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COMPLEXIDADE E CONTRADIÇÃO EM ARQUITETURA, ROBERT VENTURI

Por:   •  2/12/2015  •  Resenha  •  1.507 Palavras (7 Páginas)  •  2.678 Visualizações

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UNIVERSIDADE TIRADENTES

ARQUITETURA E URBANISMO

DESIRÉE RIBEIRO DE SANTA RITA

COMPLEXIDADE E CONTRADIÇÃO EM ARQUITETURA,

ROBERT VENTURI

Aracaju

2015

DESIRÉE RIBEIRO DE SANTA RITA

MEDIDA DE EFICIÊNCIA, M.E.

Fichamento do livro Complexidade e Contradição em Arquitetura, apresentado ao Curso de Arquitetura e Urbanismo, como medida de eficiência da disciplina de Teoria do Projeto.

Aracaju

2015

Instituição: Universidade Tiradentes

Curso: Arquitetura e Urbanismo

Disciplina: Teoria do Projeto

Atividade: Medida de Efiência (M.E)

Produto: Fichamento do livro Complexidade e Contradição em Arquitetura.

Estudante: Desirée Ribeiro de Santa Rita

Introdução:

No livro Complexidade e Contradição em Arquitetura, Robert Venturi prega a necessidade de se desenvolver um programa de desenho arquitetônico baseado em valores da pluralidade funcional e na ambiguidade significativa. Ele defende a riqueza de significados em vez da clareza de significados, a função implícita em vez da função explícita. Robert Venturi prega um sistema de análise de obras arquitetônicas que busca a decomposição da arquitetura em seus aspectos mais elementares, o que por vezes parece ser uma contradição a tradicional noção de integridade e unidade da obra de arte. Entretanto são exatamente estes temas que, pelas suas próprias palavras, mais agradam ao seu gosto, a saber complexidades e contradições.

No primeiro capítulo, Robert Venturi se refere a complexidade e contradição na arquitetura. Na exploração da riqueza da experiência moderna. A arquitetura é complexa e contraditória, nos leva a comodidade, firmeza e prazer. Como uma coisa desordenada, porém com todo sentido. Devemos nos habituar as mudanças, sem abandonar sua contradição e totalidade, criando equilíbrio a partir de opostos. No cap 2, pág 5 Paul Rudolph citou: “Nunca será possível resolver todos os problemas (...) devem ser seletivos na determinação de quais problemas querem resolver.” Ou seja, há obras em que prevalece a complexidade, se tentar resolver os problemas de desenvolvimento ela não terá, talvez, o impacto desejado. A doutrina menos é mais. Mas o arquiteto deve estar comprometido com seu modo particular de ver o universo. A complexidade em arquitetura tem o desejo de simplicidade. Mas ainda no segundo capitulo, pág 6, o autor retrata que a simplificação não deve ser confundida como um objetivo. Os meios de expressão da arquitetura devem ser reexaminados, se quisermos que se expressem as perspectivas de nossa arquitetura. A variedade da percepção visual deve ser reconhecida e explorada. Como ele cita na pág 9, até a casa, simples em suas proporções, é complexa na finalidade. Esse contraste entre meios e fins é muito significativo. Na pág 13, ele declara que Ambiguidade e tensão estão por toda parte na arquitetura que é forma abstrata e concreta. Um elemento arquitetônico é percebido como forma e estrutura, textura e material. Na pág 14 do cap 3, ele retrata a ambiguidade como uma expressão baseada na confusão de experiência. Isso promove a riqueza de significado. No cap 4, o autor começa falando sobre os níveis contraditórios de uso em arquitetura. Eles podem ter vários sentidos e contradições, os quais produzem vários níveis de significados com valores variáveis. Pode incluir elementos que são bons e inadequados, grandes e pequenos, contínuos e articulados, redondos e quadrados, estruturais e espaciais. “Uma arquitetura que inclui vários níveis de significado gera ambiguidade e tensão.” Pág 19. Na pág 23 o autor relata em exemplos sobre manifestações ambíguas. Por meio de elementos contrários e posições distorcidas. Essas contradições, que resultaram de condições especiais de localização e orientação, sustentam riqueza e tensão que faltam em composições mais puras. Pág 27, Na fachada da Catedral de Múrcia, que é vista em imagem no livro, ele retrata a inflexão a fim de inspirar amplitude e ao mesmo tempo pequenez. A construção em concreto pode ser contínua e, contudo, fragmentária. Os contornos de seus perfis entre colunas e vigas podem designar a continuidade do sistema estrutural, mas o padrão de suas juntas preenchidas cm argamassa pode apontar para o método fragmentado de sua construção. Em relações equivocas, um significado contraditório domina usualmente o outro. Cap 5, ainda citando sobre níveis contraditórios, numa escala mais vasta, uma represa é também uma ponte. Uma sala multifuncional, pode ter muitas funções ao mesmo tempo ou em tempos diferentes. A sala multifuncional é uma preocupação do arquiteto moderno com a flexibilidade. O elemento de duplo funcionamento tem sido pouco usado na arquitetura moderna. Na pág 34 é ele expressa como a forma estrutural de duplo funcionamento ambígua entre a forma e função, forma e estrutura. A arquitetura moderna nunca é implícita. O elemento versátil que faz numerosas coisas ao mesmo tempo é igualmente raro na arquitetura moderna. Pág 40, O elemento vestigial desencoraja a clareza de significado e promove, em seu lugar, a riqueza de significado. É uma base para a mudança e o crescimento da cidade, manifestos nos projetos de reurbanização que envolvem edifícios antigos com novos usos simbólicos e novas escalas de movimento. O elemento retorico, assim como o elemento de duplo funcionamento, é pouco frequente na arquitetura recente. Mas o elemento retorico está justificado como um meio valido, ainda que obsoleto, de expressão. Cap 6, “Não existem leis fixas em arquitetura, mas nem tudo funcionará num edifício ou numa cidade.” O arquiteto deve decidir, e suas avaliações sutis estão entre suas principais funções. O autor enfatiza o aspecto de complexidade e contradição que decorre mais da instrumentalidade do que do programa do edifício. “Não existe nenhuma obra de arte sem um sistema”, é a sentença de Le Corbusier, pág 44. Um arquiteto deve usar a convenção em arquitetura, de modo que transborde vivacidade, de maneira não convencional. Elementos convencionais são aqueles comuns em sua manufatura, forma e uso. Não se referindo aos produtos sofisticados, geralmente belos, mas ao vasto acúmulo de produtos correntes, anonimamente criados, que estão ligados à arquitetura e à construção, e também aos elementos de exposição comercial que certamente são banais ou vulgares em si mesmo raras vezes associados à arquitetura. Os arquitetos modernos exploraram o elemento convencional somente de forma limitada. Raramente usaram o elemento comum num contexto único e de um modo comum. O arquiteto que aceitar seu papel como combinador de velhos clichês significativos em novos contextos como sua condição numa sociedade que dirige seus melhores esforços, suas gigantescas verbas e suas elegantes tecnologias para outros fins pode expressar desse modo indireto uma verdadeira preocupação com a escala invertida de valores da sociedade. Cap 7, Contradições são adaptadas pela acomodação e pelo ajuste entre seus elementos, a contradição é justaposta pelo uso de elementos sobrepostos ou adjacentes contrastantes. A contradição adapta é tolerante e flexível. Admite improvisação. Como afirmou Kahn, na pág 55: “O papel do design é ajustar- se ao circunstancial.” Além da distorção circunstancial, existem outras técnicas de adaptação. O recurso da adaptabilidade é um elemento em toda a arquitetura anônima que depende de uma forte ordem convencional. Essas ideias são aplicáveis ao design e a percepção de cidades, que têm programas mais extensos e complexos. Cap 8, as direções justapostas criam complexidades e contradições rítmicas. A superadjacência pode ser considerada uma variação de ideia expressa em certa arquitetura moderna que emprega transparência. Alguns edifícios contêm graus de superadjacências espaciais no interior, tomando a forma de revestimentos extremamente articulados ou separados. Na arquitetura moderna, as justaposições contraditórias de escala envolvendo elementos adjacentes são ainda mais raras do que as superadjacências. Cap 9, O contraste entre o interior e o exterior pode ser uma importante manifestação de contradição em arquitetura. Talvez a mais audaciosa contribuição da arquitetura moderna seja seu chamado espaço fluente, usado para realizar a continuidade de interior e exterior. Mas a antiga tradição de espaço interior fechado e contrastado, foi reconhecida por alguns mestres modernos, embora não tenha sido muito enfatizada pelos historiadores. Existem outros meios validos de diferenciação e de relacionamento do espaço interno e externo que são estranhos a nossa arquitetura recente. Um edifício pode incluir coisas dentro de coisas, assim como espaços dentro de espaços. E suas configurações interiores podem constatar com seu recipiente de outras formas. Le Corbusier citou: “O projeto desenvolve- se de dentro para fora, o exterior é o resultado do interior.” O contraste e até o conflito entre forças exteriores e interiores existem igualmente fora da arquitetura. Projetar de fora para dentro, assim como de dentro para fora, cria tensões necessárias que ajudam fazer arquitetura. Como o interior é diferente do exterior, a parede, o ponto de mudança, torna- se um evento arquitetônico. E, ao reconhecer a diferença entre o interior e o exterior, a arquitetura abre a porta para um ponto de vista urbanístico. Cap 10, Uma arquitetura de complexidade e contradição engloba também os números difíceis de multiplicidade, uma arquitetura que explora a dualidade e resolve mais ou menos dualidade num todo. A inflexão em arquitetura é o modo como o todo é subtendido pela exploração da natureza de cada uma das partes. A arquitetura moderna tende a rejeitar a inflexão em todos os níveis de escala. Entretanto, o compromisso para com o todo numa arquitetura de complexidade e contradição não exclui o edifício que não esteja resolvido. “E talvez seja da paisagem cotidiana, vulgar e menosprezada, que possamos extrair a ordem complexa e contraditória que é válida e vital para nossa arquitetura como todo urbanístico”.

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