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Resenha Critica de A urbanização e o Urbanismo na Região das Minas

Por:   •  2/12/2019  •  Resenha  •  403 Palavras (2 Páginas)  •  592 Visualizações

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RESENHA 3

Discente: Danyely Cervinski Pereira

Docente: Doriane Azevedo

REIS, Nestor Goulart. "A urbanização e o urbanismo na região das minas". São Paulo, 1999

DELSON. Roberta. “Novas vilas para o Brasil-Colônia: planejamento espacial no século XVIII” Brasília: Ed. ALVA-CIORD, 1997.

Os textos trazem o debate sobre o nascimento de uma cidade colonial. Enquanto Nestor Goulart nos apresenta dados gráficos que comprovam o planejamento prévio de algumas vilas brasileiras, Roberta Delson em sua monografia intitulada “Novas vilas para o Brasil colônia” defende o mesmo na prática, enquanto nos mostra teóricos que afirmam que as vilas brasileiras tiveram sua urbanização espontânea no sentido de não ter qualquer preocupação com um planejamento urbanístico.

Durante o leitura dos textos podemos observar que a intervenção urbanística sempre teve foco em regiões onde existem grandes movimentação econômicas desde o séc XVI o que contradiz, em partes, o texto da Beatriz Bueno “Desenhar  (Projetar) em Portugal e Brasil nos Séculos XVI-XVIII” que afirma que o urbanismo só começa a trabalhar à serviço do capital após 1848.

As vilas, em sua maioria, eram pensadas apenas nos arredores dos centros políticos e projetadas de modo que nem sempre se compatibilizavam com o entorno ou mesmo com as condições topográficas do sítio. Essas padronizações das vias aconteciam sob a supervisão do arruador e sob regulamentação do estado que em determinadas regiões, traziam  especificações mais aprofundadas enquanto que, em outras, apenas regras gerais como a especificação de que as ruas deveriam ser largas sem dar nenhum outro detalhe da forma que isso deveria ter ou mesmo da largura. Essas regulamentações tinham o objetivo de uniformizar a cidade o que também perpassava por uniformizar fachadas, porem esta só é alcançada quando, como nos arredores da praça Tiradentes em Ouro Preto MG, pertenciam a um mesmo dono.

Os textos em cheque comentam também que não havia uma preocupação com os aglomerados populacionais já existentes ou mesmo com os que rodeavam os centros políticos e que muitas vezes o projeto das ruas em xadrez, como regulamentado na maioria das vezes, nem compatibilizavam com a topografia do sitio se tornando uma solução pouco inteligente e reforçando a ideia de que apenas onde uma seleta parcela da população estava era minimamente planejada, logo, constatamos que estes planejamentos não podiam ser isentos da influência daqueles que podiam pagar pelo beneficio e pela construção, portanto concluímos que o planejamento das vilas e cidades coloniais no brasil se deu inteiramente à favor de uma logica mercantilista.

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