Porque o patrimônio Material e Imaterial, são dimensões de uma mesma ideia?

Porque o patrimônio Material e Imaterial, são dimensões de uma mesma ideia?

A ideia de patrimônio surgiu na intenção de preservar o material histórico de uma civilização. Na atribuição de valor histórico, artístico ou memorial. Surgiu para apoiar os estudos dos edifícios e obras de artes renascentistas, e durante muito tempo serviu apenas a arte e arquitetura.

Após a segunda guerra, no Ocidente, foi permitido reconhecer como monumentos histórico, toda as formas de artes e de construção presentes em cidades, vilas, conjuntos de edifícios, situadas no meio urbano ou rural. Assim foi permitido identificar e valorizar como patrimônio os pequenos povos e até criações populares. A valorização do modo de vida obras materiais e imateriais que expressão a criação de um povo.

Já no oriente, as praticas de preservação eram inexistentes, o que se enfatizava era a transmissão dos saberes que estavam vinculadas ao patrimônio do que a conservação do objeto. O que importa é a preservação do saber fazer ou da habilidade de reproduzir tradições que se manifestam em objetos. A atual noção de patrimônio material e imaterial é iminentemente do oriente, portanto a pratica e costume, em países asiáticos ou de terceiro mundo, cujo monumentos históricos são criações populares anônimas, cujo importância reside no fato de serem expressões de conhecimento. Assim a pratica fundada na conservação de objetos, não da conta de todas as situações sociais em que é possível reconhecer um valor social e preserva-lo. O patrimônio imaterial se transmite através de geração a geração, é recriado constantemente pelas comunidades em função do seu entorno. A preservação nesse caso deve ser entendida como identificação, documentação, reconhecimento e apoio.

Portanto à uma interação entro e os bens materiais e imateriais, pois os bens matérias de natureza material tem uma face imaterial que se vincula aos valores coletivos a ele atribuídos, e ainda aos que se resultam ao seu uso e apropriação social. Assim como os bens culturais de natureza imaterial, tem uma face material na medida que se manifestam em coisas, objetos e atos realizados por corpos concretos. Assim os bens materiais e imateriais se completam entre si, e um não faz sentindo sem a outra e não pode ser completamente entendido sem a outra.

Temos como bens matérias e imateriais conhecimentos enraizados no cotidiano das comunidades; manifestações literárias, musicais, plásticas, cênicas e lúdicas; rituais e festas que marcam a vivência coletiva da religiosidade, do entretenimento e de outras práticas da vida social; além de mercados, feiras, santuários, praças e demais espaços onde se concentram e se reproduzem práticas culturais. Este representa os elementos intangíveis de uma cultura.

O patrimônio material é formado por um conjunto de bens culturais classificados segundo sua natureza: arqueológico, paisagístico e etnográfico; histórico; belas artes; e das artes aplicadas. Eles estão divididos em bens imóveis – núcleos urbanos, sítios arqueológicos e paisagísticos e bens individuais – e móveis – coleções arqueológicas, acervos museológicos, documentais, bibliográficos, arquivísticos, videográficos, fotográficos e cinematográficos. Esses dois juntos constituem a cultura de determinado grupo. Esses