Fichamento Análise Urbana- Philippe Panerai. Cap
Por: Ádna Oliveira • 24/5/2017 • Trabalho acadêmico • 9.022 Palavras (37 Páginas) • 2.254 Visualizações
+-[pic 1] | UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS | ||||||||
FACULDADE DE ARQUITETURA E URBANISMO | |||||||||
Cidade Universitária – Campus A. C. Simões | |||||||||
| Tabuleiro do Martins – CEP 57072 970 – Maceió – AL | ||||||||
DISCIPLINA: TEORIA DO URBANISMO | |||||||||
PROFESSORA: LÚCIA TONE FERREIRA HIDAKA | |||||||||
Carga Horária: 60h | Período: 2º - 2017 | FICHA Nº 3 | |||||||
Assinatura do Professor(a): |
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- ESTUDANTE: Ádna Fabiane Gomes de Oliveira
2. DATA DO FICHAMENTO: 21/03/2017
3. REFERÊNCIA[pic 2]
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4. RESUMO
Philippe Panerai nasceu em 1940 no litoral, cursou arquitetura na Escola de Belas-Artes e urbanismo no Instituto de Urbanismo da Universidade de Paris. Se torna professor na Escola de Arquitetura de Versalhes a partir de 1969, onde funda o Laboratório de Pesquisa História Arquitetônica e Urbana, Sociedades (LADRHAUS), no Instituto Francês de Urbanismo (IFU). É igualmente professor associado da Faculdade de Arquitetura de Porto Alegre, na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Brasil). Como Diretor científico do LADRHAUS, cria uma corrente de pesquisa sobre a cidade e as formas urbanas na intersecção da arquitetura, da geografia e da antropologia, e desenvolve análises sobre as cidades francesas, o Egito e as cidades brasileiras, abrindo progressivamente o campo à escala metropolitana com trabalhos sobre o Cairo, Brasília e o Distrito Federal, Cantão ou Paris. Urbanista dentro da (SELARL), concebeu e realizou vários projetos urbanos tanto para bairros novos (Rodez, Metz) quanto para a modificação de bairros de habitação social ou para o desenvolvimento dos centros acentuando o potencial existente e a aproximação pragmática de um urbanismo da vida cotidiana. Paralelamente, Panerai participa de reflexões e projetos em escala territorial ou metropolitana como membro do Conselho Científico da Consulta do Grand-Paris, como expert ao lado da Sociedade do Grand-Paris ou do ministro da cidade, ou como consultor em Casablanca ou em Cantão.
Neste primeiro capítulo Philippe Panerai faz uma introdução as noções do “território” Estrutura sua análise sobre algumas formas de cidade e realiza algumas interrogações com o objetivo de contribuir para a compreensão da cidade contemporânea. O autor inicia caracterizando esta cidade como dependente das relações sociais e afirmando que apesar de possuir uma urbanidade diferente ela não é menos urbana que a do passado. Parte de um estudo do modelo radiocêntrico da cidade europeia. Modelo que facilita a leitura dessa cidade e representa para o europeu e ainda mais para o francês mais que uma representação de cidade, mas também uma representação de mundo e poder Nesse sistema -formado por várias vias que convergem em único núcleo- o centro domina a cidade e a cidade domina o território a sua volta, exemplo claro é a cidade de Paris – o único centro da França. No entanto, este modelo foi perdido como consequência da globalização. Outra forma de cidade apresentada são as estabelecidas sobre colinas, onde o caminho determina a forma e a lógica urbana; cidades mais alongadas quando comparada ao modelo radiocêntrico, geralmente localizadas em sítios íngremes, se ajustam ao relevo e rodeiam os obstáculos; esse sistema caracteriza tanto cidades pequenas – como as cidades históricas brasileiras do ciclo do ouro – ou grandes metrópoles- como Istambul, São Paulo ou Los Angeles. Logo em seguida, o autor apresenta a malha, trata-se do traçado quadriculado ou traçado xadrez – traços que partem de um eixo central – este, nasceu da necessidade de quadricular a terra para irrigá-la uniformemente, foi utilizado inicialmente pelos egípcios e pelos gregos e modelos muito próximos foram aplicados na América do Norte, por franceses, ingleses e holandeses. Logo após, Philippe retrata a fluidez necessária, resultante da ampliação da cidade e da explosão automobilística, assim, três atitudes são essenciais: urbanizar a via- como fez Ler Cobusier na sua cidade linear e Lúcio Costa no Plano Piloto de Brasília- reformar a cidade e prever sua expansão – como fez Prestes Maia no Plano de Avenidas para São Paulo - e organizar o território- como aplicou Henri Prost para a região parisiense. Com essa malha cria-se uma nova relação de espaço-tempo e a fluidez do tráfego passa a ter maior importância no delineado urbano, logo, as vias rápidas possibilitam as relações de longas distâncias, esse sistema foi aplicado em centenas de cidade como a cidade do México ou Buenos Aires. Em seguida Panerai conclui expondo a Broadacre city-, cidade dispersa idealizada por Frank Lord Writy- onde todos receberiam um lote - cidade livre, sem fronteiras, sem concentração que se alastra e integra a todos.
5. PERÍODOS FICHADOS
“Com 7.300 hectares, o centro histórico de Paris (...) representa hoje uma porcentagem íntima da aglomeração. A mesma constatação pode ser feita em todas as grandes cidades. A Grande Londres ocupa um território de cinquenta quilômetro de diâmetro. Em Brasília, como veremos adiante, a "cidade histórica". Isto é, o Plano Piloto, abriga menos de um quinto da população da aglomeração e representa apenas uma porção menor da área urbanizada.” (p.13)
“Ao longo do século XX. Constata-se nas cidades uma inversão da relação entre o centro antigo e sua periferia, esta última passando a representar em superfície e população, a parcela maior da aglomeração. Tal inversão ocorre não apenas nas grandes metrópoles e nas capitais, mas alcança também cidades de menores.” (p.13)
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