O Artigo Científico Zaha Haddid
Por: João Victor • 1/4/2019 • Artigo • 1.265 Palavras (6 Páginas) • 292 Visualizações
Por dentro do MAXXI, de Zaha Hadid
Beatriz Silva
Graduando em Arquitetura e Urbanismo, Unitoledo.
byasilvatomedesouza2015@gmail.com
Jhonatan Teixeira
Graduando em Arquitetura e Urbanismo, Unitoledo.
Jhonatan_brauna@hotmail.com
João Victor Maroneze
Graduando em Arquitetura e Urbanismo, Unitoledo.
joaovictormaroneze@hotmail.com
RESUMO
Zaha Hadid é uma arquiteta britânica com estilo desconstrutivista da arquitetura, nasceu no Iraque em 1950 e passou quase toda a sua vida em Londres, na Inglaterra, faleceu em 2016 em Miami. Se formou em Matemática e posteriormente em arquitetura, criou diversos trabalhos, muitos não saíram do papel, outros no entanto embelezam e encantam pessoas pelo mundo. Como é o caso do MAXXI, com linhas não-lineares, fortes contrastes no interior e uma grande modificação no bairro onde foi instalado, criando uma espécie de novo centro na cidade de Roma.
PALAVRAS-CHAVE: Zaha Hadid. Desconstrutivista. Arquitetura. MAXXI. Roma.
INTRODUÇÃO:
A arquiteta Zaha Hadid nasceu no dia 31 de outubro de 1950, na cidade de Bagdá, no Iraque e posteriormente obteve cidadania Inglesa. É muito conhecida em todo o globo por utilizar em suas obras o estilo desconstrutivista arquitetônico, onde utiliza sempre formas não-lineares, acompanhadas de curvas, formas diferentes e sempre inspirando-se na natureza.
Sua paixão pela arquitetura começa em 1972 quando tinha 22 anos, pouco depois de se formar em Matemática pela Universidade Americana de Beirute, no Líbano. Então Zaha se matricula na conceituada Architectural Association School of Architecture’s (Associação Arquitetônica da Escola de Arquitetura), em Londres, onde viveu boa parte de sua vida.
Ainda na faculdade Zaha Hadid conhece duas pessoas: Rem Koolhaas e Elia Zenghelis, ambos professores na faculdade a qual Zaha frequentava. Trabalharam juntos por alguns anos e essa experiência foi fundamental para o crescimento profissional de Zaha como arquiteta. O trio realizou diversos trabalhos entre os quatro anos que ficaram juntos, talvez o mais famoso foi o projeto de expansão do Parlamento Holandês, no fim dos anos 70.
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Figura 1: Desenho da obra de ampliação feita no Parlamento Holandês, por Zaha Hadid e seus parceiros.
A partir de 1980 Zaha começa a trabalhar em seu próprio escritório, o Zaha Hadid Architects, a partir desse momento seu nome se populariza por todo o globo e mesmo com pouca experiência profissional, Zaha ganhou um concurso em Hong Kong em 1983, ao projetar o clube The Peak. Nunca saiu do papel apesar de ser um dos mais significativos da arquiteta britânica.
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Figura 2: Clube The Peak em Hong Kong, o qual nunca saiu do papel
http://www.zaha-hadid.com/architecture/the-peak-leisure-club/
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Figura 3: Clube The Peak em Hong Kong, o qual nunca saiu do papel
http://www.zaha-hadid.com/architecture/the-peak-leisure-club/
CORPO DE BOMBEIROS DE DESIGN VITRA
Finalmente em 1993 o primeiro projeto feito pelo Zaha Hadid Architects saiu do papel, Zaha foi escolhida para projetar o prédio do corpo de bombeiros do campus de design Vitra, localizado na Alemanha, após um devastador incêndio destruir o antigo prédio.
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Figura 4: Área externa do prédio do corpo de bombeiros (Vitra Fire Station) feito pelo escritório de Zaha Hadid.
Em toda a sua carreira Hadid teve grandes feitos, foi a primeira mulher a ganhar o prêmio Pritzker de arquitetura, no ano de 2004. Posteriormente foi a primeira mulher a ser reconhecida pelo Instituto Real de Arquitetos Britânicos, onde discursou dizendo uma de suas famosas frases. “Hoje em dia vemos o tempo todo mais arquitetas estabelecidas. Mas isto não significa que seja fácil. Às vezes os desafios são imensos. Houve uma mudança tremenda nos últimos anos e vamos continuar com este progresso.”
Em sua arquitetura nota-se fortes traços da arquitetura desconstrutivista também chamado de movimento desconstrutivista, o qual teve início no fim dos anos 80 durante a arquitetura pós moderna. São características marcantes a fragmentação e o processo de desenho não linear. Ao analisar essas obras, pode-se observar, formas não retilínieas as quais distorcem alguns dos princípios elementares da arquitetura, como por exemplo a estrutura. Os edifícios do movimento desconstrutivista causam ao espectador sensação de imprevisibilidade e caos.
Zaha Hadid faleceu no dia 31 de março de 2016, aos 65 anos, após sofrer um ataque cardíaco em Miami, deixou um grande legado de diversas obras incríveis, algumas não saíram do papel, outra porém encantam pessoas e embelezam lugares ao redor do mundo, do seu vasto portfolio temos o MAXXI (Museu de Arte do Século XXI).
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Figura 5: Área externa do MAXXI, fotografada por © Iwan Baan.
MAXXI - MUSEU DE ARTE DO SÉCULO XXI
O museu foi projetado pelo Zaha Hadid Architects em 1999, porém sua obra só foi concluída 10 anos depois, em 2009 e a visitação pelo público só foi liberada a partir de 2010, o MAXXI conta com uma área construída de 27 mil metros quadrados, localizado em Roma, na Itália.
A construção segundo Zaha Hadid, não era um espaço para conter objetos, mas sim um espaço, um campus para a arte, onde seria possível os fluxos e os caminhos poderiam se sobrepor para criar um local dinâmico e interativo.
O objetivo principal do projeto era a flexibilidade e a continuidade dos espaços, ao ver o espaço interior do MAXXI pode notar-se que o mesmo não possui divisões de paredes, criando um ambiente para qualquer tipo de exposição, seja móvel ou temporária.
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Figura 6: Um dos grandes salões do MAXXI, fotografada por © Iwan Baan.
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