O Desenho Urbano de Maringá e a Ideia de Cidade-Jardim
Por: camillerabbi • 25/4/2018 • Artigo • 691 Palavras (3 Páginas) • 491 Visualizações
Curso | Sociologia III – UFMG- Sociologia | Data | 27/03/2018 |
Atividade | Análise da construção do problema de pesquisa | ||
Alunos (Nome) | Camille Oliveira Rabbi Magalhães | ||
Texto Selecionado | O Desenho Urbano de Maringá e a Ideia de Cidade-Jardim | ||
Autor | Renato Leão Rego | ||
Situação problemática | O artigo analisa o desenho urbano da cidade de Maringá diante da proposta inglesa de cidade-jardim, compreendendo as aproximações, as influências, os distanciamentos e os ajustes da ideia original para o projeto da cidade. | ||
Identificação da questão de pesquisa | Que referências a cidade-jardim percebemos de fato em Maringá? Que procedimentos projetuais aproximaram estas duas formas urbanas? | ||
Conceitos associados ao problema de pesquisa | Cidade-Jardim - esquema teórico de uma cidade autônoma de gestão comunitária, de dimensão limitada por extensa faixa agrícola que a circunda e que, caracterizada por altas taxas de áreas verdes, seria uma alternativa para o caos e a decadência urbanos da Inglaterra no final do século XIX. Maringá - cidade do estado do Paraná que foi planejada com base na ideia de cidade-jardim Jorge de Macedo Vieira - engenheiro que planejou Maringá Desenho Urbano - diz respeito à disposição, aparência e funcionalidade das cidades e, em particular, à forma e utilização do espaço público. Urbanismo - conjunto de técnicas, práticas ou teorias, que fazem com que uma área urbana passe a possuir uma infraestrutura eficaz, planejamento, embelezamento etc., especialmente seguindo conceitos do urbanismo. Áreas Verdes - Áreas onde a natureza (fauna e flora) é preservada. Podem ser parques, praças ou reservas ambientais Malha Urbana - conjunto de vias que interliga a cidade Eixos Estruturadores - pontos sob os quais foram organizadas as vias principais da cidade e a circulação | ||
Continuidades e descontinuidades em relação ao campo de conhecimento | |||
Hipóteses do autor | O autor mostra como o planejamento e a construção de Maringá se distanciaram de alguns autores, que defendiam uma cidade-jardim voltada para a vida comunitária e sem propriedade privada, e se aproximaram de outros, que viam esse mesmo termo sob um olhar de organização espacial em que a natureza é respeitada e utilizada como decoração e a cidade toda é organizada em diferentes áreas com diferentes funções de modo que seu "uso" seja o mais fácil possível. | ||
Objetivos do trabalho | Analisar a forma urbana de Maringá à luz dos princípios para a "cidade doa amanha" estabelecidos por Elizabeth Howard (1896) na virada do século XIX e formalizados por Raymond Unwin (1984) e seu sócio Richard Barry Parker no início do século XX, no projeto das cidades-jardins inglesas de Letchworth e Hampstead, para então podermos esclarecer a questão proposta. | ||
Recorte temporal e espacial | Maringá desde seu planejamento, no início do século XX, até os dias atuais | ||
Dimensões observadas na pesquisa | Foi analisado como se deu a escolha do terreno, por que Jorge de Macedo Vieira foi escolhido para planejar a cidade, e cada um dos aspectos da cidade e de seu projeto: meio natural suporte (território e preexistências), traçado da malha urbana (vias regulares e irregulares), eixos estruturadores (organização das principais vias e a circulação), espaços públicos abertos como fator de hierarquização e qualificação dos espaços urbanos e dos privados. | ||
Indicadores de medição | Direção, localização e inclinação das vias de acesso; quantidade e formato das praças; topografia do relevo; localização do terreno, das árvores, dos bairros e dos centros; identificação das peculiaridades de cada região | ||
Unidades de análise | Vias de acesso, praças, relevo, árvores, bairros, centros | ||
Técnicas de coleta de dados | Foram analisados os textos de Howard (1996) e de Unwin (1984), seus projetos e os de Jorge de Macedo Vieira. | ||
Principais resultados | A ideia original de Howard, de uma comunidade sem propriedade privada e voltada para si mesma, não está presente em Maringá. Já a prática de urbanismo de Unwin e de Parker influenciaram no projeto da cidade, como podemos ver no traçado irregular que respeita as características naturais do terreno, na presença maciça do verde no meio urbano, no caráter artístico da malha urbana, na forma das praças, na estrutura dos bairros e dos centros, nas vias e em sua caracterização e na valorização da individualidade urbana a partir de cada contexto. | ||
Críticas, comentários. | O artigo se restringe a apenas contas sobre o planejamento e a construção de Maringá, sem que o autor se posicione contra ou a favor do processo ou faça qualquer tipo de análise sobre ele. No entanto, é bem detalhado e consistente em sua pesquisa e em sua abordagem. |
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