Estudo de caso teatro
Por: Adriele Barufi • 4/8/2016 • Projeto de pesquisa • 2.271 Palavras (10 Páginas) • 994 Visualizações
ÍNDICE
INTRODUÇÃO 3
OBJETIVOS 9
METODOLOGIA 9
TEATRO DO COLÉGIO SANTO CRUZ 10
1. APRESENTAÇÃO 10
2. PARTIDO ARQUITETÔNICO 10
3. RELAÇÃO COM O ENTORNO 11
3.1. Acessos, Fluxos e Percursos 12
4. SOLUÇÕES PLÁSTICAS 14
1. APRESENTAÇÃO 19
2. PARTIDO ARQUITETÔNICO 20
3. RELAÇÃO COM ENTORNO 22
4. SOLUÇÕES PLÁSTICAS 23
5. FUNCIONALIDADE 28
6. CORTES 41
7. SISTEMA CONSTRUTIVO 53
INTRODUÇÃO
Os teatros mais antigos que se conhecem são os da Grécia, construídos em encostas escavadas, cobertas por fileiras de arquibancadas semicirculares; eram ao ar livre, os assentos eram dispostos numa colina inclinada e o palco era apenas um relvado. Já os teatros Romanos se situavam longe das colinas e o palco constituía uma unidade junto com o auditório semicircular. Havia anfiteatros enormes, como o Coliseu Romano, que pareciam teatros duplos com uma arena central. (ALVES, 2014).
O palco é a estrutura para apresentações de peças de teatro, dança etc. É um espaço visual para o público ou área de cena, um tablado ou estrado destinado às representações, em geral construído de madeira, e que pode ser fixo, giratório ou transportável, bem como tomar várias formas e localizações em função da plateia, que pode situar-se à frente dele ou circundá-lo por dois ou mais lados. (ALVES, 2014).
Existem na arquitetural teatral alguns termos para definir os elementos de palco e espaços relativos ao funcionamento da sala de espetáculos que surgiram, principalmente, na tipologia italiana. Estes serão apresentados a seguir:
a) Boca de cena: de acordo com Serroni (1993, p. 20), é a abertura que delimita horizontal e verticalmente o âmbito visual do palco. É nessa grande abertura que a apresentação teatral é exposta para a plateia. Em um palco retangular, à italiana, a boca de cena representa a quarta parede, que separa o palco da plateia.
b) Caixa cênica: segundo Serroni (1993, p.22) é todo volume do palco. A caixa acústica onde se situam todas as estruturas do palco e os maquinismos cênicos. Mariluce Duque e Raul Machado (2011) recomendam para a caixa cênica um pé direito no mínimo duas vezes a meia a altura da boca de cena, sendo o urdimento o seu limite superior. Contudo, existe outra recomendação para a altura da caixa cênica ser entre uma vez e meia e duas vezes a altura da boca de cena (PROJETOS, 1998 apud Martins, 2008, p.20).
c) Camarim: recinto da caixa dos teatros onde os atores se vestem e se maquiam (SERRONI, 1993).
d) Coxia: para Serroni (1993, p.24) são as partes laterais e de fundo do palco ocultos à visão do público para a preparação dos artistas entes de entrar em cena. As coxias devem possuir altura correspondente à da caixa cênica.
e) Foyer: recinto adjacente à sala de espetáculos, para a reunião do público antes, depois ou nos intervalos do espetáculo (SERRONI, 1993). De acordo com Cobra (2011), o ambiente deve ser aconchegante e apresentar apoios como sanitários e um café seguindo a proporção do numero de espectadores.
f) Vestíbulo: é a sala de entrada ou passagem entre a sala de entrada e o interior de um edifício qualquer. No caso dos teatros é considerado um espaço de transição, para redução de ruídos e interferências externas.
g) Palco: é o espaço destinado às apresentações; em geral são tablados ou estrados de madeira que podem ser fixos, giratórios ou transportáveis. Os palcos assumem as mais variadas formas e localizações em função da plateia, que pode situar-se à Mar de Gente Teatro de Ensino 20 Andreza Cruz Alves da Silva frente dele ou circunda-lo por dois ou mais lados (SERRONI, 1993). Duque e Machado (2011) recomendam uma profundidade no mínimo igual à boca de cena.
h) Proscênio: conforme Serroni (1993, p.28), é o prolongamento do palco a partir da boca de cena na direção da plateia.
i) Arco de Proscênio: elemento de emolduração do espaço cênico, que delimita o que é palco e o que é a plateia.
j) Urdimento: Oculto à visão do público, constitui o espaço volumétrico da caixa cênica onde se desenvolve a maquinaria cênica, incluindo as varas metálicas, manuais ou elétricas, para a movimentação vertical de cenários (SERRONI, 1993, p.32). Uma grelha que serve de suporte para as passarelas técnicas e varas de iluminação. São suas dimensões que definem a altura geral da caixa cênica.
k) Praticáveis: segundo Serroni (1993), são estruturas, usualmente em madeira, com tampo firme, usado nas composições dos níveis dos cenários. É construído em diversas dimensões e formatos e normalmente modulado para facilitar as composições.
Um dos primeiros passos a ser dado neste tipo de projeto é a definição quanto ao uso, para então entender a relação palco x plateia que se pretende adotar através da compreensão das diversas tipologias de teatro:
Teatro Arena: Palco envolvido pela plateia, onde sua forma ser circular, semicircular, quadrada, 3/4 de círculo, defasado, triangular ou ovalada. Essa configuração é bastante comum de se observar instalada ao ar livre, em praças públicas. (SILVA, 2015).
Figura 1 - Diferentes tipos de configuração de Teatro de Arena. Disponível em: <http://architettare.arq.br/noticias/teatros>. Acesso em: 26 de Fevereiro de 2016.
Teatro Elizabetano: Ao ar livre, tem um palco central descoberto e outro lateral coberto. Na maioria das vezes não há presença da boca de cena e da caixa cênica. (SILVA, 2015).
Figura 2 - Diferentes tipos de configurações de Teatros de Elizabetano. Disponível em: <http://architettare.arq.br/noticias/teatros>. Acesso em: 26 de Fevereiro de 2016.
Teatro Italiano: Tipologia clássica ocidental caracterizada pela disposição frontal da platéia ao palco, em um espaço retangular, semicircular, ferradura ou misto. Palco fica em um espaço retangular fechado nos três lados com
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