Dilemas da modernidade
Por: Fabíola Oliveira • 8/11/2016 • Resenha • 596 Palavras (3 Páginas) • 273 Visualizações
Universidade Federal de Juiz de Fora – UFJF
Faculdade de Arquitetura e Urbanismo – FAU
Curso de Arquitetura e Urbanismo
Disciplina Teoria da Arquitetura e do Urbanismo III
Professor: Carlos Eduardo
Acadêmico: Fabíola de Oliveira cordeiro
DILEMAS DA MODERNIDADE NO MUNDO CONTEMPORÂNEO
MONTERO, Paula. Dilemas da modernidade no mundo contemporâneo.
A autora aborda as diferentes visões e definições existentes acerca do conceito de modernidade. Procurando entender o desacordo e a dificuldade de definir este período no tempo, ela discorre sobre os significados existentes para este termo, que é utilizado para designar diversos acontecimentos.
Logo no início do texto Montero nos coloca que essa problemática atravessa boa parte dos nossos projetos e então discute alguns pontos acerca de representação e cultura popular, para então propor o estudo sucinto de alguns autores para as pessoas que, assim como ela, se veem confrontados com tais questões.
Para dar início à sua problematização, ela cita o autor Perry Anderson, que faz uma interessante distinção entre os termos modernização, modernidade e modernismo. Assim, este nos coloca que modernização compreende “as gigantescas transformações das sociedades europeias advindas de seu desenvolvimento tecnológico”, enquanto o termo modernidade refere-se à “experiência histórica especifica que acompanha essas transformações da esfera tecnológica e econômica”. Portanto o modernismo pode ser definido pelo modo como tais transformações e experiências foram pensados pela cultura.
A seguir, a autora aborda a questão da crise da modernidade sob quatro dimensões: a visão política, a experiência, o ponto de vista teórico e do ponto de vista da arte.
Para tratar a esfera política, Montero nos traz a referência do autor Jurgen Habermas. Segundo este, na Idade Média a esfera pública era estruturada pelo rei: ele aparecia em público apenas para mostrar o seu poder ao povo, e não o fazia como representante do povo. Como exemplo temos as cerimonias publicas oferecidas por Luiz XIV. Porém, a crescente importância pública da atividade comercial fez os burgueses serem reconhecidos como homem público (proprietário) e homem privado (pai de família). A degeneração da burguesia na esfera pública ocorre ao fim do século XIX com o ensino gratuito e a democratização do voto, onde as massas obtém acesso à opinião pública.
Dando sequência ao texto, Montero aborda a crise da subjetividade e da experiência advinda da desagregação do espaço público. Para este aspecto ela apoia suas ideias no discurso de Richard Sennet. Segundo o autor, no século XVIII o espaço público era organizado pela noção de civilidade, isto é, cada indivíduo conhecia o seu lugar. A partir do século XIX, a autenticidade era exaltada, o que promovia a esfera pública como “lugar de expressão da personalidade individual”. Como consequência ocorre o esvaziamento do espaço público. Em contraposição à essa ideia, outro autor é citado: Christopher Lasch. Este coloca em questão a invasão do espaço privado pela esfera pública.
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