Depois do Movimento Moderno
Por: Ariane Schaeffer • 14/11/2015 • Resenha • 580 Palavras (3 Páginas) • 3.037 Visualizações
Resenha
MONTANER, Josep Maria. Depois do movimento moderno: arquitetura da segunda metade do século XX. Barcelona: G. Gili, 2001. 271 p. ISBN 8425218284.
CAPÍTULO X: “A BUSCA DA RACIONALIDADE NA DISCIPLINA ARQUITETÔNICA”
Após a II Guerra Mundial, a Europa promove uma nova geração de arquitetos os quais constroem uma TEORIA DA ARQUITETURA CONTEMPORÂNEA. A própria ARQUITETURA se caracterizou por ser um processo de conhecimento, onde a teoria e a realidade andam em paralelo.
Aldo Rossi (1931-1997) é tido como um arquiteto de INFLUÊNCIA no século XX, e este defende: “a forma é mais forte que qualquer atribuição de uso e inclusive a máxima precisão arquitetônica favorece uma maior liberdade funcional, uma posterior mudança de destino”. O arquiteto trabalha com a ideia da capacidade de reconverter a velha arquitetura para novos usos (estações convertidas em museus, palácios reabilitados como sedes e administração pública, et.).
Rossi faz a reformulação do conceito da CRÍTICA TIPOLÓGICA, agora o significado é que cada tipologia arquitetônica deve ser entendida em função da morfologia urbana. A complexa estrutura da cidade surge através de discursos onde os pontos de referência parecem ser abstratos, a busca pelo científico entra em jogo, mas os elementos irracionais passam a ser aceitos.
A TIPOLOGIA ARQUITETÔNICA passa a ser crucial tanto no momento da análise com no momento do projeto. A base de construção da arquitetura passa a ser a precisão geométrica e a repetição, soluções neutras para uma planta de moradia que está em crise. O espeço central passa a ser multifuncional, a distribuição é indeterminada.
Giorgio Grassi (1935), também foi um arquiteto INFLUÊNCIA nos anos sessenta, no entanto, vai na contramão de Rossi. Grassi defende com fervor que a procura de certezas conduz à defesa do edifício artesanal. Para ele, a arquitetura deve ser composta de: volume, tipologia, estrutura e FUNÇÃO.
A crítica tipológica dos anos sessenta e setenta, foi a síntese atrativa e rigorosa entre TRADIÇÃO e INOVAÇÃO, até obras onde o peso da linguagem histórica foi excessivo. Esse conceito serve não somente para a análise urbana mas também para um projeto arquitetônico.
CAPÍTULO XI: “A ARQUITETURA COMO SISTEMA COMUNICATIVO”
Durante os anos sessenta, a crítica ao Movimento Moderno foi: “a arquitetura foi incapaz de transferir significados e valores simbólicos, que abandonou os múltiplos códigos”. Grande parte das pessoas não aceitaram a proposta da arquitetura moderna, está perdeu a capacidade comunicativa e associativa; além de não proporcionar a ideia de conforto e segurança que o público desejava.
Um outro nome importante foi de Robert Venturi (1925) que demonstra a complexidade da forma arquitetônica sendo essa irredutível a um só sistema lógico estético. Venturi se define como PÓS-MODERNO uma vez que defende uma atitude contrária da simplificação desenvolvida pela modernidade; a proposta do arquiteto é o reflexo da sociedade norte-americana de consumo dos anos cinquenta e sessenta.
A ideia do EDIFÍCIO PROPAGANDA é proposta pelo arquiteto, onde a forma global assemelha-se aos grandes anúncios publicitários; o decorativismo. O que predomina na obra de Venturi é a vontade de demonstrar as possibilidades de adaptação da arquitetura, recorrendo em cada caso a uma solução que melhor lhe adequa.
- O MOVIMENTO PÓS-MODERNO configura-se pelas formas orgânicas que exploram uma sensibilidade baseada no ocorrido. Explora o recurso da fachada dupla, o intenso uso de cores, a busca contínua de um máximo desenvolvimento das fachadas, a imagem se torna um logotipo, a ornamentação. Essa arquitetura pós-moderna se desenvolve naquilo que é captado pela visão que transmite o máximo de SENAÇÕES E REFERÊNCIAS.
...