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CARTA PEDAGÓGICA SOBRE O TEXTO: “SOBRE VERDADE E MENTIRA NO SENTIDO EXTRA-MORAL (1873)” DE FRIEDRICH NIETZSCHE

Por:   •  13/12/2018  •  Resenha  •  459 Palavras (2 Páginas)  •  545 Visualizações

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UNIVESIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE – FURG[pic 1][pic 2]

INSTITUTO DE EDUCAÇÃO – IE

PROGRAMA DE PÓS GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO – PPGEDU

TEORIAS DA EDUCAÇÃO

PROFº DRº VILMAR ALVES PEREIRA

Francine Freitas Avila - 121604

CARTA PEDAGÓGICA SOBRE O TEXTO: “SOBRE VERDADE E MENTIRA NO SENTIDO EXTRA-MORAL (1873)” DE FRIEDRICH NIETZSCHE

Nietzsche, em suas primeiras palavras, faz uma crítica a postura arrogante da humanidade para com a natureza, ao afirmar que os homens ficam cegos por sua altivez e arrogância, com que cultivam os saberes enganados sobre o valor da existência. Nos descreve a humanidade através de uma fábula, demonstrando como somos pequenos diante da imensidão do universo.

No texto Nietzsche aponta o conhecimento como uma invenção produzida pelo homem e aponta a possibilidade de conhecimento que vivenciamos como uma condição social, política e moral. Para o autor o homem, sentindo a necessidade de viver em sociedade, verá a crença na verdade como uma necessidade.

Fazendo uso da linguagem é designado o que é verdade e mentira, a verdade seria um mecanismo de preservação, uma forma do homem continuar vivendo, seria uma designação válida de comum acordo, sendo considerado mentiroso aquele que faz uso de forma divergente ao “consenso comum”.

Para Nietzsche a verdade é resultado de uma metáfora repetida por longos períodos que passou a ser entendida como verdade absoluta. Segundo o autor, o homem não ama a verdade propriamente dita, ama a comodidade a segurança que lhe proporciona. Paralelo a isso, uma mentira que não traga consequências desagradáveis poderá ser aceita pelo senso comum. Para o homem não é a “não-verdade” que é inaceitável, mas sim o prejuízo acarretado, seja pela mentira ou pela verdade.

A verdade e a mentira são construções da vida em “rebanho” e da linguagem que lhe é correspondida. O homem do “rebanho” chama de verdade aquilo que o conserva no “rebanho” e chama de mentira aquilo que o ameaça ou exclui do “rebanho”. Segundo o autor, as palavras que expressam oposição ao “rebanho”, ou não são compreendidas, ou são vistas com perigo pelo o restante do “rebanho”. Portanto, a única verdade válida é a verdade do “rebanho”.

Ao fazermos uma reflexão sobre a atualidade poderíamos nos perguntar se o que o senso comum tem como verdade é realmente algo verdadeiro ou algo enganoso, manipulativo, ilusório. Essas questões trazidas por Nietzsche nos levam a refletir e nos direcionam para um campo de investigação onde ao questionarmos sobre a verdade e a não-verdade nos fazemos críticos sobre as verdades impostas, do contrário o homem seria capaz de aceitar uma verdade que fora inventada, pois não toma consciência que ela é uma invenção.

Referências:

NIETZSCHE, F. W. Sobre verdades e mentiras no sentido extra-moral (Obras incompletas). Tradução e notas de Rubens Rodrigues Torres filho. São Paulo: Abril Cultural, 1983.

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