MERCADO CONSUMIDOR E DE TRABALHO EM ARQUITETURA
Por: Juliane Bortoncello • 10/4/2016 • Trabalho acadêmico • 436 Palavras (2 Páginas) • 421 Visualizações
MERCADO CONSUMIDOR E DE TRABALHO EM ARQUITETURA
ARQUITETA THAIS BRAND | ITAJAÍ
Nosso mercado ainda está aquecido. Nossa região é muito favorável a esse crescimento. Tem campo para todas as áreas de um profissional de arquitetura... O que tem pouco são especializações, cursos, feiras. A arquiteta entrevistada se formou em 2006 e desde então sempre trabalhou na área de arquitetura. Segundo ela, hoje o mercado tem muito mais trabalho e procura pelo profissional de arquitetura, devido à desmistificação da diferença de um engenheiro para um arquiteto, do que quando se formou. O arquiteto tem conseguido mostrar, definir e diferenciar exatamente o seu espaço, pela diversificação de trabalhos que nós arquitetos podemos fazer. A concorrência, tanto pela quantidade de profissionais como pelos valores cobrados, sempre foi uma das dificuldades do mercado. A falta de especializações (mestrados e pós) falta de ação e postura do conselho CAU, entre outros itens que fazem a diferença. Mas a dificuldade maior é do próprio profissional, da falta de busca por conhecimento, aperfeiçoamento e principalmente pelo comodismo.
As perspectivas, para ela, são sempre muito positivas. Enquanto houver a construção e planejamento, sempre haverá campo para o arquiteto. Apesar de já sentir o impacto da crise no Brasil, mesmo que tenha sido apenas uma “brisa” na sua vida, isso a preocupa, pois uma brisa pode se tornar rapidamente num vendaval. E como a profissão é seu único sustento, precisou tomar algumas atitudes, tudo por precaução e visando uma estabilidade financeira. Dentre as dificuldades que teve de enfrentar, comenta que a falta de preparo e de experiência de trabalho levam a insegurança de começar e, a insegurança trava o indivíduo. A faculdade forma profissionais, mas não prepara o emocional, e nem ensina a lidar com o dia a dia. Tudo que aparecia de projeto pegava, e foi na prática, que aprendeu... A faculdade deu a base para começar, mas a realidade depois de formada foi outra.
Para ela, o arquiteto precisa de humildade em aceitar e saber colocar no papel aquilo que o cliente deseja, e não projetar aquilo que satisfaz seu orgulho. Humildade em reconhecer que sempre estamos aprendendo e temos muito a aprender ainda. Além de organização, dinamismo, sensibilidade, criatividade, e disciplina. Um profissional que busca tudo isso, com toda certeza merece ganhar o piso do salário de um arquiteto. Acredita que ainda é pouco valorizada em termos de remuneração, mas muito cobrada em termos de trabalho. Ainda precisa fazer um “extra”, como autônoma, mesmo trabalhando há cinco anos em uma empresa de engenharia e arquitetura.
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