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Crescimento das Cidades e a Perda de Identidade

Por:   •  7/5/2020  •  Resenha  •  675 Palavras (3 Páginas)  •  264 Visualizações

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O rápido desenvolvimento urbano e a globalização deterioram a identidade única das cidades tornando-as iguais quando analisamos construções como shoppings e torres de escritórios. Porém, ao mesmo tempo em que as cidades se assemelham a sociedade se diferencia em classes: a segregação social.

Para o autor a homogeneização arquitetônica e a diferenciação social formam um paradoxo e questiona o porquê através da análise da origem dos aspectos únicos, da compreensão da sua difusão e da definição dos valores a serem preservados: identidade visual, sustentabilidade e coesão social.

Identidade cultural

A teoria arquitetônica e a antropologia urbana apontam diversos fatores que diferenciam as identidades de cada região. Citando o autor Amos Rapoport, Mathéy busca encontrar as raízes dessas diferenças analisando:

- A forma acompanha a função:

Geralmente, uma mesma solução é definida para o mesmo problema. Porém, não é regra, existem casos em que o mesmo problema gera diferentes soluções.

- A forma acompanha o material

Geralmente, construções comuns, utilizam materiais comuns existentes na região. Porém, é fácil encontrar no mesmo lugar diferentes materiais apesar da abundância de um deles.

- A forma acompanha a tenda

“...a qualidade do ambiente construído é uma função direta da renda do proprietário”. (p.43) Porém existem pobres que acompanham e encontram diferentes soluções igualmente eficientes para suprir necessidades, apesar da falta de bens financeiros.

- a forma acompanha o topografia

Apesar da topografia limitar as escolhas em termos de forma das construções, ela não limita as formas escolhidas, ou seja, “...a topografia pode influencias a forma do ambiente construído, mas não determiná-lo necessariamente” (p.43).

- A forma acompanha o clima

Apesar de ser logico que entre uma região e outra há necessidades de diferentes soluções para os problemas de clima, existe, em uma mesma região, diferentes construções apesar do clima. Mathéy exemplifica que em regiões desérticas pessoas habitam casas com paredes grossas para suportar as temperaturas extremas, ao mesmo tempo que outras moram em tendas.

- A forma acompanha a fé

As construções, apesar do mesmo viés religioso, tendem a ser diferentes – para o autor – devido a forma prevalecente ser determinada pelo período histórico da construção.

- A forma acompanha a época

Apesar de construções datarem o mesmo período, é comum – em uma mesma localidade – construções e urbanismos de bairros serem diferentes.

- A forma acompanha a cultura

Não podemos desassociar materiais disponíveis, clima, fé, época, etc., pois tudo faz parte do genius loci e está ligado a cultura das pessoas e a comunidade que significam as coisas.

Sustentabilidade Social

Sustentabilidade é a estabilidade entre decomposição e deterioração. A preocupação é “...garantir o orçamento para operação contínua e reinvestimento/recuperação de custos após o período inicial do projeto, com financiamento externo garantido pelas agências de doação”. (p.45)

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