Relato do texto: SOLÁ-MORALES
Por: Bárbara Caruso • 30/10/2017 • Resenha • 1.159 Palavras (5 Páginas) • 1.379 Visualizações
UNIVERSIDADE SÃO JUDAS TADEU[pic 1]
BÁRBARA VENTURIN R.A.: 201408147
CHRISTIAN MOURA R.A.: 201403762
STEFANNY COSTA R.A.: 201400846
Turma: 4AARM
Relato do texto: SOLÀ-MORALES, Ignasi de. Do contraste à analogia: novos desdobramentos do conceito de intervenção arquitetônica.
NESBITT, Kate. Uma nova agenda para a arquitetura
SÃO PAULO
2017
UNIVERSIDADE SÃO JUDAS TADEU[pic 2]
Relato do texto: SOLÀ-MORALES, Ignasi de. Do contraste à analogia: novos desdobramentos do conceito de intervenção arquitetônica.
NESBITT, Kate. Uma nova agenda para a arquitetura
Esse relato tem como objetivo o entendimento da questão do patrimônio e intervenção urbana, discutidas em sala de aula, referente ao Capítulo: SOLÀ-MORALES, Ignasi de. Do contraste à analogia: novos desdobramentos do conceito de intervenção arquitetônica. do livro Uma nova agenda para a arquitetura, escrito por Kate Nesbitt.
Docente: Profª Drª Eneida de Almeida
SÃO PAULO
2017
“Do contraste à analogia: novos desdobramentos do conceito de intervenção arquitetônica”
Neste texto, o arquiteto e filósofo Solà-Morales, busca uma discussão vinculada ao problema do acréscimo no espaço urbano, no caso, à intervenção urbana e mostra que a relação entre o novo e o preexistente se modifica a partir do significado que se atribui a tal. Portanto, fica claro que não há uma regra física na escolha de uma estratégia de intervenção, pois deve-se fazer uma leitura dos diversos elementos e uma interpretação do material histórico para saber sua relação ao longo do tempo, analisando caso a caso.
“O projeto de uma nova obra de arquitetura não somente se aproxima fisicamente da que já existe, estabelecendo com ela uma relação visual e espacial, como cria uma interpretação genuína do material histórico com o qual tem que lidar.” (SOLÀ-MORALES, 2013, pág. 254).
No capítulo, o autor também cita alguns arquitetos como Mies van der Rohe, Hilberseimer e Le Corbusier, que no início do século XX, através da técnica da fotomontagem, acentuam o contraste entre o consolidado e a nova construção relacionado com as técnicas construtivas de seu tempo. O contraste ressalta e difere as geometrias e não necessariamente significa um desrespeito com a preexistência, pelo contrário, o movimento moderno que se dizia autossuficiente em relação à arquitetura tradicional. Segundo Solà- Morales não deixava de verificar a cidade preexistente, onde cita Le Corbusier em seu texto: “ as novas dimensões modernas e o realce dos melhores tesouros históricos produzem um efeito encantador” (Le Corbusier, 2013, pag. 255):, ou seja, o contraste realça e dá um novo valor ao preexistente.
Solà- Morales que além de arquiteto é filósofo, relaciona o tema da intervenção urbana com a psicologia, tendo como base a teoria de Riegl, onde no início do século XX analisa a visão da sociedade moderna em relação ao patrimônio, em que assinala várias categorias a essa nova sensibilidade do homem moderno para com os monumentos históricos. A passagem do tempo foi substituída pela noção de patrimônio e baseando-se na psicologia das massas, Riegl entende que a posição do cidadão comum, diferentemente do especialista que é um ser racional e sem se ater ao detalhe de um ornamento, está interessado em ter uma visão mais ampla e presenciar determinada época que um monumento favorece.
Riegl diz que não é necessário ser um especialista para identificar e diferenciar o novo e o preexistente, o valor monumental de uma cultura urbana se atribui em desafiar o tempo no decorrer da história. O que caracteriza a nova sensibilidade, a nova “vontade de arte” do século XX, isso é o contraste entre o que é novo e o que é antigo.
Na historiografia, segundo o autor, fica evidente o fato de que a história do passado pode ser examinada como objeto no qual se destacam suas distinções e inovações em relação à arquitetura imediata.
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