ESTAGIO SUPERVISIONADO
Por: Breno Valentim Pizzoni • 30/11/2016 • Relatório de pesquisa • 1.517 Palavras (7 Páginas) • 524 Visualizações
Para o início da execução da alvenaria foi necessário realizar a viga baldrame, um tipo comum de fundação rasa para pequenas edificações, onde foi concretada e após a cura foi retirado as formas e impermeabilizada.
Após um dia de espera da impermeabilização, iniciou-se a alvenaria convencional de tijolos cerâmicos 6 furos, onde foi executada a fiada de destacamento originada pelos cantos e marcando as portas, ilustrado na figura 20, e então começou o assentamento dos tijolos também pelos cantos, onde era colocada a linha presa com o prego que serve de guia para o levantamento da parede no alinhamento, conforme figuras 21 e 22, além disso, também foram verificados o prumo e o nível (figuras 23 e 24), como citado pelos autores Milito (2009) e Barros (S.D). Da mesma forma foi observado que os tijolos eram molhados para facilitar a aderência e impedir que o mesmo absorva a água da argamassa, e foram aplicados em camadas que sobrepõem-se para amarrar e obter rigidez.
O traço da argamassa utilizada para assentar os tijolos é de 1:6, de cimento e areia, consecutivamente, com a adição de 200ml de Alvenarite, o qual não corresponde o traço citado pelos autores Milito (2009) e Barros (S.D). O assentamento foi realizado colocando a argamassa em abundância na fiada de baixo, aplicando a massa no canto do tijolo e assim, sobrepondo o tijolo, rebatendo com a colher e retirado o excesso da massa que é foi reaproveitado (Figura 25).
Assim que foi atingida a altura que os pedreiros não conseguem alcançar foram feitos andaimes em ferro e em madeira, com escoras e tábuas, para seguir o levantamento da alvenaria, conforme figura 26.
As marcações de portas foram feitas na primeira fiada, já as janelas foram marcadas assim que a alvenaria chegou ao nível do peitoril, ilustrado na figura 27, no entanto nesses vãos não realizaram vergas e contravergas como apontado pelos autores Milito (2009) e Barros (S.D), além disso, também não efetuaram a colocação dos tacos de madeira usados para fixar os batentes das esquadrias. Contudo, foram colocadas tábuas de madeira na superfície superior do vão e escoras até a colocação dos batentes das esquadrias (Figura 28).
Dado que a obra é considerada uma casa pequena, não houve necessidade de pilares, deste modo não foi preciso realizar o fechamento da alvenaria com a viga, o encunhamento, pois a cinta foi executada após, contrapondo com o que foi mencionado pelos autores Milito (2009) e Barros (S.D). Portanto as paredes foram levantadas, e assim executada a cinta com a finalidade de amarrar as paredes e para apoiar a laje.
Após, chegaram na última fiada da alvenaria onde iniciou-se a preparação das ferragens para formar a cinta de amarração, na largura e comprimento da parede e 20cm de altura, com ferragem de 4 ferros com bitola 5/16”, assim como citado pelo autor Oliveira (2010) e estribo 4,2 mm a cada 30cm, diferindo apenas no espaçamento apontado pelo autor Oliveira (2010). Posteriormente as ferragens foram colocadas acima da alvenaria e amarradas umas nas outras, ilustrado nas figuras 29 e 30, assim iniciando as fôrmas com tábuas uma de cada lado da parede, na qual as tábuas externas foram cortadas maiores para chegar até a altura da cinta e as internas menores para apoiar a pré-laje em cima delas e a cada encontro de tábuas foram pregados tacos e tábuas para unir e dar mais resistência. Além disso, também foram apoiadas escoras abaixo da forma para não apresentar dilatação no momento da concretagem (Figuras 31 e 32).
Concluída as formas da cinta de amarração, a montagem da pré-laje foi a próxima etapa, iniciando pelas escoras, onde foi colocado tábuas em sentido transversal ao da colocação das vigotas para distribuir as cargas, e assim para apoia-las foram acrescentadas escoras até a base firme, como mencionado pelos autores Kehl e Vasconcellos (2012) e ilustrado na figura 33.
Posteriormente as vigotas, na qual foram utilizados dois tipos, a de concreto armado em vãos de até 5m e as treliçadas em vãos maiores de 5m, assim foram distribuídas iniciando por uma das extremidades da laje, e apoiando 5cm sobre o respaldo da parede, e por conseguinte foi posicionado as tavelas cerâmicas entre as vigotas, conforme as figuras 34 e 35. Também foi analisado a marcação dos pontos de luz, na qual foi colocado tavelas já furadas para colocar a caixa de luz.
Segundo os autores Kehl e Vasconcellos (2012), é recomendado não caminhar diretamente por cima da pré-laje até a concretagem, porém foi verificado que isso não foi obedecido pelos trabalhadores, somente no momento da concretagem foi executado do modo correto, colocando tábuas para circular.
Sendo assim, finalizada a etapa de montagem da pré-laje, consequentemente executou-se a concretagem da cinta de amarração e pré-laje juntas. Para iniciar as peças da pré-laje foram molhadas para não absorverem a água de cura do concreto, as tábuas foram instaladas para a transição dos pedreiros. O concreto foi realizado no canteiro de obra (Figura 38), no traço 1:2:3 (cimento, areia e brita), como citado pelos autores Kehl e Vasconcellos (2012), sendo realizado no chão e levado até a laje por baldes (Figura 39) que descarregavam no carrinho de mão na qual transitava em cima das tábuas e assim foi despejado na pré-laje (Figura 40) e espalhado bem com a régua e empurrado com a colher de pedreiro para não ficar espaços vazios (Figuras 41 e 42), dando consistência ao concreto, porém não foi utilizado o vibrador para adensar o concreto. Após dois dias algumas formas externas foram tiradas para começar o reboco, no entanto as formas restantes foram tiradas em 15 dias após a concretagem, sendo assim não foi respeitado o tempo mencionado pelos autores Kehl e Vasconcellos (2012).
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