Os Novos princípios do urbanismo
Por: paolaotsuka • 14/6/2018 • Trabalho acadêmico • 2.019 Palavras (9 Páginas) • 484 Visualizações
Livro : Os novos princípios do urbanismo.
Capitulo 1- É definido “cidade”onde se traça o modo de ver a urbanização e a modernização, abordando qual a correlação existente entre a cidade e a sociedade, com sua divisão técnica, social e espacial da produção.Resultando o desenvolvimento dos transportes e a necessária estocagem dos produtos e bens para populações urbanas em constante crescimento, que ocasionam a expansão das cidades. O autor levanta os diversos momentos históricos do desenvolvimento urbano, desde a “escrita até a internet”. Atribuindo também, possibilidades de expansão urbana (vertical e horizontal) às múltiplas facetas da modernização tecnológica, possível graças a invenção e adoção das invenções e inovações ao redor do mundo.
As primeiras fases da modernização encontram-se inseridas num tópico denominado “As transformações de longa duração da sociedade moderna”, que deve aos termos associados: moderno, transformação, racionalização, mudança e, logicamente, modernização, partindo da Idade Média, na Europa, até nossos dias. As duas primeiras revoluções urbanas modernas, da ênfase à importância da revolução industrial, seguida da expulsão do homem do campo e da expansão do capital industrial. E enquanto isso, o zoneamento é adotado, a partir do que “Le Corbusier e a Carta de Atenas levaram ao extremo”, segundo o autor.
Capitulo 2 – Houve mudanças com as “revoluções urbanas”, sobretudo a “revolução industrial”, como por exemplo, a ampliação da periferia, onde se situaram os complexos industriais e as respectivas vilas operárias. Ampliou-se a malha dos transportes coletivos, sendo a periferia atrativa para um diversificado comércio e shoppings. A terceira modernidade acelera a modernização, trazendo o que especialistas denominaram de “modernidade radical”, “avançada” ou “sobremodernidade”. A modernidade radical tem em seu bojo uma sociedade mais racional, individualista e mais diferenciada. Nesse período, buscam-se procedimentos científicos, maior uso da técnica e da ciência utilizadas para a tomada de decisões, enfim a adoção de novos paradigmas no trato das questões urbanas e mesmo de gestão das cidades. Entra em cena a informática e o uso do computador. Usam-se instrumentos da ação reflexiva com a “teoria dos jogos” e a “teoria da complexidade”, fazendo “evoluir nossos modos de representação e de organização. A ampliação das possibilidades de escolha para a localização residencial e de atividades, trazidas por novos meios de comunicação e de transporte é uma característica da evolução científico-técnica da atualidade. A recomposição familiar e toda a sorte de mudanças, inclusive a da diferenciação e diversificação das “histórias de vida” e “os sistemas de valores”, a “mobilidade social”, a “emergência da sociedade hipertexto” que retoma a temática do urbanismo moderno.
Capitulo 3- O novo urbanismo traz em seu bojo tudo o que está à nossa volta em termos do que fazem os cidadãos; como as cidades assumem novos formatos, com as exigências das novas tecnologias, da importância das comunicações, dos deslocamentos por meio de transportes que se diversificam e de horários por parte dos trabalhadores residentes em diferentes pontos da cidade. Logicamente a vida urbana assume atitudes em relação natureza e ao patrimônio urbano.
Há cinco “grandes mudanças”, sendo a primeira delas uma visão nova do que, em geografia urbana, denominamos “megalópolização” ou “metapolização”,”. As metápoles ensejam grandes deslocamentos de pessoas, bens, capitais e informações, o que leva à segunda transformação, no âmbito dos deslocamentos – a mobilidade intraurbana. As metápoles exigem novas tecnologias de transporte, de comunicação e difusão das informações – as TICs. Mesmo com o uso de novas tecnologias, a metápole é avassalada por congestionamento no trânsito e se obrigada a implantar flexibilização de horários de trabalho e a desmontagem das rotinas, com aumento de incertezas.
A terceira e quarta mudanças se referem,aos “novos tipos de serviços públicos” e à “redefinição das relações entre interesses individuais, coletivos e gerais”. Os novos serviços públicos são uma exigência da crise na concepção e funcionamento dos equipamentos e dos serviços públicos nos últimos tempos e que devem ser reequacionados. Para isso, é necessária a “refundação da arquitetura institucional territorial e uma renovação das modalidades de funcionamento da democracia” e uma nova “definição dos interesses coletivos e de construção pública de decisões”. Isso se volta, portanto, à “emergência de problemas ligados ao desenvolvimento de novas formas de segregação social” – os ghetos, grupos de excluídos, os rejeitados pelas mudanças sociotécnicas.
A quinta mudança é inferida do que o autor denominou de “desafio da renovação dos conceitos e das modalidades do político e da política” no que se refere às decisões a respeito do urbano, de um lado; de outro lado, “as cidades de todos os riscos”, pois, ao mesmo tempo em que a cidade oferece solidariedade, apresenta perigos, onde nem sempre a segurança pública protege moral e fisicamente os cidadãos, onde o ar é poluído, etc. A “sociedade moderna tem como característica típica o esforço para controlar o futuro [...] para prever possíveis soluções” para os problemas emergentes. Aos riscos e incertezas quanto ao futuro, apresenta “a ambição crescente de realização de projetos, de implantação de estratégias, de controle do futuro. Por isso, os atores sociais e econômicos estão cada vez mais à procura de tudo que possa garantir, assegurar, produzir confiança”. Para esse fim, apresenta o “princípio da precaução”, necessário quando há incertezas e quando não se tem domínio sobre os impactos das decisões dos atores.
Capitulo 4- O principio de número dez: “Adaptar a democracia à terceira revolução urbana: Do governo das cidades à governança metapolitana”. O que temos de mais próximo desse princípio seria o “orçamento participativo”, que é elaborado com a consulta e associação dos cidadãos (“habitantes, usuários, vizinhos, atores, especialistas os mais variados”) visando ampliar a participação na tomada de decisões. O urbanismo moderno necessita de formas de governo “firmes, decididas e que dispusessem de poderes fortes para ser capazes não só de impor regras e de fazê-las cumprir, mas também de também de estimular as transformações de maneira espontânea”. Esse princípio poderia levar à ideia de que um governo com esse perfil poderia não ser democrático, o que seria uma contradição
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