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Fichamento sobre o livro: O Que é Etnocentrismo

Por:   •  7/12/2017  •  Pesquisas Acadêmicas  •  1.115 Palavras (5 Páginas)  •  1.616 Visualizações

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[pic 1] UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA – UNEB

DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO CAMPUS I

CURSO – Pedagogia Plena

DISCIPLINA: Antropologia e Educação – SEM. – 2017.2 TURNO – Noturno.

DOCENTE – José Augusto

DISCENTE – Lisandra De Jesus Santos Paixão DATA – 07/12/2017

Fichamento sobre o livro: O Que é Etnocentrismo

  1. Pensando em partir
  • Segundo o autor, etnocentrismo é basicamente a nossa visão em relação, onde a única coisa que importa é o nosso grupo, nós somos o centro de tudo, somente os nossos valores são importantes, todos os outros grupos pensam e sentem a partir de nossos grupos pensam e sentem a partir de nossos princípios. Ele ainda complementa dizendo que o etnocentrismo também pode ser observado como “ a dificuldade de pensarmos a diferença, reagirmos com estranheza medo e hostilidade”.
  1. Choque Cultural:

No livro ele conta a estória de um pastor que foi conhecer e pregar o evangelismo na aldeia dos índios, antes dele partir, comprou diversos objetos para levar para a tribo e resolveu dar-se de presente um relógio, mas não era qualquer relógio, era um dos mais modernos e com diversas funções. Ao chegar a tribo ele foi distribuir seus presentes e pregar o evangelismo. Durante este tempo ele acabou fazendo amizade com um jovem índio que passou a seguir ele nas suas pregações. Meses depois o jovem índio acabou se interessando pelo relógio barulhento e chamativo, após muita insistência o pastor acabou cedendo e dando o relógio para o índio, mesmo a contragosto. Dias depois o índio foi atrás do pastor amostrar o relógio que ele tinha dado, ao chegar no local o pastor assustou se ao ver que o relógio dele estava pendurado em um galho cheio de penas e ornamentos, como enfeite.

Após voltar para casa, em seu escritório, ao olhar para parede do seu escritório que estava toda enfeitada com arcos, flechas etc. Ele lembrou do jovem índio que usou seu relógio como enfeite e riu.

Com este exemplo fica claro que o pastor não estava acostumado com o ambiente e a cultura local dos índios. Assim como ele não entendeu o porque do jovem índio ter usado seu relógio como enfeite, o índio não entenderia o fato dele ter usado os seus objetos de caça como decoração. O que aconteceu foi que cada um deles compreendeu nas condições de sua cultura o sentido daquele determinado objeto, onde o significado original foi adulterado na cultura do “outro”. É assim que o etnocentrismo age como uma analise do valor da cultura do “outro” baseado na cultura do “eu”.

Toda cultura, até mesmo a nossa cultura, é etnocêntrica e colonizadora, pois ela insere o etnocentrismo em motivos para dominar as outras culturas.

  1. Livro didáticos de História do Brasil

Segundo o autor a visão do etnocentrismo está no nosso dia a dia e também nos livros didáticos. O fato do etnocentrismo está inserido nos livros, faz com o “outro” seja manipulado. Como exemplo temos a imagem que os livros passam dos índios. O autor lista a imagem do índio de três formas :

  • Como selvagem durante o descobrimento do Brasil;
  • Como “criança” durante a catequese;
  • Como “herói” na ideologia nacional.

Estes exemplos duplicam durante nosso dia a dia, casos assim só tendem a espalharem junto com a mídia. O índio ainda é visto também como incapaz de trabalhar nos engenhos de açúcar por serem preguiçosos. “ora, como aplicar tais a um povo ou uma pessoa, que se recuse a trabalhar como escravo, numa lavoura que não é sua, para a riqueza de um colonizador que nem sequer é seu amigo, antes muito pelo contrario, está recusa, é no mínimo, sinal de saúde mental”.


  1. Primeiros Movimentos
  • No segundo capitulo já podemos observar o caminho que a antropologia usou para superar a forma etnocêntrica de conceber o “outro”. Assim o autor volta para o século XVI e á sensação de perple  xidade pelos novos povos descobertos. Aos poucos essa aversão, vai se reduzindo e dando espaço para as novas percepções sobre o grupo do “outro”.
  1. Evolucionismo
  • O primeiro pensamento que procura explicar a diferença é o evolucionismo. Trata-se da transformação progressiva do individuo para um ser pleno ao fim. O evolucionismo social abre espaço para o etnocentrismo, pois traduz essa diferença da sociedade do e “eu”, que seria aquela com a evolução mais adiantada e a sociedade do outro, que seria aquela com a evolução mais adiantada e a sociedade do outro que seria aquela no estagio de evolução mais atrasado.
  • A ideia de progresso (do ser primitivo até a ser civilizado) é fundamental para a historia do homem, para explicar a posição do homem contemporâneo. Porem, surge então a necessidade de definir um medidor de progresso, visto que a cultura é um conjunto de crenças, costumes, hábitos etc., adquiridos pelo homem e dizer em qual, uma sociedade é mais evoluída que a outra.
  • Para os evolucionistas, a relativização e o trabalho de campo não tinham espaços. Os evolucionistas pensam no selvagem sem ao menos conhecê-lo, de perto, pois ele é uma versão passada ao homem atual. Pensava no outro, através do eu. Lewis Morgan avaliou os itens culturais das sociedades, como governo, religião, arquitetura, entre outros. E dividiu a história humana em três períodos evolutivos: selvagens, barbárie e civilização.
  •  Ainda existe uma forte visão etnocêntrica, nesse pensamento sobre o outro, mas também é possível perceber um avanço, já que ela se propôs a estudar o outro.

  1. O Passaporte
  • No terceiro capitulo o autor fala sobre o aparecimento de teorias que acrescentam á antropologia novas concepções e problematizações.
  • Hoje a antropologia consegue ver que as sociedades podem ter concepções da existência tanto diversas entre si, quanto igualmente boas p/ cada uma: Franz Boas traz uma nova forma de pensar e apartir dai, dar inicio a relativização quando percebe a importância de estudar as culturas humanas nas suas particularidades. Para ele, existem diversas culturas humanas, que serão estudadas por cada elemento que a compõe, como as individuas, a língua falada, o ambiente que envolve etc.
  • A antropologia social observa os pequenos detalhes do cotidiano. Pelas particularidades. A cultura pode ser explicada pelo clima, ambiente, pela personalidade a pela língua. Elementos esses que se misturam e forma uma cultura única.
  • Existe uma nova forma de pensamento, chama reducionismo. Existe a dificuldade de explicar uma coisa maior, utilizando uma de suas partes.
  • A tentativa de relativizar é muito complexa, pois é preciso abrir mão das “verdades” etnocêntricas, para dar espaço ás duvidas e questões que abrigam a pensar novos sentidos para compreender o eu e o outro. O outro deixa de ocupar o lugar de primitivo e passa para um lugar de destaque, podendo servir para dimensionar a sociedade do eu.

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