O parque no desenho urbano
Por: Bruna Destro • 13/9/2017 • Resenha • 841 Palavras (4 Páginas) • 594 Visualizações
O Parque no Desenho Urbano
O texto “O Parque no Desenho Urbano” escrito por Miranda Martinelli Magnoli, a qual é professora titular da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (FAUUSP), fala sobre parques urbanos, que em suas diversas escalas, são inseridos no meio urbano como parte das áreas livres de edificações. Mas que além disso, fazem parte de um equipamento social, onde a sociedade brevemente contribui para o levantamento desses projetos.
De inicio, a autora dá alguns exemplos de parques públicos que eram propostos como espaços de recreação, como os de Munich (1789), mas que inicialmente esses sistemas de parques não utilizavam a população como base. É então em Nova Iorque que se implanta o maior parque público (Central Park), que teria sido projetado pela necessidade da população. No entanto, esses parques se dão de forma fragmentada entre o espaço público, como citado no texto, são apenas espaços livres de edificações, que muitas vezes são mal posicionados e acabam sendo superficiais e inúteis.
Porém, os parques fazem parte do meio urbano, onde devem estar inseridos nesse sistema de espaço livres de edificações, junto as atividades urbanas. Pode-se dizer assim, que os desenhos para parques urbanos devem levar em consideração as necessidades da população urbana, quanto as suas necessidades. Trazendo então a importância da localização desses espaços livres, que se articulam no meio urbano em diversas escalas. Além disso, esses espaços no meio urbano devem se dar de forma continua que forneça e qualifique as atividades sociais no meio urbano.
Tendo isso em vista, considera-se que um dos principais objetivo dos parques urbanos seria de enriquecer as atividades do homem no meio urbano, seja ela na escala que for: local, setorial, urbana, metropolitana, regionais, etc. desde que se adapte da proporcionalidade e das necessidades e atividades geradas em cada escala. Sendo que a configuração/distribuição desses parques levam em consideração a frequência e duração em que essas áreas serão utilizadas, os meios de locomoção até eles ou entre eles. Um outro fator importante para a distribuição desses parques seria a capacidade do meio físico em que esta inserido, como por exemplo a topografia, clima e geografia existente. Deste modo, para atender a sociedade nas várias escalas urbanas e diversidade de atividades para todo cidadão, os parques urbanos devem ser diversificados principalmente na sua configuração e acessibilidade.
No texto ainda, a autora cita um pequeno artigo escrito por Cranz3 sobre as mudanças dos papeis dos parques urbanos, da evolução do “movimento americano de parques” desde o séc XIX que se dividem em quatro etapas, onde os modelos fazem uso dos mesmo elementos (água, árvores, flores, caminhos, vedos, esculturas, edificações) mas em combinações distintas e com diferentes predominâncias. Indicando diferentes metas sociais a atingir, com diferentes maneiras de elaborar os mesmos elementos. Em cada modelo observa-se uma intenção de contribuir para a solução de problemas urbanos e com isso, acabam alterando a sociedade em si.
O primeiro modelo, o pleasure garden (1850-1900) é caracterizado pela busca da naturalidade, tentando reduzir ao máximo a ação do homem no meio. São parques localizados além da periferia da cidade para aonde as pessoas mais bem posicionadas eram semanalmente levadas para passear, apreciar. Esses parques eram feitos principalmente para diminuir o impacto industrial juntamente com o grande crescimento das cidades.
Logo após tem-se o período subseqüente (1900-1930), onde já acontecem algumas evoluções nos parques, a inserção de playgrounds e outras atividades, com usos mais locais. Esses parques já eram localizados no meio urbano e chamavam pessoas de todas as idades para a sua utilização. A cidade aqui ainda possui uma identidade industrial, onde as edificações ocupam o maior espaço.
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