Os Materiais Sustentáveis Aplicados na Construção Civil
Por: bonilhaac • 9/4/2022 • Projeto de pesquisa • 2.522 Palavras (11 Páginas) • 94 Visualizações
Materiais sustentáveis aplicados na construção civil
A profissão da construção civil está entre as maiores atividades geradora de resíduos e entulhos no meio ambiente, por isso é necessário à conscientização e a mudança das práticas e técnicas prezando uma construção mais sustentável. Essa busca da melhor maneira de edificar já vem acontecendo no mercado, com alternativas ecológicas e eficientes, melhorando a qualidade do nosso meio e de vida das gerações atuais e futura.
Lâmpadas de LED
Há várias vantagens de se usar lâmpadas LED (Light Emitting Diode ou Diodo Emissor de Luz) em projetos, possuem boa durabilidade, que pode variar entre vinte e cinco e cinquenta mil horas, se ligada oito horas por dia, pode durar por até dezessete anos, sendo um bom investimento em longo prazo. Conseguem transformar mais energia elétrica em luz, dissipam menos calor, resultando na diminuição do consumo de energia do ar condicionado e são mais econômicas, reduzindo consideravelmente a conta de energia.
As lâmpadas LED não emitem raios infravermelhos e ultravioletas, causando menos danos à saúde dos olhos e também não contém elementos poluentes e contaminantes, diferente das lâmpadas fluorescentes, composta de mercúrio, uma substância altamente nociva para o meio ambiente.
Na questão estética possui três opções de tonalidades, a temperatura de cor branca, ideal para áreas de serviço, banheiros e cozinhas, as lâmpadas neutras, mais usadas em locais de trabalho e as amarelas, preferidas em áreas de descanso como salas e quartos, por deixarem o ambiente mais aconchegante e acolhedor.
Podem ser instaladas em lugares de difícil acesso como pontes e estruturas altas já que sua manutenção não necessita de trocas constantes, também em locais que apresentam bastante umidade, como saunas, por exemplo, pois não possui um risco de contato direto com a rede elétrica e em museus e áreas de vegetação porque não danificam as peças em exposição e nenhum tipo de planta.
Placas Solares
A luz solar é uma ótima alternativa sustentável para gerar eletricidade, por meio das placas fotovoltaicas, já que não emitem nenhum tipo de poluentes na natureza, os impactos ambientais são mínimos, é de fácil instalação e manutenção, tem boa vida útil, que pode durar por até vinte e cinco anos e as placas podem valorizar o imóvel em até 10% na hora da venda.
Pode ser usada tanto para a produção de energia elétrica quanto para a função de aquecimento, onde sistemas coletores captam o calor e o estoca em um reservatório, aquecendo a água de forma limpa, diferente de outros recursos como gás e carvão.
No Brasil esse sistema chegou através do programa social Luz Para Todos, criado e financiado pelo Governo Federal em 11 de novembro de 2003, com o objetivo de levar energia elétrica para a parcela da população que não tinha acesso a esse serviço público. Após uma pesquisa feita com dados do Censo do ano 2000, foi notificado que havia mais de dois milhões de moradias sem acesso à eletricidade, mais acentuado nas áreas rurais, então o governo desenvolveu esse programa de eletrificação para aumentar o processo de atendimento das áreas de menor densidade populacional, promovendo a inclusão social através do fornecimento do serviço de distribuição de energia.
Os painéis solares no telhado captam a luz do sol e a transformam em energia solar fotovoltaica, essa energia passa pelo inversor, responsável por preparar esta energia para ser consumida, passando pelo quadro de força distribuindo para dentro de casa. De dia o gerador solar produz bastante energia, mais do que a casa consome, então esse excesso de energia é enviado para a rede pública, gerando crédito de energia através da medição do relógio de luz, esses créditos são usados no período noturno ou quando não estiver fazendo sol, sem acrescer valor em cima deles. Dessa forma, mantendo o equilíbrio entre a produção de energia solar e o consumo diário.
Tinta ecológica
Após uma demão da tinta comum nas paredes é comum o cheiro forte, sensação de mal estar, dor de cabeça. Isso acontece porque essas tintas a base de solvente possuem COVs, compostos orgânicos voláteis, materiais tóxicos que afetam a qualidade do ar onde foram aplicados, podendo trazer problemas de saúde para pessoas alérgicas ou crianças.
Diferentemente dessas, a tinta ecológica é feita a base de água, produzida a base de minerais, vegetais, como jenipapo e urucum, comuns no Brasil, e insumos animais, encontrados em lojas na forma de pó. Também são usados óleos naturais, fáceis de serem extraídos e refinados, são à base de soja, que deixa as cores mais vivas, canola e linhaça.
Por mais que sejam 15% mais caras que as tintas comuns, as ecológicas compensam e nos dão um bom retorno na questão da qualidade do ar, pois não emitem poluentes, não impermeabilizam a parede, de modo que se mantenha um controle de umidade não gerando fungos e mofo. Elas procedem de resinas acrílicas de boa qualidade e que não possuem odor, tem boa fixação nas superfícies e várias opções de cores para ser aplicada nos ambientes.
É necessária uma atenção para comprovar que a tinta é realmente ecológica, conferindo se sua formulação é livre dos compostos orgânicos voláteis, de componentes sintéticos e de pigmentos à base de metais pesados. Além de avaliar o produto do berço ao túmulo, pois todos os processos devem ser sustentáveis.
Bioconcreto
Deu-se a necessidade de criar um concreto mais resistente após o convencional não atingir um bom desenvolvimento em edificações maiores, resultando em fissuras, rachaduras e trincas. No Brasil onde há variação de temperatura, é necessário suportas as mudanças e as intempéries sem alterar o desempenho, devido a isso foi desenvolvido por um grupo de cientistas da Universidade Técnica de Delft, na Holanda, esse novo material a fim de estender a vida útil das edificações, o bioconcreto, uma mistura da bactéria bacillus pseudofirmus, concreto comum e lactato de cálcio, alimento das bactérias.
A Bacillus pseudofirmus fica inativa após o concreto se solidificar e pode permanecer assim por até 200 anos, mas quando se abre uma fissura no concreto e há presença de umidade e oxigênio, os micro-organismos presentes no bioconcreto são ativados e começam a se alimentar do lactato de cálcio e do oxigênio, no processo de digestão desses materiais é produzido o calcário, que acaba selando as fissuras existentes no concreto.
A vantagem do bioconcreto é a capacidade de regenerar fissuras de até quilômetros de comprimento, desde que a largura dessas rachaduras não ultrapasse 0,8 mm, sendo sua limitação para a eficácia. Uma rachadura de oito milímetros em concreto comum pode causar sérios problemas à edificação, chegando a corroer estruturas metálicas após a entrada de umidade.
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