Resumo A Percepção do Lugar de Lineu Castello
Por: GiselliT • 19/7/2017 • Abstract • 675 Palavras (3 Páginas) • 1.721 Visualizações
CASTELLO, Lineu. A percepção do lugar: repensando o conceito de lugar em arquitetura-urbanismo. Porto Alegre: PROPAR-UFRGS. 2007.
Com a crescente gama de variados modelos de lugares destinados ao lazer e entretenimento, cresceu também os críticos desses lugares que os definem como “meros produtos de consumo [...] incapazes de despertar valores existenciais”. Em A Percepção do Lugar, Lineu Castello, aborda as questões relativas a esses lugares, que ele denomina como sendo de clonagem, de modo a evidenciar a dualidade neles existente, onde não somente negativo esses lugares são.
Tendo como ponto de partida de sua analise a virada do milênio, aponta a globalização do mundo como marco representativo da mutação da sociedade de produção para a sociedade de consumo. A partir daí, discorre sobre as variações que o conceito de lugar conota e as novas configurações que surgem dentro do espaço urbano. O capítulo “Apresentação do lugar” busca demarcar os parâmetros pelos quais o livro será norteado, trazendo fragmentos de termos e definições que serão aprofundadas no decorrer de todo o texto, introduz a visão superficial de percepção e gênese do lugar e posiciona seu trabalho no tempo e no espaço.
Subsequentemente, em “Conceituação de lugar” planeia os diversos campos disciplinares que fazem uso do termo lugar, onde este apresenta significações divergentes ou parciais quando visto de maneira individualizada. Aponta que o caminho adequado para a conceituação de lugar é buscar unir as fundamentações dessas disciplinas de modo a permitir a contribuição mútua e, assim, produzir o que ele chama de “interpretação transdisciplinar”, ou seja, conectar as partes, que são pouco abrangentes separadas, para englobar a complexidade do todo e construir a conceituação satisfatória de lugar.
No capítulo “A investigação e a projetação de lugar” expõe questões essências para a investigação, constatações empíricas e insere conjecturas de cunho teórico-prática, de modo a responder tais questões. Discute, então, sobre a qualidade básica dos lugares, o que denomina urbanidade, sendo está o atributo principal dos lugares tradicionais, dotados de estímulos percebidos de forma espontânea, vinculado às experiências existenciais humanas que ocorrem pelo uso e vivência do espaço urbano público. Assim sendo, prega que a ferramenta ideal para a correta investigação do lugar é a pesquisa com os usuários, uma vez que a percepção ambiental destes que defini os lugares. Em sequência, examina as praticas contemporâneas de projetação, apresenta lugar de clonagem, como lugar artificial, qualificado através de projeto, onde a percepção do ambiente é estimulada intencionalmente. Para isso, se faz uso de estratégias de “placemaking”, a criação de lugar, baseada em um programa projetual e ”placemarketing”, a comercialização da imagem de modo a alterar a percepção desse lugar, comandada por um programa gerencial.
Posteriormente, em “A variação na percepção de lugar” retoma termos citados anteriormente e aprofunda a explanação sobre eles, fazendo-o em tópicos. Primeiramente, lugares de pluralidade, marcantes por possuir diversos usos e experiências, e uma nova urbanidade, que, com a transformação da sociedade, transforma-se o modo de perceber e viver os lugares e, consequentemente, a urbanidade. Em sequência, os lugares de aura, dotados de essência, e a criação de marca, a pregnância e comercialização do lugar. Seguido de lugares de memória, marcantes por seu conteúdo histórico ou cultural, e a conservação do patrimônio urbano. Ao fazer isso, o autor, busca construir novas conjecturas a cerca das variações de lugares de clonagem inseridos nessas definições, podendo ser quanto a sua origem, tempo e efeito.
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