Em busca de uma arquitetura sustentável para os trópicos: conforto ambiental

No livro, é discorrido como os estudantes de arquitetura podem colaborar para uma melhor interação entre o desenvolvimento desta nos trópicos em conjunto com a preservação do meio ambiente, a fim de ter algo belo e ecologicamente correto. Assim, é feito uma análise de alguns edifícios brasileiros tais como o palácio Gustavo Capanema, Sede da Petrobras, Fashion Small, Museu de Arte Moderna, Museu Casa de Rui Barbosa etc. E discutido estratégias projetuais, como o controle solar, inércia térmica, iluminação natural, permeabilidade, hermeticidade e áreas verdes para o um melhor conforto do usuário.

A arquitetura está presente em questões ambientais devido aos seus resultados serem exclusivos de construções, com uso dos mais variados materiais, que requerem muita matéria prima. Passa por um processo longo de extração, produção, utilização e desperdícios, que geram os conhecidos resíduos de construção civil. Está presente tanto na promoção de sustentabilidade quanto na extração de recursos limitados. Da uso a esses restos de matérias de construção, se transforma num ponto positivo para o meio ambiente.

A presença da sustentabilidade é fundamental para a sociedade em geral. Assim, o profissional da arquitetura ao projetar as edificações, deve pensar junto aos aspectos ambientais, no social e econômico. Projetar visando a amenização dos impactos do edifício na natureza, através da arquitetura bioclimática, aproveitando as condições climáticas, utilizando os recursos disponíveis na natureza como o sol, vegetação, chuva e vento, para minimizar os impactos decorrentes da construção e reduzir o consumo energético. Pois, quanto melhor a associação desses estratégias, menor será a necessidade de ar-condicionado, seja em casa ou edifícios. E nas áreas verdes como parques, o projeto deve ser adaptado ao seu clima, quanto mais frio, mais exposição ao sol, quanto mais quente, mais sombras e vegetações.

Dessa forma, também deve-se conscientizar e aconselhar seus clientes sobre a importância e benefícios das moradias sustentáveis. Respeitando a taxa de área permeável exigida, especificando em seus projetos materiais recicláveis e naturais com alta durabilidade, econômicos, como placas fotovoltaicas e que facilitem a captação e utilização da água da chuva, aproveitando as condições climáticas naturais. Uso das paredes verdes, que melhoram a qualidade do ar e o bem-estar, criando um micro clima agradável.

Esses problemas ambientais agravados pela construção civil, tais como a geração de resíduos, ruídos, desperdícios de água, poluição, aumento do consumo de água e aumento do aquecimento global podem ser amenizados com a escolha de materiais com selos sustentáveis e na quantidade correta, para evitar desperdícios, fazer gerenciamento de resíduos, controle das licenças ambientais etc.

Destarte, o autor conclui que a maioria dos edifícios brasileiros não garante conforto térmico as pessoas e explica soluções para esses problemas. Se configura um ótimo livro para estudantes e profissionais da área de arquitetura e engenharia que tenham interesse nessa interação saudável e respeitosa entre construções e o meio ambiente.