O Transportation Research

Park, C.; Sohn, S. Y. In Transportation Research Part A 105 (2017) 154–166. An optimization approach for the placement of bicycle-sharing. Ed. Elsevier, 2017.

RESENHA DESCRITIVA

O artigo apresenta um estudo sobre a adoção de um sistema de compartilhamento para bicicletas como alternativa de transporte dentro dos centros urbanos, em percursos curtos, em detrimento do uso do automóvel, como alternativa de transporte.

Após citar alguns dos problemas causados pelos veículos ao meio ambiente, como (1) trânsito; (2) barulho excessivo; (3) emissão de gases poluentes e suas consequências para saúde, os autores aborda o aumento do número de veículos circulando nas ruas com o passar dos anos, apresentando inclusive dados científicos: a cada 15 anos, a partir de 1970, o número de automóveis em circulação nas ruas dobra. Em seguida, ao referenciar que a maior parte dos gases poluentes é emitido por veículos que fazem percursos curtos, o autor apresenta a utilização de bicicletas compartilhadas como uma alternativa de transporte para amenizar os problemas listados por ele.

Para embasar a adoção das bicicletas compartilhadas, os autores citam uma pesquisa (Jensen et al., 2010) que analisou 11 milhões de trajetos de bicicletas no centro de Lyon, na França, demonstrando que as viagens de bicicleta eram na verdade mais rápidas que as de carro. Também é mencionado que o compartilhamento de bicicletas pode ser introduzido como uma alternativa ao transporte público, visto que eles progrediram muito nos últimos anos e se integraram a outros modais de transporte em áreas urbanas. Além disso, andar de bicicleta ajuda a aliviar o congestionamento do tráfego urbano, uma vez que elas demandam menos espaço nas estradas do que os veículos. O autor fecha sua defesa a esse transporte resumindo que as bicicletas são um ótimo meio de transporte para curta distância, ambientalmente amigável, econômico e conveniente (Liu et al., 2012). Seguindo sua fundamentação, há uma menção a cidades que adotaram o modal e que investiram em infraestrutura para abriga-lo, como Paris, Barcelona, Nova York, Washington e Seoul.

Ao apresentar os objetivos do estudo, os autores ponderam que nenhum estudo examinou a eficácia desse sistema e que, portanto, a proposta será uma nova estrutura para localizar estações de compartilhamento de bicicletas com mais eficiência. No estudo foi adotada a escala real e dados populacionais flutuantes registrados em determinado horário para estimar a demanda potencial com mais precisão.

Como metodologia, a pesquisa sugere uma estrutura para localizar estações de compartilhamento de bicicletas dividida em etapas. Na etapa 1, selecionam-se os locais para locação de estações; na etapa 2, são pesquisados locais com demanda em potencial e na etapa 3 é determinado a localização das estações de bicicleta atendendo os estudos de etapas anteriores.

Como conclusões, apresenta-se que os sistemas públicos de bicicletas ajudam os cidadãos a terem uma vida mais saudável e produzem pouco impacto ambiental, o que pode permitir que sua adoção não só reduza as viagens de carro, mas também promova uma vida urbana mais agradável. A pesquisa aponta também que para implementação da bicicleta compartilhada, além de identificar os locais ideais para instalações de estações, as seguintes medidas