Historia da vila virginia

Ribeirao preto estava em fase heroica do desenvolvimento, os loteamentos se sucediam por todos os lados da cidade, se esparramavam em marchas para o grandes dias de hoje. Foi nesse período ( segunda década de mil e novecentos) que surgiu  a vila virginia.

Havia falecido naquela área o sr  Lindolfo  faria nogueira, deixando como bem imóvel, uma área de 12 alqueires  de terra, propriedade que adiquirira muito anos passados,a preço ínfimo, segundo os padrões do tempo.

As terras processada a herança, foram a praça em agosto de 1923, verificando-se uma proposta para aquisição de oito alqueires, por parte do sr alvaro de lima, cidadão ativo e esclarecido, que teve a visão do valor futuro da localidade, e a gleba foi arrematada, a falta de mais licitantes, pela importância de quarenta e cinco cruzeiros novos.

O adquirente, homem de negócios que para negocio fez a aquisição em foco, loteou a metade das terras, obtendo com isso cento e oitenta lotes que foram vendidos em pouco tempo, mercê de boa propaganda, de par com o espirito progressista do povo. As construções, dentro em pouco, foram surgindo, marcando a região com a presença fixa do homem em seus lares.

E assim, foi nesta primeira síntese, que a antiga chácara paraiso  deu  lugar a vila virginia , nome que evoca a exma esposa do desbravador do local, falecida há algum tempo.

Adentremos mais na historia, em 1924, foi fundado na zona oeste da cidade, por alvaro lima ,mineiro de carmo do paraiba, o bairro de vila viginia, ocupando a área onde existia a chácara paraiso, cujo proprietário era Lindolfo nogueira.

Por 50 mil réis da época, em 1925,ele vendeu as terras para alvaro de lima, que teve como primeira preocupação fazer um mapa da área, ampliar a sede da antiga chácara, na então av. Joaquim da cunha, atualmente 1º de maio, e mudar-se  para o bairro com a mulher e os 3 filhos.

Tudo começou em 1924 pois, na sessão da câmara municipal de ribeirão preto de 19 de maio desse mesmo ano, foi aprovado sob o nome vila virginia, um pedido de loteamento de terras,feito pelo alvaro de lima e sua mulher D. Virginia Barros de lima, então proprietários de uma chácara, adquirida por eles em hasta publica, pouco tempo antes.

Por iniciativa de virginia, seu marido loteou suas terras, abrindo ruas e praças e , inclusive, doando terreno para a abertura da av. 1º de maio, até onde ela se  bifurca, por não terem querido, na época os demais proprietários doar o restante para seu prolongamento.

Por iniciativa de virginia que se fundou o primeiro grupo escolar do bairro. Para o imediato funcionamento, cedeu as autoridades escolares de então, a sua própria residencia, mudando-se para outra casa , não satisfeita, doou um terreno ao estado, para que nele se construísse um grupo escolar.

Foi também por iniciativa dela, que se começou a construir  a velha igreja do bairro, para qual doara o terreno necessário, aumentando essa doação mais tarde , a pedido do saudoso bispo D. Luis do Amaral Mousinho, para que fosse possível a construção da igreja da Santa Maria Goreti.

Por isso esse bairro, pode se orgulhar de ter  erguido  uma das primeiras senão a primeira igreja, no mundo , dedicada aquela santa.

Alvaro  comprou as terras com economias que guardara como viajante, o nome virginia foi uma homenagem a sua mulher, nascida em espirito santo do pinhal. Desde  o inicio, alvaro de lima trabalhou pelo desenvolvimento do bairro e para tanto, dividiu-o  em lotes, alguns vendidos a preço irrisório e outros doados a entidades como escolas e igrejas.

Lutou para levar o asfalto, luz e esgoto a vila virginia e sugeriu a prefeitura nomes como Euclides da Cunha, Julio de Mesquita  e Franco da Rocha, para as ruas do bairro. Em 1932, quando a revolução paulista, mudou-se para o centro da cidade, mas continuou seu trabalho pelo desenvolvimento de vila virginia.