda;
  •     Sistema de travamento totalmente automático que permitem aos usuários retirarem e devolverem suas bicicletas às estações;
  •     Sistema de rastreamento sem fio;
  •     Acompanhamento em tempo real da ocupação das estações por serviços móveis;
  •     Informações em tempo real para os usuários por diversos canais, como internet, celulares e/ou terminais locais;
  •     Estruturas de preço que incentivam viagens curtas, ajudando a maximizar o número de viagens de bicicleta por dia.

3.1 Benefícios

           A implantação do sistema de compartilhamento de bicicleta tem como objetivo, reduzir o congestionamento, melhorar a qualidade do ar e aumentar a oferta de opções de transporte não motorizados. Tem como vantagens baixo custo de implementação e menor prazo para implantação, levando em torno de 2 a 4 anos (GUIA DE PLANEJAMENTO DE SISTEMAS DE BICICLETAS COMPARTILHADAS, 2014).

        Um sistema de bicicletas compartilhadas pode beneficiar uma cidade de várias formas, ao:

  •     Fornecer serviços complementares ao transporte público: Oferecem uma alternativa para viagens curtas entre estações de metrô, rodoviária, VLT e etc.
  •     Melhora a saúde dos moradores: Pedalar é um transporte ativo, que traz benefícios tanto à saúde física quanto mental.
  •     Atrair novos ciclistas: Sistemas como esses permitem o fácil acesso a uma bicicleta, para aqueles que não dispõem de uma ou não tem onde estacioná-la.
  •     Melhorar a imagem e identificação da marca de uma cidade: Pedalar é uma opção de transporte de baixo impacto ambiental e uma cidade que implementa um sistema de bicicletas compartilhadas pode consolidar sua imagem de uma cidade moderna e sustentável.
  •     Gerar investimentos da indústria local: Sistemas de compartilhamento de bicicletas públicas precisam de diferentes equipamentos e softwares, impulsionando o desenvolvimento de novos produtos e aquecendo a economia local.

3.2 Como Funcionam

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