O Manual Conservação
Por: Juann • 7/11/2018 • Trabalho acadêmico • 735 Palavras (3 Páginas) • 147 Visualizações
Grupo Escolar de Lençóis Atual:
EMEF Esperança de Oliveira Lençóis Paulista – SP
Fabiola Garaveli Perino
Juan Taylor R. de Melo
Lucas Sousa de Carvalho
Resumo: Este artigo tem como base os resultados da segunda pesquisa de Iniciação Científica, realizada em 2017, sobre E.M.E.I Esperança de Oliveira, edifício localizado Rua Anita Garibaldi, nº 959, no centro de Lençóis Paulista – SP. A pesquisa sobre o edifício foi realizada em duas etapas: uma primeira tratou de apurar os dados da restauração do edifício, que levou ao tombamento. A partir deste resultado, iniciou-se a segunda etapa, objeto deste artigo, onde se procurou aprofundar a pesquisa com foco e ênfase na importância do patrimônio, com análise de seus aspectos arquitetônicos, estilístico e histórico, que levaram ao tombamento.
Palavras-chave: Esperança de Oliveira, conservação arquitetônica, tombamento.
Área do Conhecimento: GRANDE AREA: Ciências Sociais Aplicadas Área: Arquitetura e Urbanismo. Área do Conhecimento em Urbanismo.
Introdução: Instalado em 1914, em edifício com capacidade para 360 alunos, que fazia parte de um projeto para 11 escolas (Brotas, Cachoeira Paulista, Descalvado, Igarapava, Lençóis, Matão, Piraju, São Bento de Sapucaí, São João da Bocaina, São Pedro e Tambaú), elaborado por José Van Humbeeck, com 8 salas de aula, à exceção de Descalvado, que teve ao seu projeto 2 salas acrescentadas. As plantas são simétricas, com uso independente para cada seção, isolada por porta tipo vai-e-vem, localizada no corredor central. Sua arquitetura inspirada no ecletismo, estilo este predominante na época e, que consistia em uma mistura de estilos arquitetônicos do passado que juntos, criavam uma nova linguagem arquitetônica.
O edifício, exemplar de uma das tipologias de edificação escolar implantadas durante a Primeira República pelo Governo do Estado de São Paulo, como parte da política pública de amplos investimentos feitos para promover a educação básica da população, ministrada fundamentalmente nos Grupos Escolares, e a formação adequada de professores, nas Escolas Normais. As construções resultaram de projetos e obras realizadas pelo Departamento de Obras Públicas (DOP), estrutura ligada à Secretaria da Agricultura responsável por criar e manter a infraestrutura paulista. Em 1915, segundo o Anuário de Ensino do mesmo ano, funcionava em um período, com oito classes. Foram matriculados 316 alunos, com frequência média de 205, na época, seu diretor era Arnaldo Madeira e Sousa.
Pelo alto valor histórico na evolução educacional do Estado de São Paulo, juntamente com outras 122 escolas públicas da capital e do interior, seu prédio foi tombado pelo Conselho do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico do Estado de São Paulo (CONDEPHAAT), conforme publicação no Diário Oficial do Estado de São Paulo, do dia 7 de agosto de 2002, páginas 1 e 52. Atualmente a escola oferece Ensino Fundamental (de 1ª a 5ª série).
[pic 2]Fonte: Arquitetura escolar paulista – 1890 – 1920, Maria Elizabeth Peirão Corrêa, et al. 1991.
[pic 3]
Fonte: Autores, 2017.
Dados do Tombamento:
Número do Processo: 24929/1986.
Resolução de Tombamento: Resolução SC 60, de 21/07/2010.
Publicação do Diário Oficial: Poder Executivo, 11/11/2010, p. 112 a 114.
Livro do Tombo Histórico: Nº inscr. 377, p. 103 a 110, 05/09/2011.
Código da Secretaria Estadual de Educação: 07.10.102.
Conclusão:
O prédio está em bom estado de conservação, ainda em uso requer manutenção constante. O prédio tombado pela CONDEPHAAT, passou por restaurações, porém como Le-Duc afirma, houve mudanças que descaracterização a obra feita originalmente em 1914. Comprovado isso no piso dos corredores, que eram madeira corrida e hoje substituídos por cerâmica base vermelhas, modelo comum usado nos dias de hoje, que nunca fez parte do projeto original.
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