Cidade Ideal e Cidade Real
Por: Airton Silva • 27/8/2015 • Trabalho acadêmico • 569 Palavras (3 Páginas) • 4.293 Visualizações
Fonte:
ARGAN, Giulio Carlo. "Cidade Ideal e Cidade Real" in: História da Arte como História da Cidade. São Paulo: Martins Fontes, 2005, p.73-84.
- As cidades hoje não possuem mais um sistema totalmente artístico na sua produção, o produto se tornou mais industrializado.
- Uma cidade essencialmente artística, leva a personalidade do artista e da época. E isso teve inicio na Renascença – justamente o período que se afirma, pelo menos em hipótese, que pode existir uma cidade ideal, concebida como uma única obra de arte, por um único artista.
- A cidade ideal nada mais é do que um ponto de referencia em relação ao qual se medem os problemas da cidade real.
- A cidade real sofre deformações conforme o decorrer dos tempos. E ela reflete as dificuldades do fazer a arte pelas contradições do lugar em que ela é feita.
- A cidade modelo é baseada nas culturas locais e a partir de um modelo, geralmente a natureza ou arte do passado.
-A cidade ideal é feita por um módulo, para que sempre que possível e necessário, pode ser feita adaptações nela sem afetar a sua substancia. Com isso, a cidade ideal possui um desenho que realiza um valor de qualidade e quantidade proporcionalmente.
- A cidade não é a forma, mas sim a formação. Ela parte das técnicas construtivas antes da parte estética. Porem, também existia as técnicas com a madeira, metal, tecelagem e etc. que também determinavam a realidade visível das cidades (as diferentes classes sociais).
- Principalmente da Renascença admitiu-se que o progresso das técnicas urbanas, ocorria por invenções sucessivas, ou seja, através do mesmo processo mental que era considerado característico da arte.
- Os arquitetos de hoje imaginam que o modelo de uma cidade ideal seria uma cidade “informal”, não que ela não tenha uma forma, mas sim varias formas que pode assumir na experiência de quem nela vive.
- Com relação à arte, nota-se que todos os diferentes estilos de arte, juntos, constituem a cidade. Dentre elas estão a arte urbana, arte popular, camponesa, rural e etc.
- A cidade moderna depende, pelo menos em parte, da cidade antiga para o seu funcionamento. Os historiadores das artes e das cidades tem papel de “selecionar” monumentos que tem valor para os planos e projetos urbanísticos de hoje. Se algo antigo não tem mais função para a cidade atual, não tem o porquê de ele ser preservado.
- Com a chegada das grandes indústrias nas grandes cidades ou em suas imediações, elas acabaram com as comunidades urbanas tradicionais, pois começaram a vir muitos imigrantes. Com isso, houve um aumento da quantidade e consequentemente perdeu-se a qualidade urbana.
- A paralisia econômica e social dos centros históricos é quase inevitável: as pequenas atividades artesanais e comerciais são inevitavelmente sufocadas pela produção industrial.
- O plano diretor de uma cidade histórica consta sempre de um projeto de arrumação e adaptação do existente e de uma previsão de futuros desenvolvimentos, que também podem não ser apenas extensivos ou dimensionais.
- As cidades modernas podem de alguma maneira deformar materialmente as cidades antigas. Por exemplo: os gases emitidos pelos carros e pelos equipamentos de calefação desagregam as pedras da cidade de Roma.
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