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OS RESTAURADORES E O PENSAMENTO DE CAMILLO BOITO SOBRE A RESTAURAÇÃO

Por:   •  9/4/2017  •  Resenha  •  668 Palavras (3 Páginas)  •  2.040 Visualizações

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OS RESTAURADORES E O PENSAMENTO DE CAMILLO BOITO SOBRE A RESTAURAÇÃO

Beatriz Mugayar Kuhl

- Boito (1836-1914) é destaque cultural do século XIX

- Posição moderada e intermediária entre Viollet-le-Duc e Ruskin

- Formou-se quando a Itália buscava a unificação, num ambiente veneziano que estudava a Idade Média, na qual a arquitetura era vista como revestida de caráter nacionalista

- Ele mesmo escreveu sobre a arquitetura medieval italiana

- Boito desaprovava a falta de linguagem artística de sua época (não gostava da apropriação de estilos do passado)

- Primeira restauração: 1858, Basílica dos Santos Maria e Donato (Murano, 999). Usou muitos desenhos e fotografias. Preservou o mais antigo e retirou elementos acrescentados com o tempo. Construiu novos elementos buscando unidade de estilo (ao modo le-Duc)

- No começo do século XIX havia também a restauração voltada para a arqueologia. Ex.: coliseu e a construção do exporão oblíquo de tijolos

- As experiências díspares de restauração foram analisadas e reformuladas por Boito, consolidando uma via (restauro filológico) que dava ênfase ao valor documental da obra

- Sobre a restauração, ele não teve um trajeto linear e até mesmo se contradizia

- ANTES de Os Restauradores, propôs critérios de intervenção que foram adotados pelo Ministério da Educação. Sete princípios fundamentais:

ênfase no valor documental dos monumentos

evitar acréscimos e renovações (se necessários, seriam diferentes do original mas sem destoar do conjunto)

os preenchimentos de partes deterioradas deveriam ser de materiais diferentes do original ou ter incisa a data de sua restauração ou, ainda, ter formas simplificadas

as obras deviriam limitar-se ao estritamente necessário

respeitar as várias fases do monumento (só não, se fosse inferior à do edifício

registrar as obras (fotos)

colocar lápide para apontar a data de restauro

- Em relação à escultura, Boito achava qualquer intervenção extremamente perigosa (não aprovava os acréscimos e completamentos). Busca métodos de proteger esculturas de intempéries para que possam sair dos museus e voltarem ao seu local de origem

- Pintura: a mínima intervenção

- Acha Ruskin impiedoso por deixar o edifício cair e sobre le-Duc, aponta os perigos de querer alcançar um estado completo da obra que pode nunca ter existido, fazendo que o restaurador se coloque no papel do arquiteto inicial.

- Para ele a restauração é encarada como um mal necessário

- Classifica a restauração arquitetônica em 3 diferentes tipos, de acordo com a necessidade de cada edifício: arqueológica (monumentos da antiguidade), pictórica (edifícios medievais, importante conservar sua aparência pitoresca) e arquitetônica (edifícios do Renascimento em diante).

Oito princípios para evidenciar que as intervenções não são antigas:

diferença de estilo

diferença de material construtivo

supressão de linhas ou de ornatos

exposição das velhas partes removidas

incisão da

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