Igreja de São Miguel de Hildesheim

Igreja de São Miguel de Hildesheim

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Localização histórico-temporal: Sacro Império Romano-Germânico (atual Alemanha), século XI, período Românico

Estilos presentes: Românico, Otoniano

Dados sobre construtores: A construção foi ordenada pelo Bispo Bernward de Hildesheim, para constituir um mosteiro beneditino em honra ao Arcanjo Miguel. A construção continuou com o seu sucessor, o bispo Godehard (falecido em 1038), que completou o trabalho em 1031. Sofreu reformas em 1186, após ser atingida por um incêndio, recebendo decorações mais intrincadas. Foi destruída por um bombardeio em 1945 e posteriormente reconstruída no estilo original. As obras de arte e artesoado haviam sido escondidos e ficaram intactos. Atualmente faz parte do patrimônio mundial da UNESCO.

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Planta: Tipologia de Cruz Latina. É uma basílica de duplo coro a leste e oeste, com dois transeptos retangulares transversais em cada extremidade das naves e duas absides (uma com o altar e outra com uma plataforma elevada para o imperador e a sua corte se sentarem), criando certo equilíbrio simétrico transversal. Conta também com três naves retangulares e seis torres (duas de cruzeiro e quatro sineiras ligadas às extremidades dos dois transeptos). A entrada é feita pelas laterais, como nas basílicas Romanas. A organização da planta é extremamente geométrica, em um grid formado a partir do quadrado do cruzeiro, que serve de módulo para o dimensionamento da nave e do transepto. Os quadrados são marcados por imponentes pilares quadrados,  criando um espaço rítmico.

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Volumetria externa: A igreja combina formas retangulares e circulares, com naves de longos prismas retangulares e absides cilíndricas. A nave central se sobressai verticalmente das laterais, que por possuírem telhado de apenas uma água inclinada para fora criam um aspecto de prisma triangular. Cada transepto possui uma grande torre de seção quadrada e é flanqueado por duas esbeltas torres circulares. Os transeptos, também prismas retangulares, são da altura da nave central.

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Aspectos construtivos: Estrutura com contrafortes. Arcadas do térreo formadas por arcos de meio ponto, seguindo o ritmo A-B-B-A, com pilares quadrados (A) alternados por duas colunas (B).

Composição de fachadas: Fachadas pouco decoradas, característica da transição inicial para o período Românico. A iluminação é feita através de clerestórios. Adquiriu características góticas em sua reconstrução, como rosáceas e arcos ojivais nas fachadas das naves laterais.

Aspectos plásticos: O interior da igreja é composto por arcos policromados com capiteis cúbicos esculpidos com folhagens, criaturas e rostos humanos. O teto é forrado com artesoado pintado e trabalhado em estuque datado de 1230, sendo uma das obras de arte mais famosas da igreja, retratando a árvore genealógica de Cristo. As arcadas são pintadas em faixas de vermelho e branco e sobre elas ergue-se uma parede branca lisa até os clerestórios.

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