Ocupação E Formação De Minas Gerais

O estado de Minas Gerais, localizado na região Sudeste do Brasil, como próprio nome já diz, sempre teve um papel importante na produção mineradora nacional. Porem, não se pode esquecer que outros movimentos também tiveram grande importância na formação cultural do povo mineiro.

A ocupação da região que hoje é o estado de Minas Gerais se processou através de dois tipos de expedições, entradas e bandeiras, que se deram a partir da segunda metade do sec. XVII. As entradas eram expedições organizadas pela coroa portuguesa para o reconhecimento do território. Bandeiras eram expedições organizadas por interesses particulares, com o objetivo de estabelecer a ocupação do território para a exploração do mesmo.

As expedições adentraram, no até então, desconhecido território de Minas Gerais seguindo dois eixos geográficos. Pelo sul do território os emboabas seguiam o ouro através do Complexo do Espinhaço. E pelo norte os sertanistas seguiam o leito do rio São Francisco, estabelecendo pontos de apoio para a pecuária.

Quando a notícia do ouro se espalha, ocorre um grande fluxo migratório para a região das Minas Gerais, levando um grande adensamento populacional da mesma. Assim se tem uma ocupação rápida e caótica do território. Acompanhando esse grande fluxo de pessoas que chegavam, a pecuária, que tinha como objetivo o abastecimento da região, também se adentra mais no território, porém de forma lenta e gradual, sempre seguindo os leitos dos rios.

Sendo assim, todos esses fatores contribuíram para a formação cultural do povo mineiro. Uma formação cultural que se deu de forma distanciada dos ordenamentos religiosos institucionais, assentada no catolicismo leigo com caráter devocional e sacrificial. Outro ponto importante foi a presença das confrarias, irmandades e ordens terceiras, que vieram pela necessidade de se criar instancias agregadoras da vida coletiva para o enfrentamento das dificuldades.