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O Urbanismo Lama e de Rio

Por:   •  13/9/2018  •  Resenha  •  1.410 Palavras (6 Páginas)  •  267 Visualizações

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FUNDAÇÃO EDSON QUEIROZ

UNIVERSIDADE DE FORTALEZA – UNIFOR

CENTRO DE CIÊNCIAS TECNOLÓGICAS – CCT

CURSO ARQUITETURA E URBANISMO






Resenha sobre capítulo 2.5 “Os elementos morfológicos do espaço urbano” presente no livro “Morfologia Urbana e Desenho da Cidade”



Maria Eduarda Ferreira Cavalcante






AGOSTO/2018

No capítulo 2.5 “Os elementos morfológicos do espaço urbano”, o autor José Lamas faz uma análise de como ocorre a estruturação e identificação dos elementos morfológicos de um determinado espaço urbano, alegando que esse processo exige um conhecimento prévio das partes da forma e do modo como são estruturadas. Os métodos de análise aplicados a espaços urbanos podem ser os mesmos utilizados na interpretação da arquitetura propriamente dita, já que tal espaço é conformado por agrupamentos de edificações arquitetônicas.

Desse modo, a morfologia de uma edificação é formada por elementos caracterizadores relacionados a materiais, técnicas, estilos e outros aspectos relacionados ao contexto histórico que o edifício deve representar. Fazendo uma retrospectiva histórica, o autor destaca o período que compreendeu épocas clássicas (do Renascimento ao Barroco), em que podem ser observados elementos específicos das construções dessa época: as colunas, o frontão, o entablamento, a cornija e outros. Já no contexto da arquitetura moderna, outros elementos são característicos: o pilar, a viga, a pala de betão e outros. A diferenciação desses dois estilos torna possível a identificação da arquitetura relativa a cada época.

José continua sua lógica defendendo que alguns elementos-chave das edificações como janelas e escadas exercem funções similares, apesar de variarem nas perspectivas estética e funcional. Outros elementos genéricos (cobertas, vãos, portas e outros) apesar de presentes na maioria das edificações independentemente dos estilos adotados, variam de época para época no que tange à sua aparência externa e na maneira que se relacionam com o edifício.

Equiparando a linguagem literária com o linguajar arquitetônico em associação com os elementos morfológicos das edificações, o autor explica que, para uma melhor compreensão do espaço urbano, faz-se necessário que uma escala de leitura em sintonia com os elementos morfológicos constantes na arquitetura seja elaborada.

Contextualizando a identificação de elementos morfológicos no espaço urbano, José afirma que o ponto inicial de análise do espaço urbano é o "chão que se pisa" da topografia do terreno associada com pavimentações, degraus, passeios, faixas asfaltadas e outros. Para ilustrar essa temática, o autor exibe registros fotográficos de autoria própria no contexto da cidade de Lisboa, em que ocorrem conflitos de interesses no solo público.

Nessa perspectiva, Lamas continua sua lógica de análise afirmando que uma hierarquia de valores deve ser elaborada e seguida para a definição dos mínimos elementos morfológicos identificáveis no espaço urbano. O primeiro deles, bastante presente em cidades capitalistas, consiste nos anúncios, vitrines, bancas, quiosques e mobiliários urbanos em geral, que modificam e caracterizam a imagem de uma cidade e são elementos móveis em constante mudança.

A configuração de ruas, praças, becos, avenidas, espaços livres, dentre outros elementos, depende dos edifícios existentes nesses espaços. Dois exemplos de como essa associação se dá são a Rue de Rivoli (Paris, França) e a Praça do Comércio (Lisboa, Portugal): se as edificações desses dois contextos não fossem organizadas da maneira que são e não tivessem os elementos estéticos  e funcionais característicos de cada um, esses dois exemplos seriam completamente diferentes do que realmente são. As varandas, os telhados e as fachadas das edificações (ou seja, os elementos que determinam tipos construtivos) são determinantes essenciais para a correta interpretação do espaço urbano em que estão inseridos.

Vários autores já se aprofundaram na temática das tipologias edificadas de um determinado espaço urbano, como Palladio, Quatremère de Quincy, Durand e outros. A evolução desses estudos trouxe consigo o conceito do quarteirão, que até os dias de hoje é um importante determinante das formas urbanas. Sob essa ótica, o lote é outro determinante da forma da cidade, já que uma edificação não pode ser desassociada ao lote em que foi construída. Além disso, a relação edifício-lote deve seguir várias normas específicas do espaço urbano em que estiverem inseridos (recuo, taxa de permeabilidade, taxa de ocupação, gabarito e outros), que variam de acordo com a localização específica dos mesmos (em Fortaleza, existem diversas zonas que definem parâmetros de urbanização próprios).

José Lamas faz uma análise aprofundada dos diversos elementos morfológicos presentes nos espaços urbanos: praças, monumentos, logradouros, ruas, o mobilários urbanos e fachadas, concluindo que tais elementos estão associados com 3 dimensões de maneira hierarquizada:

  • Dimensão setorial: edifícios com suas fachadas e planos marginais, traçado das ruas, árvores, desenho do solo e mobiliário urbano.
  • Dimensão urbana ou escala de bairro: traçado de ruas, praças, quarteirões, monumentos, jardins e áreas verdes.
  • Dimensão territorial: bairros, infraestruturas viárias, zonas verdes e estruturas físicas da paisagem (riachos, rios, mar e etc).

O autor conclui seu raciocínio alegando que a leitura e compreensão do espaço urbano como um todo é feita seguindo um percurso e sequências, levando-se em consideração diferentes aspectos de forma simultânea. O resultado da lógica de pensamento de José é que a junção das análises das diferentes dimensões de uma cidade forma um sistema, ou seja, uma metodologia de compreensão que deve ser seguida por aqueles que desejam, de fato, identificar os elementos morfológicos de um espaço.

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FUNDAÇÃO EDSON QUEIROZ

UNIVERSIDADE DE FORTALEZA – UNIFOR

CENTRO DE CIÊNCIAS TECNOLÓGICAS – CCT

CURSO ARQUITETURA E URBANISMO






Resenha sobre capítulo 5 “Uma proposta metodológica” presente no livro “Introdução ao Desenho Urbano no Processo de Planejamento”




Maria Eduarda Ferreira Cavalcante





AGOSTO/2018

O conteúdo presente no livro “Introdução ao Desenho Urbano no Processo de Planejamento” é a síntese da abordagem das origens e características presentes no desenho urbano, fazendo alusão crítica de teorias iniciadas nos anos 60 e na atualidade. a temática principal é relativa ao planejamento das cidades que é definida como um processo do desenho urbano que conta com diversos instrumentos para ser implementado como setorização, nós, limites e outros.

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