A Linguagem clássica da Arquitetura
Por: Maísa Xavier • 24/4/2018 • Resenha • 542 Palavras (3 Páginas) • 296 Visualizações
Maísa Flora Xavier Santos – 11711ARQ020
Marcela Pereira Lopes – 11711ARQ043
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SUMMERSON, John. A linguagem clássica da Arquitetura. Martins Fontes, p.108-123
Capítulo 6 – Do Clássico ao Moderno.
O desenvolvimento do Movimento Moderno durante a primeira metade do século XX mudou o aspecto arquitetônico do mundo completamente. Suas características e efeitos inovadores difundiram-se por todos os países, principalmente após a Segunda Guerra Mundial, cuja consequência dos conflitos gerou uma busca incessante pela industrialização e modernização.
Ao ser introduzida no meio arquitetônico, os avanços da tecnologia tomaram o lugar das antigas preocupações formais e conceituais dos projetos. Os ornamentos e as ordens foram substituídos por traços geométricos, pilares em concreto, janelas recortadas e pelo foco na larga escala de produção e construção.
O autor do texto questiona onde estaria a linguagem da arquitetura após todas as mudanças provocadas pelo Movimento Moderno e convida os leitores a acharem a resposta nas origens históricas do Movimento: “através do estudo do pensamento e da atuação das personalidades que determinaram seu curso” (Pg. 108).
A filosofia arquitetônica de Laugier que descrevia toda a beleza projetual através da choupana rústica, uma estrutura formada por quatro troncos, sem paredes, e neles, apoiavam-se galhos que serviam de vergas e cailhos, expressava uma redução, racionalização e simplificação dos tempos clássicos, sem elementos decorativos e plásticos.
O autor relata que, apesar de Ledoux ser um arquiteto amante das edificações geométricas simples, com disposições complexas e harmônicas, pórticos de ordem grega aparecem nas extremidades de uma edificação moderna projetada por ele, e controlam partes importantes e imponentes do edifício. Frampton permanece citando projetos desse momento histórico, produzidos por outros arquitetos, que levam consigo elementos de ordens. O Pavilhão de Turbinas, por exemplo, projetado pelo arquiteto Peter Behrens, assim como, projetos industriais desenhados por Gropius, utilizaram o aço como material inovador para a estrutura, e são considerados essenciais para a identificação da arquitetura moderna. No entanto, a releitura dos elementos e das disposições gerais clássicas, seguem presentes no desenho dos arquitetos.
Le Corbusier em seguida, inverteu completamente o raciocínio utilizado na época, dando vez aos traços regulares, onde, o desenho se tornava harmonioso, a partir do momento em que seus elementos se encontravam em uma conformidade proporcional. Esse tipo de conceito e controle, pertence ao modelo renascentista clássico de criação, e que para o arquiteto poderia solucionar muito dos problemas de padronização da arquitetura industrial.
O texto comenta sobre o francês Parret, que ao projetar O Pavilhão de Turbinas da AEG, em Berlim, possui um esquema de ordens principais e subsidiárias, em que “as ordens propriamente ditas, não estejam presentes, mas apenas implícitas no conjunto” (Pg. 122), e assim o arquiteto reutiliza os frontões, colunatas e rusticação parafraseados.
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