Jardim Japonês O Templo do Dragão da Paz

Origem

O templo de Ryoan-ji (O Templo do Dragão da Paz) foi construído em 1450 e destruído durante a guerra civil Onin, mas foi reconstruído por Hosokawa Masamoto em 1488, e o jardim foi provavelmente concebido na época.

Durante a época medieval, os japoneses começaram a fazer experiências de maneira única e abstratas com o uso de pedras, apesar de ainda manter tais características de seu jardim tradicional como a lagoa, córrego, e ilha artificial. A partir de então, rochas de diferentes formas e texturas foram cada vez mais usadas ​​para representar ambas as formações naturais e estruturas feitas pelo homem, tais como montanhas, penhascos, cachoeiras e pontes. Além disso, areia e seixos brancos foram empregados como "água" e, portanto, em algumas obras, a lagoa foi eliminada, que durante muitos séculos tinha sido o destaque central do jardim japonês.

Ao contrário de outros jardins paisagísticos, Ryoan-Ji não possui pedras de tamanhos e formas especiais, mas depende de sua composição complexa para criar um jardim sutil e harmônico.  A beleza do jardim encontra-se pacificamente dentro da iluminação do espectador, e não no exterior materialista. Zen é a arte do vazio, e é bem ilustrado no jardim de Ryoanji.

O Jardim de Ryoan-Ji, provavelmente, foi um esforço de colaboração entre os diferentes monges e artistas, o que torna difícil determinar quem foi o único designer. O Jardim

Jardim Zen

O Jardim Zen refere-se à tradição japonesa de jardins de pedra, onde alguns elementos simples e naturais são combinados para criar um ambiente tranquilo, rigoroso e simbólico. O jardim é composto de dois elementos principais: areia e rochas. Cascalho também é usado em lugar de areia.

O Jardim Zen consiste em um poço de areia ou cascalho, com ilhas cuidadosamente colocados de pedra. A areia é artisticamente arada diariamente em padrões que evocam as ondulações do mar.

Jardins de rocha japoneses têm o nome ocidental, "Zen Garden", por causa da natureza tranquila do jardim, que incentivam a meditação.

Muitas vezes, no Jardim Zen seco, você vai ver uma grande rocha que é a característica predominante. Esta rocha é representativa das montanhas que se erguem sobre o campo. Com este tipo de jardim, acredita-se que a quietude da "água", sendo o cascalho, é a paz e tranquilidade da mente.  

A finalidade do Jardim Zen é fornecer um lugar de meditação e contemplação. Quando o Jardim Zen foi criado pela primeira vez por um sacerdote Zen, foi, na verdade, chamado de Jardim Contemplação. Foi nos Estados Unidos que o termo "Zen Garden" começou.

Alguns dizem que o jardim é a energia pura da arte Zen e talvez a única grande obra-prima da cultura japonesa. O espaço é cercado por muros baixos. Um arranjo rigoroso de quinze rochas postas em uma cama de cascalho branco. É isso: não há árvores, nem colinas, há lagoas, mas sem água escorrendo. Nada que você poderia descrever como romântico ou bonito. Mas seu minimalismo inspira contemplação, introspecção, e deliberação.

O Jardim Ryoan-Ji

O Jardim Ryoan-Ji é famoso pela sua simplicidade. Quanto mais tempo você se senta, mais o jardim fascina. As 15 rochas são colocadas de modo que, quando se olha para o jardim a partir de qualquer ângulo (com exceção de cima), apenas 14 das pedras são visíveis ao mesmo tempo. A tradição diz que só é capaz de ver as 15 pedras ao mesmo tempo quem alcançar a iluminação.

Alguns acreditam que o jardim representa o tema comum de um tigre transportando filhotes através de uma lagoa ou de ilhas em um mar, enquanto outros afirmam que o jardim representa um conceito abstrato como o infinito. O significado do jardim não foi explicito, pois cabe a cada espectador encontrar o significado para ele.

Muitas explicações são dadas para o arranjo de pedras e decoração minimalista, mas tudo o que se pode dizer com segurança é que o jardim é altamente influenciado pelos ideais da cerimônia do chá, em que a honestidade, rusticidade, e subavaliação são mantidas em estima. Os ideais de Wabi (honestidade e eufemismo) ressoaram bem com o ramo Zen do Budismo, levando a jardins como Ryoan-Ji. Wabi é uma técnica de design poderoso que usa simplicidade e eufemismo para permitir que a imaginação do espectador "preencha os espaços em branco”.