Recomendações e Diretrizes construtivas para adequação do projeto arquitetônico e urbanístico na cidade de Brasília-DF
Por: Sr Giovani • 15/5/2018 • Trabalho acadêmico • 1.052 Palavras (5 Páginas) • 442 Visualizações
Brasília-DF
(Clima Tropical de Altitude)
(Zona Bioclimática 4)
A cidade de Brasília, situada no Planalto Central do Brasil, é caracterizada pelo clima Tropical de Altitude, onde são identificadas duas estações nitidamente distintas: quente e úmida (outubro a abril) e frio e seco (maio a setembro). Foi realizada a caracterização do clima da cidade, com base em dados de um período de dez anos (2007-2016), com a análise bioclimática dos dados obtidos, ofereceu-se subsídios à concepção arquitetônica, acrescendo a seus objetivos a busca pelo conforto térmico e melhor desempenho energético das edificações. Através da análise bioclimática foram identificadas as estratégias bioclimáticas mais adequadas às solicitações do clima, para edificações em Brasília-DF. Podemos citar a ventilação, a inércia térmica, o resfriamento evaporativo e a redução dos ganhos de calor através do sombreamento e da reflexão, para a situação de calor, e a inércia térmica com aquecimento solar passivo, para a situação de frio.
A estratégia ventilação para o município de Brasília é a ventilação seletiva, onde a ventilação é necessária nos períodos quentes em que a temperatura interna seja superior à externa, para isso as recomendações são de aberturas médias (15% < A < 25% em relação a área do piso). As sensações térmicas são melhoradas através da desumidificação dos ambientes. Esta estratégia pode ser obtida através da renovação do ar interno para o externo através da ventilação dos ambientes. A ventilação cruzada é uma estratégia obtida através da circulação de ar pelos ambientes da edificação. Também deve-se atentar para os ventos predominantes da região e para o entorno, pois o entorno pode alterar significativamente a direção dos ventos. Em razão da baixa umidade presente em Brasília na maior parte dos meses do ano, principalmente nas épocas de inverno, o vento se caracteriza por possuir má qualidade em razão do ar seco, possuindo então sedimentos e detritos prejudiciais para a saúde humana, desta forma árvores e arbustos podem ser usados para filtrar o ar antes de adentrar na estrutura e também podem ser utilizados para acelerar a velocidade do ar através de corredores de vento. A vegetação no exterior da casa também pode direcionar o ar para dentro da estrutura. Cercas, muros e estruturas adjacentes também podem ser barreiras para a ventilação.
O sombreamento é uma estratégia fundamental para redução dos ganhos solares através do envelope da edificação. Uma proteção solar corretamente projetada deve evitar os ganhos solares nos períodos mais quentes, do dia e do ano, sem obstruí-los no inverno e sem prejudicar a iluminação natural através das aberturas. As aberturas das edificações em Brasília devem ser todas sombreadas. Elementos externos de proteção solar como os brises, podem ser horizontais ou verticais, ou combinação dos dois. Estes elementos podem ser fixos ou móveis, onde a proteção solar fixa exige um projeto muito mais criterioso em relação às trajetórias solares para garantir sua eficiência. A vegetação pode ser utilizada como um eficiente elemento externo de proteção solar, onde podem ser utilizadas árvores de copa larga que auxiliem no sombreamento inclusive da cobertura, no caso de edificações residenciais ou vegetações arbustivas que protejam a fachada exposta a radiação oeste. As proteções horizontais são mais favoráveis ao sombreamento das fachadas norte e sul, quando o sol se encontra mais alto. As proteções verticais são eficientes para o sombreamento das fachadas nos horários em que o sol está mais baixo, ou para as fachadas em que os percursos solares estão, na maior parte, na diagonal em relação à fachada (Nordeste, Sudoeste, Sudeste). Para proteção da fachada norte e sul, incluindo os horários em que o sol está mais baixo, o ideal é uma combinação de proteções horizontais e verticais. O elemento de proteção solar horizontal mais comum é o beiral da própria cobertura da edificação. As venezianas externas também são exemplos de proteção horizontal e podem ser móveis ou fixas. Os toldos, geralmente proteções móveis,
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