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Portilofio Cultura Material e Imaterial

Por:   •  12/7/2016  •  Trabalho acadêmico  •  1.419 Palavras (6 Páginas)  •  570 Visualizações

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Cultura Material e Imaterial, o patrimônio

Espedito Saraiva Monteiro, RU 1398927

Joseandre da Silva Almino, RU 1389995

Iniciando o texto com uma pergunta bem simples, mas que muitas vezes não passa pela cabeça das pessoas: qual é a diferença entre cultura material e imaterial? Ao primeiro instante parece simples responder, porém classificar os itens pode ser um tanto difícil para várias pessoas.

Definindo primeiramente o conceito de Patrimônio, podemos falar que ele não existe isoladamente. Só existe em relação a alguma coisa. Podemos dizer que Patrimônio é o conjunto de bens materiais e/ou imateriais que contam a história de um povo e sua relação com o meio ambiente. É o legado que herdamos do passado e que transmitimos a gerações futuras. O Patrimônio pode ser classificado em Histórico, Cultural e Ambiental. Em outras palavras, Patrimônio Cultural pode ser definido como um bem (ou bens) de natureza material e imaterial considerado importante para a identidade da sociedade brasileira.

            Os bens culturais imateriais estão relacionados aos saberes, às habilidades, às crenças, às práticas, ao modo de ser das pessoas. Desta forma podem ser considerados bens imateriais: conhecimentos enraizados no cotidiano das comunidades; manifestações literárias, musicais, plásticas, cênicas e lúdicas; rituais e festas que marcam a vivência coletiva da religiosidade, do entretenimento e de outras práticas da vida social; além de mercados, feiras, santuários, praças e demais espaços onde se concentram e se reproduzem práticas culturais.

            O patrimônio material é formado por um conjunto de bens culturais classificados segundo sua natureza: arqueológico, paisagístico e etnográfico; histórico; belas artes; e das artes aplicadas. Eles estão divididos em bens imóveis – núcleos urbanos, sítios arqueológicos e paisagísticos e bens individuais – e móveis– coleções arqueológicas, acervos museológicos, documentais, bibliográficos, arquivísticos, videográficos, fotográficos e cinematográficos.

            Patrimônio Imaterial é transmitido de geração em geração e constantemente recriado pelas comunidades e grupos em função de seu ambiente, interação com a natureza e sua história, gerando um sentimento de identidade e continuidade, contribuindo, assim, para promover o respeito à diversidade cultural e à criatividade humana.

            Tombar alguma coisa de acordo com normas legais equivale a registrar, com o objetivo de proteger, controlar, guardar. Tombamento, também chamado tombo, provavelmente originado do latim tomex, significa inventário, arrolamento, registro. O tombamento de bens culturais, visando a sua preservação e restauração, é de interesse do estado e da sociedade.

        Podemos destacar exemplos de cultura material e cultura imaterial presente no estado do Mato Grosso do Sul e na cidade Dourados. No estado, de cultura imaterial é a conquista da divisão do estado, que ocorreu no dia 11 de outubro de 1977, com o presidente Ernesto Geisel assinando a Lei Complementar nº 31 dividindo Mato Grosso e criando o estado de Mato Grosso do Sul. Sobre cultura material, podemos destacar as obras literárias de Manoel de Barros, que apesar de ter nascido em Cuiabá - MT, viveu muito tempo em Campo Grande - MS e publicou suas obras.

        Em Dourados – MS, como cultura imaterial citamos a tradicional Festa Junina, que ocorre todos os anos, no período de junho, para comemorar, com comidas e danças típicas, envolvendo escolas e empresas da cidade. Como Cultura Material temos a conquista das universidades, como a UFGD (Universidade Federal da Grande Dourados), que foi criada em 2005, e colocada na Lei Nº 11.153, de 29 de Julho de 2005.

Depois disso, agora entraremos em outro questionamento: qual é a importância de a escola trazer em sua proposta de trabalho, as culturas materiais e imateriais global, nacional e local?

A importância é levar para os alunos a história local, o conhecimento da mesma e como preservá-la. O trabalho com as culturas materiais e imateriais na escola é relevante para destacar a necessidade de entender e fortalecer a relação das pessoas com suas heranças culturais, estabelecendo um melhor relacionamento destas com estes bens, percebendo sua responsabilidade pela valorização e preservação do Patrimônio, fortalecendo a vivência real com a cidadania, num processo de inclusão social.

Temos algumas conquistas sobre cultura imaterial na educação na nossa lei: a Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no currículo oficial da Rede de Ensino a obrigatoriedade da temática "História e Cultura AfroBrasileira", e dá outras providências, nos art. 26-A, 79 A e 79-B: "Art. 26-A., colocando que os estabelecimentos de ensino fundamental e médio, oficiais e particulares, tornaram obrigatório o ensino sobre História e Cultura Afro-Brasileira. No parágrafo de número 1 diz que o conteúdo programático a esse assunto incluirá o estudo da História da África e dos Africanos, a luta dos negros no Brasil, a cultura negra brasileira e o negro na formação da sociedade nacional, resgatando a contribuição do povo negro nas áreas social, econômica e política pertinentes à História do Brasil. No parágrafo de número 2, os conteúdos referentes à História e Cultura Afro-Brasileira serão ministrados no âmbito de todo o currículo escolar, em especial nas áreas de Educação Artística e de Literatura e História Brasileiras. Nos artigo art. 79-B, consta que o calendário escolar incluirá o dia 20 de novembro como ‘Dia Nacional da Consciência Negra’." A lei entrou em 9 de janeiro de 2003.

Diante disso, costuma se notar que as escolas sempre trabalham com cultura material e imaterial no calendário letivo, fazendo propostas de atividades com vários temas, como: o dia do índio, o dia 20 de novembro (sobre a consciência negra), o aniversário da cidade, datas comemorativas, enfim, a escola costuma colocar no decorrer do ano, comemorações nesse sentido.

Como futuros educadores, acreditamos que um exemplo de uma proposta de atividade para trabalhar as duas culturas, a material e a imaterial com os alunos, é levar para a sala de aula uma obra de autor local. No caso, como moradores da cidade de Dourados – MS, possuímos o poeta e autor Emanuel Marinho. Emanuel nasceu em Dourados/MS, é poeta, ator e educador, e é considerado uma das maiores referencias da cultura de Mato Grosso do Sul. Com formação acadêmica em psicologia e pós graduado em artes cênicas pela UFRJ. Compõe poemas, edita-os em livros e os interpreta no teatro e na música. Publicou os livros: "Ópera 3" ,1980, "Cantos de Terra",1982, "Jardim das Violetras", 1983, "Margem de Papel",1994, "Satilírico",1995, "Caixa de Poemas",1997 e "Caixa das Delícias".

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