Resumo Casa da Flor Arquitetura, Urbanismo e Sociedade
Por: Caroline Andrade • 25/2/2021 • Resenha • 352 Palavras (2 Páginas) • 394 Visualizações
Arquitetura, Urbanismo e Sociedade
Caroline A. Reis Velasco
A Casa da Flor de seu Gabriel
Segundo Ferreira Gullar “(...) e assim nos revelou a beleza, a arte, como a última redenção possível para as coisas sem serventia”, este comentário feito pelo escritor responde bem a questão levantada sobre a Casa da Flor poder ser ou não considerada uma arquitetura, e a resposta é sim, ela pode ser considerada. Assim como Gullar mencionou, seu Gabriel reunia todos os tipos de cacos e coisas aparentemente banais para a maioria das pessoas e o transformava em seu sonho, o sonho de uma casa do jeitinho que ele imaginava.
Ao primeiro contato com a casa de seu Gabriel, você pode até ter o primeiro pensamento de que são apenas cacos que aquele senhor via na rua e recolhia e voltava com eles para “colar” nas paredes e todas aquelas lâmpadas? Aquelas lâmpadas que gerariam questionamentos de: “para que tanta lâmpada se nem rede elétrica aqui tem?” e logo quando você conhece a história da casa, do seu Gabriel, contada também pelo seu sobrinho-neto, você entende que cada coisa colocada naquela casa, desde as lâmpadas, azulejos quebrados, aos degraus feitos fora da casa, foram minimamente pensados e ornamentados com uma simetria única.
Eu ressalto também, além de ter mencionado toda essa questão do “catar, colar” de seu Gabriel -que é uma parte única e própria da pessoa, a arte que é aflorada nele e viveu nele nesse tempo-, a parte de que a casa foi planejada desde a altura em relação à rua, os degraus espaços e rentes, até a onde a casa foi inserida, no meio de um verde e de plantas.
Diante disso, por uma opinião pessoal e de como eu consegui enxergar a Casa da Flor, ela é uma arquitetura feita com a alma de um cidadão simples, que mesmo sendo sua única obra feita -que nós a consideramos uma obra, seu Gabriel veria apenas como uma casinha para seu sossego tirada de seus sonhos e bastava- é de uma magistralidade serena e sem pretensão alguma de que um dia se tornasse essa referência de belo e simples.
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