O Estudo de Caso
Por: Yuri Martins • 17/11/2021 • Relatório de pesquisa • 692 Palavras (3 Páginas) • 169 Visualizações
Nesta data, 11 de novembro de 2021, a funcionária Rosa Marta Vieira, CPF 000.000.000.-00, matricula 000-00, admitida em 21/07/2021, ocupando a função de Marceneira, em atuação na área de corte, desta empresa, de moveis planejados, se acidentou durante suas atividades laborais. O acidente, iniciou-se no seu próprio setor de trabalho às 11hs, durante o corte de um compensado de madeira 100x50cm, com o propósito de realizar um corte rápido para se adiantar ao intervalo do almoço, infringindo as regras e treinamentos, a referida apoia o compensado na coxa direita realizando o corte, onde desequilibrou-se o maquinário, ocasionando um descontrole, atingindo sua artéria femoral, com um sangramento profundo e intenso. Na ocasião foi acionado o Serviço de atendimento móvel de urgência (SAMU), e realizado tentativas de contenção sanguíneas através de compressão, entretanto a mesma apresentou palidez cutânea, pulso lento, pupilas dilatadas, entrando em estado de choque pela perda de sangue. Na chegada do socorro 15min. após o acidente foi realizado tentativas de socorro, porém sem êxito, finalizando com o diagnóstico médico de óbito devido a hemorragia.
Durante a apuração do fatídico acidente, foram determinadas possíveis causas do acidente, sendo elas:
- A funcionária não utilizou a mesa de corte, bem como os equipamentos de segurança;
- O responsável pela vistoria constante da segurança estava em horário de almoço, onde não se apresentava outro funcionário exercendo tal função;
- Foram disponibilizados os matérias e ferramentais apropriados, entretanto a vitima não atentou ao uso e importância;
- Os equipamentos de segurança estavam em perfeito estado de conservação, visto que a funcionária foi admitida a pouco tempo;
- Os trabalhadores recebem treinamentos diariamente, entretanto a vitima era faltosa nas reuniões e treinamentos;
- Os equipamentos estavam com manutenções periódicas em dia, entretanto o maquinário era antigo, sendo realizado cortes manuais, devido a classificação artesanal;
- O ambiente de trabalho oferece risco físico (corte de madeira), químicos (cola), ergonômico (maquinário antigo), acidentes (corte em maquinário antigo e manual);
- A trabalhadora em questão apresentou grande experiencia em currículo, entretanto não estava desempenhando com êxito suas funções;
- Faltou 6 treinamentos sem justificativa;
- Durante sua contratação foi avaliada pelo médico do trabalho, sendo apta para função;
- Estava fazendo hora extras para terminar com mais rapidez a entrega de um cliente, no qual receberia um bônus pela agilidade;
- Era “pressionada” diariamente pelo cliente, através do gerente de controle;
- As normas de segurança não foram compreendidas pelo setor;
- O local havia sinalização de segurança quanto ao uso de aparelhos/maquinários;
- A atividade era supervisionada, entretanto o supervisor estava em horário de almoço;
- Diariamente os trabalhadores questionavam sobre o maquinário antigo, mesmo com as manutenções em dia, o mercado oferece equipamentos com maior proteção, onde o corte não é realizado pelo operador, o mesmo só posiciona a madeira na esteira.
Conclusão
Após a coleta de dados, observa-se que a vítima já se apresentava insatisfeita com o ambiente de trabalho, em um curto período, foi contabilizado 6 (seis) faltas aos treinamentos, porém a empresa não aplicou reciclagem, acreditando simplesmente nas experiências passadas de sua funcionária. O desgaste emocional e a busca por salários melhores, são a labuta diária de todo trabalhador brasileiro, entretanto, a empresa foi omissa, permitindo a funcionária, realizar cargas horarias exaustivas, com o objetivo de conseguir um bônus no final do ano, ceifando sua vida.
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