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INTRODUÇÃO À ARTE OCIDENTAL – FOCILLON

Por:   •  26/4/2017  •  Resenha  •  805 Palavras (4 Páginas)  •  303 Visualizações

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RESUMO “A CIDADE-TERRITÓRIO (OU A PÓS METRÓPOLE):

  • Cidade-território impede qualquer tipo de programação de metrópole.
  • Cidade-território: espaço indefinido, homogêneo, indiferente nos seus lugares;

- acontecimentos baseados em lógicas não correspondem a um desígnio unitário de conjunto.

- modificam-se rapidamente, o que impede a conservação de memórias (casa e não casa estão na mesma moeda);

  • Cidades com mais de 20 milhões de habitantes

- áreas indiferentes do ponto de vista arquitetônico;

- todo relacionado por acontecimentos ocasionais, fora de qualquer lógica urbanística e administrativa;

  • Casa (para a grande massa): mini-apartamento padronizado.

- periferias para a classe média é resultado do processo da mega-urbanização das áreas indiferentes (destruíram recursos e culturas locais).

  • Plano dos territórios: centros directivos, representativos, terciários (de um lado) e periferias populares (do outro lado);
  • Cidade única: cidade coincide totalmente com o território;
  • “Será possível viver sem um lugar?”

- Só uma cidade pode ser habitada: porém ela deve fornecer lugares para as habitações;

  • O lugar é o sítio onde paramos: é PAUSA

- Território pós-metropolitano não nos permite parar, recolher-nos no habitar.

- Cada lugar está destinado a encolher-se, a perder intensidade, até se tornar em nada mais que um lugar de passagem.

O CORPO E O LUGAR

  • “Se somos lugar, como podemos não buscar lugares?”

- O homem jamais conseguirá reconhecer como seus os lugares dos antigos espaços urbanos, nem os das antigas metrópoles.

- No espaço metropolitano subsistia uma precisa hierarquia entre edifícios ou contentores que desempenhavam a função de corpos de referência.

  • Essência da metrópole constitui, de um lado, em irradiar-se num espaço como pura forma a priori. Do outro, este seu irradiar-se é constantemente contrariado pela gravidade dos corpos de referência que a ocupam.
  • “É possível a eliminação do espaço enquanto formos corpos?”

- tecnicamente e politicamente o nosso corpo já é tratado como um conjunto de informações.  

  • A energia que o território pós-metropolitano liberta é essencialmente desterritorializante, anti-espacial.

- Toda métrica espacial é sentida como obstáculo a ultrapassar.

- O espaço vinga-se então, imobilizando-nos nas cidades (através do transito e da velocidade de informação) e vinga-se também nas arquiteturas que contrastam radicalmente o desejo de movimento, resultando num peso monumental único.

ESPAÇOS FECHADOS E ESPAÇOS ABERTOS

  • A existência pós-metropolitana continua congelada em espaços fechados.
  • Espaço fechado não é apenas o edifício definido na base de uma função

- São aqueles lugares onde a função se torna crônica, como a doença nos hospitais, educação nas escolas, a cultura nos museus e nos teatros.

  • Se o espaço fechado diz respeito à necessidade de comunidade, diz respeito também à necessidade de privacidade: quer no que toca ao estilo de vida, quer no que respeita à concepção e prática do direito.
  • “Guerras civis são mais frequentes nas cidades do que nos condomínios”.

O TERRITÓRIO INDEFINIDO

  • Habitamos em territórios indefinidos, e as funções distribuem-se no seu seio, para além de qualquer lógica de programação;
  • Ainda existem polaridades neste espaço – porém podem se organizar por todo o lado.
  • É a morte da tipologia abstrata;
  • A possibilidade de fixar limites à cidade para hoje inconcebível (uma questão técnico-administrativa);
  • O território pós-metropolitano é uma geografia de acontecimentos que atravessam paisagens híbridas.

- O limite do espaço pós-metropolitano só é dado pela fronteira da rede de comunicações.

  • O desenvolvimento da cidade de metrópole para território não pode ser programado.
  • A perda de valor simbólico da cidade cresce em proporção.

ESPAÇO E TEMPO

  • O espaço não é mais métrico e sim temporal: “Quanto tempo demoro para chegar lá?”
  • Nossa mente sente o espaço como empecilho, porém ainda queremos o surgimento de espaços acolhedores.
  • No espaço pós-metropolitano, as funções assumem o aspecto de acontecimentos, também devido à rápida transformação do próprio território.
  • O tempo da metrópole contrasta dramaticamente com a sua organização espacial, com o peso de seus edifícios.

UM INDICADOR: A POLIVALÊNCIA DOS EDIFÍCIOS

  • Precisamos de lugares onde habitar, porém não podem ser espaços fechados.
  • No espaço do território pós-metropolitano, os corpos dever poder ser transformados durante o seu movimento. A matéria mutará constantemente desse modo.

- Nesse espaço, cada parte é como uma mónada que acolhe em si a globalidade do todo: individualidade universal.

  • Jamais poderemos sentir-nos habitantes em lugares segregados do conjunto do território. Podemos talvez habitar onde o próprio individual nos comunica o universal.
  • Para o território pós-metropolitano, precisamos da capacidade de construir lugares adequados à utilização, lugares correspondentes às exigências e aos problemas do próprio tempo.

- Deve-se pensar nos edifícios multifuncionais, pois é tudo rígido num território em que já não existe lugar. Não é possível construir lugares simbólicos num espaço pós-metropolitano.

  • A sociedade tem a necessidade de construir objetos simbólicos. Isso deveria deixar de existir para que assim seja cumprida a necessidade de lugar no território pós-metropolitano. A multifuncionalidade dos edifícios seria o caminho mais provável.

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