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Resumo Carta de Atenas

Por:   •  24/8/2016  •  Trabalho acadêmico  •  836 Palavras (4 Páginas)  •  6.136 Visualizações

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ARQUITETURA E URBANISMO


DEBATE:        
 “CARTAS DE ATENAS 1931-1933”

No âmbito dos acontecimentos da época em que foram fomentadas as cartas, a questão específica sobre o período é a condição permanente em que os arquitetos e urbanistas, bem como todas as demais especificidades da sociedade, estavam: o período entre as Guerras Mundiais, ou seja, a deterioração das cidades, a modernização e o grande adensamento populacional.

 Este fato incentivou os arquitetos modernos a valer-se das novas técnicas alcançadas graças à indústria de massas, bem como dos materiais inovadores que possibilitavam a produção de novas arquiteturas de acordo com a carência da população. Suas construções refletiam peculiaridades e uma visão progressista, por sobrepujar-se sobre as antigas e tradicionais, rejeitando heranças culturais e físicas – tendo como consequência a tábula rasa –, voltando-se para a simplificação do isolamento de suas edificações.

Em 1931, Gustavo Giovannoni redigiu a Carta de Atenas que visava a preservação e restauração dos patrimônios históricos e artísticos, uma vez defendido por Camilo Boito, a quem seguia, desenvolvido pelo I Congresso Internacional de Arquitetos e Técnicos de Monumentos Históricos.

De maneira diferente das visões do restauro estilístico de Viollet Le Duc e da conservação de John Ruskin, a ideia de Boito mostra a evolução da restauração a partir destas duas teorias anteriores. A carta tem como objetivo preservar monumentos de diferentes nações, adaptado às suas especificidades locais, assim como as condicionantes climáticas, a partir das dificuldades de conciliar o direito público com o privado.

A conferência orienta o respeito ao passado artístico e histórico de cada obra, em que o restauro seja necessário, sem que fira construções e o contexto espacial em que se insere, nem que modernizações desestruturem abusivamente o caráter originário de uma localidade, bem como permite o uso de materiais e técnicas modernas para o restauro, desde que não haja alteração do monumento. Também afirma a necessidade de técnicas para uma eficiente conservação, e de ações educacionais e de respeito aos monumentos de arte e história.

De toda forma, a carta prioriza os feitos de conservação e manutenção de elementos históricos e afasta-se de reconstituições totais; reprova os deslocamentos e remoções de peças e obras de sua origem, salvo exceções a partir de propósitos exclusivos de conservação, garantindo a continuidade de sua vida.

Em 1933, a formulação da Carta de Atenas foi idealizada no IV CIAM – Congresso Internacional de Arquitetura Moderna – com objetivo de resumir o que se refere à questão de um urbanismo funcional, houve a necessidade de se fazer um planejamento regional e intraurbano, também idealizando um zoneamento, na tentativa de ordenar e ocupar a cidade, por meio da separação de usos em diferentes zonas, a fim de impedir o atrito entre os incompatíveis.

Outros aspectos foram assumidos na carta como a importância da liberdade individual, ao passo que os valores de uma sociedade e da própria personalidade humana são necessários ao debate dos interesses coletivos e individuais; áreas de aglomeração populacional influenciadas pelos papéis que a geografia e topografia assumem; direção ao progresso (ou não) delimitada pela situação econômica de uma região, com sinal de sua vitalidade através de uma política essencialmente variável. Em outra escala de discussão há a defesa de grandes edifícios – verticalização urbana – em amplas áreas verdes.

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