Centro Econômico e Lazer.
Por: Éder Ambrósio • 25/8/2016 • Bibliografia • 2.338 Palavras (10 Páginas) • 286 Visualizações
“Centro Econômico e Lazer.”
Autor: Eder Alves da Silva
Orientador: Tatiana Carvalho de Freitas
Curso: Arquitetura e Urbanismo Período: 9º Área de pesquisa: Arquitetura Comercial
1. INTRODUÇÃO
O artigo a seguir, discorrera sob o tema “Centro econômico e lazer”, tendo como objetivo a importância de um ambiente comercial conciliado ao lazer e sustentabilidade em cidades de médio porte. Abordando como foco a cidade de Manhuaçu, situada em Minas Gerais em sua Zona da Mata, a presente cidade é traçada pela BR262 uma das principais vias que liga Minas Gerais ao Espirito Santo, considerada ponto estratégico e com forte domínio econômico voltado a agricultura cafeeira.
Manhuaçu vem apresentando um grande crescimento populacional, segundo consta em dados fornecidos pelo site do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2010 a cidade apresentava uma população de aproximadamente 79.574 habitantes, já em 2015 o crescimento populacional saltou para 86.844 habitantes, isso mostra que a cidade vem apresentando um crescimento populacional significativo no decorrer desses cinco anos.
Essa tendência de crescimento em cidades de médio porte nós faz questionar sobre sua infraestrutura, afinal muitas cidades não são planejadas para receber forte demanda populacional. O aumento de pessoas acaba gerando necessidades de vivencia para os usuários da cidade e á população flutuante, no qual utiliza dos atrativos para suprir sua carência regional.
Será apresentado como forma metodológica, estudo de caso ao decorrer do presente artigo, fazendo analogia com bibliografias que dissertam sobre o tema em questão.
Projetos urbanos que apresentam escala de grande porte implicam em reestruturar diversas dimensões do espaço social, desencadeando a mobilização de diversos fatores. Além disso, são capazes de remodelar os espaços urbanos, atingindo efeitos além de sua circunscrição imediata, implicando ainda, em uma reafirmação ou produção de novas centralidades. (TASCA, 2011)
A uma grande contradição do nosso tempo: drivers de desenvolvimento e riqueza econômicos tendem a se concentrar em algumas áreas e localidades. Forças do mercado e as economias de aglomeração tendem a se concentrar em inovações tecnológicas em algumas ilhas territoriais, clusters especializados. (LEITE, 2012)
Em virtude dos fatos mencionados argumenta-se que cidade de médio porte que apresentam zonas comerciais aquecidas e crescimento populacional crescente necessita de áreas com centralidade econômica e espaços de interação e recreação com os demais usuários. Criando assim uma nova perspectiva para as cidades e trazendo melhorias na infraestrutura urbana, consecutivamente gerando capital econômico e trazendo lazer para a população, além de gerar emprego, o município faz com que a cidade se torne um modelo de planejamento e desenvolvimento urbano.
2. DESENVOLVIMENTO
2.1. REFERENCIAL TEÓRICO
2.1.1 Origens, evoluções e criação dos Centros Comerciais.
Segundo vestígios históricos durante a fase primitiva da sociedade, o homem produzia para seu próprio sustento, de modo que aquilo que lhe sobrava, o que colhia/produzia em excesso, ele trocava pelo que estava lhe faltando, pelo aquilo que havia colhido/produzido em escassez. Essa permuta era realizada diretamente de produtor a consumidor, mostrando assim as primeiras demonstrações de comércio. (ROCHA FILHO, 2000).
Os indícios primitivos de comercialização foram se transformando e gerando uma evolução. Dando sequência a linha histórica de raciocino é possível analisar o inicio da economia brasileira, vista através de ciclos em que passa por um processo de incorporação comercial no país, principalmente no período colonial.
O estudo da formação econômica do Brasil pode ser orientado através do estudo dos ciclos, isto é, o período no qual determinado produto ou atividade econômica constituiu realmente o esteio econômico básico da Colônia. Segundo este conceito os ciclos de nossa economia podem ser limitados, no tempo, da seguinte forma: ciclo do pau - brasil (de 1500 a 1553); ciclo da cana-de-açúcar (de 1600 a 1700); ciclo do ouro ou da mineração (de 1700 a 1800). (ALVES FILHO, p.6, 1999)
Sobre a evolução econômica seria o capitalismo que de certa forma está sempre buscando novidades comerciais que atraiam a população, Karl Marx apresenta como um ponto de vista, onde a indústria nos permite novos elementos estruturais que se tornam indispensáveis, deste modo a produção capitalista e daí uma incessante reconstituição mediante a introdução de inovações técnicas, o que torna essa reconstituição independente do crescimento vegetativo populacional. (SINGER, coord., 1996)
Importantes acontecimentos históricos mudaram o rumo da economia mundial, conforme Salgueiro, 1989, após a Segunda Guerra Mundial importantes modificações fez com que o padrão geográfico comercial fosse alterado em conjunto com a dimensão, nível de especialização e agrupamento de unidades.
Os primeiros vestígios dos centros de comercio são citados por Salgueiro, 1989, nos dado o primeiro contato com essa nova forma de comercio,
O centro de comercio e serviço de um núcleo urbano, que tradicionalmente se desenvolvia em volta de uma praça e de uma quantas ruas, tende a ser substituído nas novas urbanizações por centro comercial coberto. Este ocupa um edifício apenas a albergar comércio e serviço ou partilha-lo com habitação e escritórios. (SALGUEIRO, p.151, 1989)
Esses critérios nos remetem as transformações e incorporação do meio urbano com o comércio, já que este foi sendo gerado a partir da infraestrutura urbana já existente e através do laser público, com isso começam a aparecer esses primeiros vestígios de uma nova forma comercial, a dos Centros Comerciais.
Entendido como espaços em que há uma reunião de pessoas com alguma finalidade econômica. O conhecimento de centro comercial está relacionado com o edifício que abriga lojas e espaços comerciais. O seu objetivo é reunir, em mesmo espaço, varias propostas para que os possíveis clientes possam realizar as suas compras com maior comodidade. (SINGER, coord., 1996)
Ao visitar um centro comercial o comprador, entende que encontrará em um mesmo espaço varias ofertas e pode satisfazer as suas necessidades de consumo sem recorrer a outros lugares. Por isso, este tipo de centro, também conhecido pelo nome de shopping (pelo inglês), inclui uma ampla estrutura em que apresenta espaços comerciais, restaurantes, salas de cinema e outros serviços.
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