O CENTRO HISTÓRICO CIDADE DE GOIÁS

CIDADE DE GOIÁS

O Centro Histórico da Cidade de Goiás é construído entre duas séries de morros, ao montanhas do noroeste e têm um caráter popular, indicado pela igreja de Rosário, que era tradicionalmente reservada aos escravos. 

Goiás testemunha a ocupação e colonização das terras do Brasil central nos séculos XVIII e XIX. As origens da cidade de Goiás estão intimamente relacionadas com a história das expedições mais ou menos oficiais (bandeiras), que partiram de São Paulo para explorar o interior do território brasileiro. Foi o primeiro núcleo urbano oficialmente reconhecido, o primeiro bairro a ser planejado a oeste da linha de demarcação do Tratado de Tordesilhas que definiu os limites das possessões portuguesas.

O traçado urbano é um exemplo do desenvolvimento orgânico de uma cidade mineradora, adaptada às condições da região. Ainda que modestas, tanto a arquitetura pública quanto a arquitetura privada formam um todo harmonioso, graças ao uso coerente de materiais e técnicas locais

O conjunto arquitetônico, paisagístico e urbanístico do centro histórico de Goiás foi tombado pelo Iphan em 1978 e o reconhecimento como Patrimônio Mundial veio em 16 de dezembro de 2001.

A cidade nasceu com características de povoamento vernacular e tem permanecido como tal até os dias atuais, embora haja registros de seu plano urbanístico. Suas principais qualidades, e que compõem seu valor excepcional universal, estão menos nos aspectos artísticos que no fato de ser ela um raro e genuíno documento da maneira em que os exploradores do território, em uma situação isolada, adaptaram os modelos de planejamento e construção vigentes na metrópole portuguesa às realidades da região tropical.

Goiás é um bom exemplo de uma cidade mineradora dos séculos XVIII e XIX que permaneceu intacto, incluindo seu meio ambiente natural. O centro histórico de Goiás mantém, até hoje, o caráter primitivo de sua trama urbana, dos espaços públicos e privados, da escala, volumetria das edificações urbanas.

Em seu layout e arquitetura, o Centro Histórico da Cidade de Goiás é um excelente exemplo de uma cidade europeia admiravelmente adaptada às restrições climáticas, geográficas e culturais da América do Sul central. Isto é demonstrado pelo plano urbano adaptado à topografia de cada lado do rio, as características arquitetônicas e layouts, materiais e técnicas de construção. 

O Centro Histórico da Cidade de Goiás representa a evolução de uma forma de estrutura urbana e arquitetura característica do assentamento colonial da América do Sul, aproveitando os materiais e técnicas locais e conservando seu cenário excepcional. É o último exemplo restante da ocupação do interior do Brasil, como era praticada nos séculos 18 e 19.  O Centro Histórico da Cidade de Goiás é caracterizado pela harmonia de sua arquitetura, devido às proporções e tipos de edificações

O Centro Histórico da Cidade de Goiás passou por um longo período de estagnação do século 19 até tempos recentes. Sua paisagem urbana, portanto, não foi sujeita a grandes mudanças nos tempos modernos.

É um bom exemplo da aparência da cidade de mineração dos séculos 18 e 19, incluindo o seu meio ambiente natural, que se manteve intacta.

As poucas construções que ocorreram desde o século XIX foram feitas usando-se, na maioria das vezes, técnicas tradicionais e materiais de construção, ou seu tamanho e expressão arquitetônica não põem em risco a integridade do local.

O Centro Histórico da Cidade de Goiás e seu interior têm uma rica tradição cultural e religiosas que inclui não apenas arquitetura e técnicas de construção.

A cidade sedia diversos eventos e festivais de música, literatura, cinema - Festival Internacional de Cinema e Vídeo Ambiental (Fica) e gastronomia.

A poesia de Cora Coralina, cuja casa foi transformada em museu, as famosas as pinturas da artista plástica Goiandira do Couto, que retrata as paisagens com as areias coloridas da Serra Dourada.

Muitas dessas tradições continuam e formam uma parte substancial da identidade cultural de Goiás.

O desenvolvimento relativamente modesto do turismo reforça a genuinidade e autenticidade dessas manifestações culturais.