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O DESASTRE NA MINA DE OMAI

Por:   •  2/7/2020  •  Projeto de pesquisa  •  1.326 Palavras (6 Páginas)  •  229 Visualizações

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RESENHA 1

DESASTRE NA MINA DE OMAI

Acadêmico: Carlos André da Mota Santos

TESE

Em 1995, no mês de agosto, ocorreu um dos maiores acidentes do mundo envolvendo barragens, na ocasião, a mina de omai que ficava localizada na Guiana francesa, região ultramarina da França, rompeu-se dando origem a um enorme desastre ambiental, que despejou cerca de 4,2 milhões de m3 de rejeitos na natureza. A mina tinha como objetivo a extração de ouro. As causas do rompimento da mina se deram por conta de erosões presentes na parte interna da barragem.

SINTESE

A erosão interna é uma das principais causas de acidentes e de rupturas em barragens de aterro. Os modos de rupturas deste tipo estão associados ao arrastamento de partículas de solo através da percolação no aterro da barragem ou na sua fundação. A erosão interna é uma expressão abrangente que engloba diferentes tipologias, conforme a sua iniciação fenomenológica, nomeadamente: erosão através de fuga concentrada, erosão regressiva, sofusão e erosão no contato entre solos. Um processo de erosão interna que conduza à ruptura de uma barragem de aterro desenvolve-se em quatro fases sequenciais fundamentais, designadas por: iniciação da erosão, continuação da erosão ou filtração, progressão da erosão e formação de brecha.  Neste documento efetua-se uma revisão dos principais fatores que influenciam a ocorrência de cada fase de um processo de erosão interna.

O desenvolvimento de processos de erosão interna, que culminam na ruptura da barragem, é muitas vezes imputado à ausência de qualquer tipo de filtros, nomeadamente, filtros chaminé, no interior do aterro, e filtros na interface entre o aterro e a fundação. A continuação da erosão interna, em solos suscetíveis a um qualquer fenómeno de iniciação, pode ser evitada através da consideração de filtros granulares adequados em zonas de transição, onde se podem desenvolver gradientes hidráulicos importantes. A presença de filtros, dimensionados de acordo com critérios atuais, podem parar eficazmente o processo de erosão interna, sem que este se desenvolva muito, através da retenção das partículas finas arrastadas e da cicatrização de fugas concentradas de água. Porém, filtros que não satisfaçam adequados critérios de dimensionamento ou que tenham sofrido segregação durante a construção podem conduzir à continuação do processo de erosão interna.

RESENHA 2

DESASTRE NA MINA DE PAYNE CREEK

TESE

No mês de outubro de 1994 ocorreu mais um evento desastroso envolvendo barragens. Localizada no estado da Flórida, EUA, a mina de payne creek, uma enorme extratora de minério de fosfato se rompe por falhas na estrutura da represa. Cerca de 9,8 milhões de m3 de rejeitos foram despejados na natureza, trazendo impactos ambientais e sociais na região em questão.

SINTESE

Na concentração da rocha fosfática são gerados basicamente três tipos principais de rejeitos: os rejeitos de flotação, os rejeitos magnéticos e as lamas. Em geral, os rejeitos de flotação são ciclonados e utilizados como material de construção das barragens, enquanto que as lamas são dispostas nos reservatórios gerados por tais estruturas. Durante a operação de separação dos rejeitos (ciclonagem), a parcela grosseira, denominada de underflow é depositada a jusante e passa a constituir o aterro da barragem enquanto que a parcela mais fina, denominada de overflow é lançada a montante e constitui a denominada praia de rejeitos. A rigor, tais concepções de barragens de rejeito sempre foram analisadas e projetadas como estruturas tipicamente homogêneas, desconsiderando-se as naturezas distintas e os comportamentos geotécnicos peculiares dos diversos tipos de rejeitos.

A disposição controlada dos rejeitos parece causar um aumento do custo de produção sem trazer benefícios imediatos para a empresa mineradora. Ademais, a tecnologia aplicada ao projeto e construção de barragens não acompanha a evolução tecnológica dos projetos de mineração, inclusive a evolução dos projetos e construção de barragens convencionais. Como consequência, esta atividade tem sido negligenciada durante muito tempo na área de mineração. O projeto de barragens de contenção de rejeitos constitui-se em uma especialização inserida no contexto da construção de barragens convencionais. Existem, contudo, algumas diferenças fundamentais entre as tecnologias aplicadas ao projeto e construção das barragens de terra convencionais e as barragens construídas com rejeitos. Normalmente, os materiais de construção empregados em barragens de terra são mais adequados, melhor caracterizados e passam sempre por controle de compactação. Entretanto, os materiais usados no alteamento das barragens de rejeitos sempre contêm porcentagem mais elevada de água, e os contratempos causados pela liquefação ocorrem, quase sempre, em proporções mais graves. A construção de barragens de rejeito deve ser um processo continuado, isto é, estendendo-se por praticamente todo o período da atividade mineira, possibilitando um acompanhamento dos resultados e possíveis modificações e aprimoramentos do projeto inicial. Desse modo, pode-se dispor, de forma segura, todos os rejeitos gerados no processamento, minimizando os riscos de acidentes.

RESENHA 3

DESASTRE NA MINA DE FORT MEAD

TESE

Em 1971, no mês de dezembro, a barragem de mead Fort localizada na Flórida, EUA, rompeu-se trazendo enormes prejuízos ambientais na época para a região em questão. A barragem que tinha como função a extração em massa do minério de fosfato entrou em colapso e despejou aproximadamente 9 milhões de m3 de rejeitos de minérios, ocasionando danos ambientais e sociais.

SINTESE

Uma barragem de rejeito é uma estrutura de terra construída para armazenar resíduos de mineração, os quais são definidos como a fração estéril produzida pelo beneficiamento de minérios, em um processo mecânico e/ou químico que divide o mineral bruto em concentrado e rejeito. Os rejeitos são geralmente depositados sobre a superfície do terreno, em bacias de disposição formadas por barragens ou diques, para evitar que percolados atinjam águas superficiais e subterrâneas e que o material particulado cause assoreamento de cursos de água. Denominam-se diques as estruturas construídas em áreas planas ou de pouca declividade, e barragens as estruturas que fecham o trecho mais estreito de um vale. Os diques e as barragens que formam bacias de disposição de rejeitos são chamados genericamente de barragens de rejeitos.

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