Estudo de Caso
Por: will • 30/1/2019 • Projeto de pesquisa • 754 Palavras (4 Páginas) • 199 Visualizações
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UNIVERSIDADE FEDERAL DO OESTE DO PARÁ
Instituto de Ciências da Educação (ICED)
Política e Legislação Educacional
Prof.ª Dr. ª Maria Aldenira Reis Scalabrin
Licenciatura em Letras 2018.2
Estudo de Caso: Comunidade de Arapemã
Acadêmico
Wilson de Oliveira Tapajós
Santarém – Pará
2019
A comunidade de Arapemã se localiza em uma ilha, em frente a cidade de Santarém, entre dois braços do rio Amazonas, sendo esta uma região de várzea. A comunidade atualmente é composta por aproximadamente 313 habitantes, sendo em grande maioria de pessoas negras. A principal profissão exercida pelos moradores é a atividade da pesca. As casas são construídas a grandes metros acima do chão pela constante cheia dos rios. A comunidade possui apenas uma escola de ensino fundamental, com três salas de aula, sendo uma delas dívida em duas.
No dia 06 de dezembro de 2018, foi feita uma visita a comunidade quilombola de Arapemã como parte de uma aula prática da turma do curso de licenciatura em Letras - Português e Inglês, da Universidade Estadual do Oeste do Pará. Durante essa visitação, foi possível observar os avanços e as adversidades as quais permeiam o povoado local. Apesar das diversas conquistas obtidas, muitos desafios e problemas ainda permeiam constantemente a localidade.
Situações problemas
1. Educação
A escola da comunidade, Escola Nossa Senhora de Sant’Ana, abrange apenas a Educação Infantil e o Ensino Fundamental, sendo necessária a ida a uma comunidade próxima ou a cidade de Santarém para dar prosseguimento aos estudos. Algumas famílias não conseguem arcar com os custos, além da dificuldade de locomoção dos alunos até a escola o que causa um grande número de vasão escolar.
A merenda escola é péssima, constituindo-se basicamente de produtos enlatados e industrializados, havendo carência de orgânicos e naturais no cardápio. Esse tipo de alimentação é potencialmente prejudicial a saúde, podendo acarretar uma série de problemas de saúde nos alunos.
2. Água
Devido à falta de um sistema abastecedor, é necessário o uso da água do rio Amazonas para a realização de diversas atividades diárias como o preparo da comida, a limpeza e higiene pessoal, e para beber. São vários os perigos que a água mal tratada oferece, como a diarreia, a hepatite A, infecção intestinal, a cólera, entre outros.
3. Energia elétrica
A carência de energia elétrica é um agravante para a comunidade. Na escola, essa carência afeta a realização de aulas com equipamentos multimídia como a reprodução de filmes e documentários, as quais não são possíveis devido à baixa disponibilidade de energia elétrica, pois a comunidade possui apenas um motor gerador, que não atende a demanda da população local e da escola devido à insuficiência de combustível (óleo diesel).
4. Transporte
A falta de combustível para o transporte na comunidade é uma outra situação delicada. As lanchas escolares encontram-se em estado de abandono, cuja inutilidade dificulta a ida dos alunos a escola. Segundo relatos de moradores, essa situação perdura por mais ou menos três meses.
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