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PARQUE AMBIENTAL JORGE LACERDA (TRACTEBEL): LEVANTAMENTO E CARACTERIZAÇÃO DESTE ESPAÇO A PARTIR DA VISÃO DE SEUS USUÁRIOS

Por:   •  25/2/2016  •  Artigo  •  2.807 Palavras (12 Páginas)  •  529 Visualizações

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Universidade do Sul de Santa Catarina

Curso de Arquitetura e Urbanismo

PARQUE AMBIENTAL JORGE LACERDA (TRACTEBEL): LEVANTAMENTO E CARACTERIZAÇÃO DESTE ESPAÇO A PARTIR DA VISÃO DE SEUS USUÁRIOS.

Arilton Masiero Netto

Valeria Rech Assunção

RESUMO

Os parques urbanos são áreas livres destinadas ao lazer, a recreação e a conservação de áreas naturais, que proporcionam qualidade de vida para a população. Estas atividades trazem diferentes benefícios psicológicos, sociais e físicos a saúde dos indivíduos, como, por exemplo, a redução do sedentarismo, amenizando assim o estresse do cotidiano urbano. Estas áreas funcionam como refúgios para a população, que não tem muitas opções de relação com a natureza e lazer num ambiente urbano predominado por áreas construídas. O objetivo deste artigo é identificar as principais características do Parque Ambiental Jorge Lacerda (TRACTEBEL) e como a população reconhece este espaço na cidade, mostrando a sua importância para o ambiente urbano.

Palavras-Chave: parque urbano, áreas verdes, lazer.

  1. INTRODUÇÃO

Os Parques Urbanos surgiram, a partir do século XIX, e são um produto do aparecimento da era industrial afirma Macedo et al. (1949, P.7). Em meio à cidade surgiu a necessidade de criar áreas verdes para atender a uma nova demanda social: inicialmente, o lazer, o tempo do ócio e por último contrapor-se ‘a correria’ do dia-a-dia. E foi nesse contexto que os Parques Urbanos influenciaram a educação ambiental, a preservação do meio ambiente e proporcionou a melhoria da qualidade de vida da população.

Consideramos como parque todo espaço de uso público destinado à recreação de massa, qualquer que seja o seu tipo, capaz de incorporar intenções de conservação e cuja estrutura morfológica é alto-suficiente, isto é, não é diretamente influenciada em sua configuração por nenhuma estrutura construída em seu entorno (MACEDO; SAKATA, 1949, P. 14).

Com intuito de valorização do patrimônio ambiental natural foi criado no Brasil, o Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza, o SNUC (Lei 9.985/2000). Um exemplo destas formas de proteção integral se dá pela implantação de Parques dentro do limite Nacional (CARDOSO MARRA, 2011).

Assim como a evolução das grandes cidades, os parques urbanos também acompanharam essas mudanças urbanísticas, cultivando assim as mudanças sociais e culturais das diferentes populações. Na atualidade, a demanda de espaços verdes de recreação e lazer é crescente, e são os Parques Urbanos que adotam esse papel.

O contínuo crescimento das cidades faz com que a demanda por espaços livres aumente e estes assumam vital importância nos meios urbanos. Essa importância aumenta, quando se tratam dos centros urbanos, onde a ocupação do solo é caracterizada por maciços edificados de grande altura alojando um grande contingente de usuários (BENEDET, 2008, P. 13/14). 

Os Parques Urbanos, principalmente no Brasil nos expressam a evolução urbana com o passar dos séculos e a importância do preservacionismo do meio ambiente, perante a atual sociedade que de alguma forma é carente de espaços amplos e ar puro, possibilitando-nos as variadas formas de divertir-se e apropriar-se dessas áreas verdes.

“Os parques do passado e os do presente são unidos por uma característica comum: sua importância como símbolo de nossa capacidade de criar, implantar e manter figuras urbanas tão valiosas” (MACEDO; SAKATA, 1949).

No presente estudo procuramos estudar, averiguar e compreender qual o uso e apropriação do Parque Ambiental Jorge Lacerda e também, pesquisar sobre a caracterização do mesmo dentro da comunidade inserida, bem como atendendo ou não a acessibilidade e uso dos diferentes públicos no espaço estudado.

O principal objetivo deste artigo é verificar e caracterizar o Parque Ambiental Jorge Lacerda, que se situa no município de Capivari de Baixo, como área de uso de lazer e recreação para a comunidade e também para levantar dados de adequação de aparelhos e acessibilidade para os diferentes usuários do mesmo.

Para o desenvolvimento do presente estudo foram feitas pesquisas de campo no Parque Ambiental Jorge Lacerda, e levantamento bibliográfico sobre estudos realizados em unidades de conservação, áreas verdes e parques urbanos. No decorrer da pesquisa de campo o Parque foi filmado/fotografado para a realização da análise da paisagem e observação empírica. Foram aplicados trinta questionários de forma aleatória entre visitantes e moradores do entorno.

  1. ÁREAS VERDES

De acordo com Cavalheiro et al. (1999), não é recente a discussão em busca de uma padronização de conceito e utilização de uma metodologia, abordada por diversos pesquisadores, em relação às áreas verdes urbanas. “Verifica-se que os conceitos de áreas verdes, espaços livres, cobertura vegetal, entre outros são empregados indistintamente como sinônimos como se desempenhasse uma mesma função” (CAVALHEIRO & DEL PICCHIA, 1992).

A vegetação sob todas as suas formas (arborização, áreas verdes, gramados, florestas urbanas) constitui um elemento do ecossistema urbano e natural. Por muito tempo os espaços verdes foram relegados ao segundo plano em função do crescimento e desenvolvimento das cidades. Pois a vegetação era associada ao perigo e á rusticidade e frequentemente relacionada á falta de civilização (HENKE-OLIVEIRA, 1996).

Segundo Pereira Lima (1994), o conceito de área verde se dá na predominância de vegetação arbórea, englobando as praças, os jardins públicos e os parques urbanos. Os canteiros centrais de avenidas e os trevos e rotatórias de vias públicas que exercem apenas funções estéticas e ecológicas, devem, também, conceituar-se como área verde.

Para Nucci, (2003) as áreas verdes são um tipo especial de espaços livres onde o elemento fundamental de composição é a vegetação. Três objetivos principais elas devem satisfazer: ecológico-ambiental, estético e de lazer.

[...] as áreas verdes não são necessariamente voltadas para a recreação e o lazer, objetivos básicos dos espaços livres, porém devem ser dotadas de infraestrutura e equipamentos para oferecer opções de lazer e recreação às diferentes faixas etárias, a pequenas distâncias da moradia (que possam ser percorridas a pé) (MAZZEI et al., 2007, p. 39).

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