Memorial de requalificação urbana
Por: EGS123 • 9/2/2017 • Pesquisas Acadêmicas • 1.245 Palavras (5 Páginas) • 271 Visualizações
MEMORIAL
Para a melhor compreensão do objeto de estudo tratado nas disciplinas de Projeto VI, Projeto de Urbanismo I e Teoria e Projeto de Paisagismo II, foi realizada uma visita ao município de Tangará da Serra – MT, desta forma, o contato com o terreno e o espaço urbano da cidade proporcionou a vivência do ambiente para assim conhecer e reconhecer o local, o cotidiano bem como as questões ligadas ao urbanismo, dentro deste contexto, a finalidade da visita in loco foi produzir materiais para análise e intervenção urbana.
O Município de Tangará da Serra está localizado na região Centro Oeste do país no Estado de MT, no exuberante divisor das águas das bacias Amazônica e do Prata, originou-se em 1959, emergente do antigo povoado surgido pelo loteamento das glebas Santa Fé, Esmeralda e Juntinho localizadas no município de Barra do Bugres. Inspirados pelo canto macio, cheio, vivo e sonoro do pássaro Tangará (uma das aves brasileiras mais famosas) foi que os primeiros visitantes da região aliaram o nome do gracioso pássaro a majestosa Serra de Itapirapuã e batizaram a localidade como Tangará da Serra.
Segundo o IBGE a cidade atualmente conta com população de 92.298 habitantes.
Tabela 01- Relação dos habitantes existentes no município de Tangará da Serra
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Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE. 2014
Em sua área predomina clima tropical chuvoso quente úmido e uma hidrografia formada pelo rio Sepotuba, Formoso e Juba. Encontra-se entre as serras de Itapirapuã e dos Parecis, próxima a dois ecossistemas importantes no território brasileiro: o Pantanal (sul) e o Chapadão dos Parecis (norte).
Atualmente Tangará da serra possui diversos roteiros turísticos que apresentam um pouco da sua bagagem cultural e de suas belezas naturais.
A região a ser estudada corresponde ao eixo estruturante que corta o município, a Avenida Brasil e o seu entorno. Devida a abrangência do local, a avenida em enfoque permeia duas áreas: uma consolidada e outra não consolidada pois esta última corresponde a uma região pouco habitada em comparação ao centro. De acordo com a Resolução nº303 do CONAMA, caracteriza-se área urbana consolidada, aquela que atende a determinados critérios, como por exemplo, a definição legal pelo poder público; presença de pelo menos quatro dos equipamentos de infraestrutura urbana, a exemplo de Tangará da Serra citam-se: malha viária, canalização das águas pluviais, rede de abastecimento de água e distribuição de rede elétrica e iluminação pública. O entorno compreende desde uma região muito calma, até mesmo o centro da cidade, local repleto de edificações e circulação de veículos e pedestres. A região calma localizada próximo ao anel viário caracteriza-se como uma área sem edificações, terrenos não ocupados e com vasta vegetação rasteira, desta forma não apresenta condições básicas de infraestrutura urbana como iluminação pública, rede sanitária de esgoto, calçamento/passeios edificados, o que se encontra edificado corresponde a um pequeno aglomerado de residências correspondentes aos bairros Jardim San Diego, Jardim Vitória, Jardim Santo Líbano, Jardim Esmeralda II, Jardim Presidente. As vias do entorno são parcialmente pavimentadas, sendo que algumas ainda são de calçamentos e quase não se constatou a presença de mobiliários urbanos como, por exemplo, orelhões e lixeiras públicas. A outra parte analisada apresenta melhor infraestrutura urbana que vai desde o bairro Jardim Califórnia até o Jardim Europa II, pavimentação asfáltica por todo o perímetro, constatou-se também alguns mobiliários urbanos, os canteiros centrais da Avenida Brasil apresentam espécies vegetativas que pouco favorecem o conforto bioclimático da região, pelo fato de caracterizar uma região central do município o local é composto por diversos comércios, praças, parques, escolas, igrejas, postos de abastecimentos, supermercados bem como a atual sede da prefeitura ao final da Avenida Brasil e residências mistas.
O plano diretor tem como umas de suas diretrizes expandir o sistema viário realizando a previsão de vias arteriais interligando os diversos setores da cidade visando a sua integração e a diminuição das distâncias a serem percorridas pela população e priorizar a infraestrutura na malha viária por onde circula o transporte coletivo.
No que diz respeito ao fluxo, pelo fato da Avenida André Maggi compor o anel viário da cidade, a mesma caracteriza-se por um fluxo intenso de veículos leves e pesados, porém há de se apontar a precária sinalização, em alguns trechos são nulas e a necessidade de uma área de escape/acostamento devido ao fato de esta avenida ligar-se à outra e desta forma se configurar como uma área muito propícia a colisão de veículos.
Figura 01. Constatação da ausência de sinalização para veículos na rodovia André Maggi.
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Fonte: Acervo pessoal
Já a Avenida Brasil possui configuração dupla, um canteiro central, corresponde a uma via estruturante que liga o anel viário a cidade e possui pouca circulação de veículos no trecho inicial. Ambas as vias analisadas possuem pavimentação asfáltica, porém não possuem passeio destinado aos pedestres somente na região consolidada/urbanizada, bem como as sinalizações apropriadas como faixa de pedestres e placas. A morfologia da região estudada compõe-se basicamente de topografia plana. Em relação ao Plano Diretor do município, a região analisada encontra-se dentro da ZAP (Zona de Adensamento Primário, possui Zona Especial de Interesse Histórico, Cultural e Arquitetônico ZEIHCA à medida que incorpora a matriz da igreja católica o centro cultural. Apresenta também a Zona Especial Institucional ZEIT pois nela está inserido a Escola Dom Bosco, Escola Estadual 13de Maio, Posto de Saúde Central, a Rodoviária, Feira Municipal do Centro, Casa da Criança entre outros, além de incluir também uma Zona de Adensamento Secundário como o Bairro Vila Alta e o Jardim Europa.
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