Complexidade e tradição na arquitetura
Por: stefanni1102 • 28/4/2016 • Trabalho acadêmico • 913 Palavras (4 Páginas) • 673 Visualizações
Capitulo 2. Complexidade e contradição versus simplificação ou pitoresco
O arquiteto norte-americano Robert Venturi acredita que os arquitetos modernistas perderam a essência da complexidade e a contradição, e não defende a ideia de que “menos é mais”, pelo contrario, acreditam que os arquitetos modernos defendem a ideia de que “mais não é menos”. É possível conseguir excelentes resultados com uma arquitetura mais limpa e simplificada. Os arquitetos modernos que Robert venturi critica, normalmente não levavam em conta os complicações que poderiam ter com as novidades daquela época. Venturi acha que o excesso de simplicidade forçada resultava em uma supersimplificação que chegava a ignorar elementos importes e essenciais.
Segundo Venturi Mies Van Der Rohe realiza edifícios maravilhoso simplesmente porque ignora muitos aspectos de um edifício. Se ele resolvesse mais problemas, seus edifícios seriam muitíssimo menos potentes.
Venturi julga a Casa Wiley – Philip Jonson, por ser uma construção supersimplificada devido a separação discrepante dos espaços internos, onde separa o privado no bloco térreo fechado, e as funções sociais no pavilhão superior. Segundo Venturi, onde a simplicidade não pode funcionar, resulta no simplismo.
Figura 1 – casa Wiley Venturi – Philip Jonson
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Fonte: www.decoarq.com acesso em 19/08/2015
Não podemos confundir simplicidade com supersimplificação, simplicidade é uma arquitetura de redução, que é um elemento ignorado por muitos arquitetos modernos, e supersimplificação é querer forçar uma simplicidade, a simplicidade tem que ser espontânea e racional. Uma construção simples, não significa que não é complexa.
3. Ambiguidade
Complexidade e contradição é resultado da justaposição do que uma imagem é realmente e do que parece ser. Os poetas também começam a preferir a ambiguidade e o paradoxo a uma simplicidade discursiva, unindo as experiências.
A arquitetura é abstrata e concreta, a ambiguidade e tensão estão por toda parte da arquitetura. Cada uma possui seu significado particular, através de forma e estrutura, textura e material. Por isso são ambíguas e tensas.
Segundo Venturi a ambiguidade é calculada de expressões que se baseia na confusão de experiências, tal como se reflete no programa arquitetural. No caso da Villa Savoye, não conseguimos destinguir se ela é uma planta quadrada ou não, em certo momento temos a sensação de que é completamente quadrada, porem em um segundo momento isso cai por terras ao vermos uma forma semi oval.
Outro exemplo seria os apartamentos de Luigi Moretti em Roma, não identificamos de imediato se é um edifício divido em duas partes ou se é dois edifícios unidos em um só.
O critico na literatura inglesa, Empson afirma que existe boa e má ambiguidade, pois pode ser usada para acusar um poeta de alimentar opiniões nebulosas, ao invés de louvar a complexidade da ordem em seu espirito. Isso também pode ser empregado na arquitetura.
4. Níveis contraditórios: o fenômeno de “tanto...como” em arquitetura
A complexidade de obras arquitetônicas fazem existir suas contradições, como, fechado e aberto, bons e inadequados, grandes e pequenos, redondo e quadrado, continuo e articulado. A Shodhan House de Le Corbusier é fechada e também aberta, em uma das elevações nos da sensação de que é totalmente fechada, já em outra é totalmente aberta.
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Fonte: http://www.worldarchitecturemap.org; acesso em 21/08/2015
Novamente a Villa Savoye como exemplo, simples por fora e complexa por dentro.
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Fonte: archikey.com; acesso em 21/08/2015
A planta Tudor de Barrington Court é simétrica e assimétrica, a simetria das paredes externas é visível, mas as divisões internas do lado direito já é mais subdividida que o lado esquerdo. São esses detalhes que nos fazem dizer que ela é simétrica e assimétrica ao mesmo tempo.
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Fonte: es.slideshare.net; acesso em 24/08/2015
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