Resenha Rubenilson Brazão Teixeira – Arquitetura vernacular: em busca de uma definição.
Por: julia freitas de franca • 18/8/2021 • Resenha • 697 Palavras (3 Páginas) • 261 Visualizações
Conforto Ambiental 01 (CA1)
Resenha 1 - Rubenilson Brazão Teixeira – Arquitetura vernacular: em busca de uma definição.
O texto foi escrito pelo professor universitário Rubenilson Brazão Teixeira, que tem doutorado em Estudos Urbanos e mestrado em Habitação. Em resumo, o texto aborda a arquitetura vernacular, mais precisamente, buscando culminar em uma definição do termo. Para isso, utiliza como referência, diversos autores, trazendo reflexões, definições e discussões acerca das características essenciais da chamada arquitetura vernácula ou vernacular, a fim de fundamentar sua conclusão.
O autor inicia, trazendo uma distinção entre os termos de arquitetura primitiva e arquitetura vernacular, proposta por outro autor, Amos Rapoport, que diz que a arquitetura primitiva seria aquela produzida em sociedades sem grande grau de especialização, orientadas pela tradição, o que se reflete na grande ligação entre a forma e a cultura. Como principal distinção entre os dois conceitos, é apontada a “figura do construtor”, que aparece na arquitetura vernacular, diferindo da primitiva, em que o conhecimento é comum a todos os membros atuantes na construção. Brasão ainda salienta a dificuldade existente ao tentar estabelecer limites entre os dois conceitos. A seguir, partindo dessa dificuldade de definição da arquitetura vernacular, o texto trás a visão do autor Paul Oliver sobre o assunto. Este, por sua vez, acredita que esta significação deve considerar os aspectos da arquitetura, dentro do meio em que se sucederam, levando sempre em conta sua capacidade de atender a sociedade que a construiu.
Após isso, o autor começa a discorrer sobre os aspectos que caracterizam a arquitetura vernacular. Começando pela tradição, marca desse tipo de arquitetura, o texto traz a visão de João Stroeter e Hassan Fathy sobre o tema. Segundo Brazão, ambos acreditam que a tradição está intrinsecamente ligada à arquitetura, salientando para o fato de que as necessidades básicas e características formais que permeiam a arquitetura atualmente, embora não se possa negar sua evolução, são em sua grande maioria pouco distintas do passado. Disto ele conclui, que se a tradição precede todas as práticas arquitetônicas, esta característica apesar de ser a principal da arquitetura vernacular, sozinha não é capaz de defini-la sozinha.
A segunda característica apontada pelo autor, descreve a arquitetura vernacular, como uma arquitetura sem arquitetos. Ele traz também, uma reflexão sobre a ausência de um estilo, como conhecemos e estudamos, na arquitetura vernacular, evidenciando o fato de que nela, eram as questões funcionais da habitação que se destacavam. Sua natureza rural também é discutida, tendo em vista que sua origem se deu essencialmente no campo, no entanto o autor aponta a arquitetura vernacular como um meio termo entre o rural e o urbano, tendo em vista que apesar de sua origem, esta acabou se modernizando e urbanizando.
Outra característica bastante elogiada e muito bem vinda para a arquitetura como um todo, é o respeito às condições locais. Para exemplificar esta característica, intimamente ligada com a disciplina de CA1, o autor dá diversos exemplos de como a arquitetura vernacular responde de maneira exemplar ao clima local. Brazão, apresenta ainda a tecnologia autóctone,
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