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Resumo Cidade Para Pedestres

Por:   •  24/3/2024  •  Dissertação  •  1.162 Palavras (5 Páginas)  •  68 Visualizações

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ANDRADE, V. & CUNHA, C. Cidade de Pedestres: A Caminhabilidade no Brasil e no Mundo. 1ª Edição, Rio de Janeiro: Babilonia Cultura Editorial, 2017.

        O livro “Cidade de Pedestres: A Caminhabilidade no Brasil e no Mundo”, de autoria compartilhada entre Victor Andrade e Clarisse Cunha, publicado em 2017, busca como parâmetro central dispor a importância da caminhabilidade de espaços públicos, destrinchando os impactos que a mobilidade tem sob os pedestres.

        Durante muito tempo no passado o espaço urbano foi pensado com o propósito de acomodar vias para suprir a crescente demanda dos automóveis, durante décadas essa era a síntese da urbanização mundial. Mesmo em dias atuais conseguimos sentir a reverberação desse passado que ainda nos assombra, o que acaba tendo impacto em nossa “walkability” como o próprio livro sita.

        O texto visa introduzir o assunto de forma a analisar os efeitos de uma cidade pensada para os pedestres, como elementos capazes de tornar a cidade um local confortável para caminhadas. Como por exemplo o uso de transporte sustentável como o uso de bicicletas ao invés de carros, mas para isso, alternativas urbanas projetuais devem ser pensadas para melhorar as condições dos ciclistas, pois como podemos querer incentivar o uso de transporte sustentável se as condições urbanas para os ciclistas são caóticas?!  

        Após trazer alguns problemas sobre o assunto, o livro adentra em outras partes do mundo para demonstrar problemas e como eles são solucionados. Como por exemplo Nova York, onde a maior parte da população se desloca pelas calçadas de forma a não encontrar problemas, justamente por cauda da caminhabilidade. Pesquisas foram feitas e analisaram a superlotação do fluxo de pessoas nas calçadas, mas por quê? Porque as pessoas gostam de andar, se sentem confortáveis em ocupar aquele espaço, esse nível de fluxo foi alcançado com mecanismos não tão burocráticos assim, como por exemplo entender a importância da ocupação dessas calçadas, como elas podem deixar de serem faixas de concreto e ganhar uma essência, como por exemplo um desenho da calçada ou um jardim frontal do imóvel, como o próprio texto cita. O fluxo das calçadas nova-iorquinas não está só ligado a pequenos elementos, mas também o motivo está entrelaçado ao consumo, já que a maior parte dos térreos de Nova York estão concentrados por comércios, lojas, cafés, bares etc. e isso estimula ainda mais os pedestres a caminhar.

        Por todo o mundo, quanto mais uma cidade cresce, assim como sua densidade, a necessidade de espaços públicos aumenta junto com as demandas urbanas. Porém a mobilidade pública vem sendo pensada visando transporte público e individual motorizado e dentro desta mesma cidade pouco se pensa sobre uma mobilidade melhor para os pedestres. Em muitos casos, o uso dos espaços públicos de locomoção dos pedestres se restringe a chegar ao transporte público mais perto, mesmo que seu destino seja próximo o suficiente para chegar a pé, ou de “bike”.

        Justo desta rotina motorizada, seja pública ou não, e a falta de estrutura urbana para os pedestres e ciclistas, alguns parâmetros começam a afetar a sociedade, como a saúde. Com o uso do automóvel, ocorre uma diminuição das atividades físicas, pode até mesmo transparecer ser algo superficial, porém podem causar fortes e marcantes impactos na sociedade e em seu futuro. Até o momento estamos falando dos efeitos na saúde decorrente da falta de mobilidade e práticas de caminhada e ciclismo. Mas a demanda excessiva de carros nos prejudica de outras formas, como ambientais, na produção de CO2 com a queima do combustível, ou então, nos impactos sonoros que nos causam incômodos e estresses diários, levando ao aumento de doenças como ansiedade e depressão. Além de claro, ser um dos maiores causadores de acidentes, levando a maior parte dos afetados a óbito.

        Em um momento, o livro volta ao passado como forma de compreender o motivo da nossa urbanização atual e como o desenho urbano sempre foi posto de lado no início da ocupação no Brasil. Essa forma de apropriação de forma desordenada reverbera até os dias atuais, já que esse desenho não contava com a crescente populacional.

        Atualmente no Brasil, identificamos em muitas calçadas, um ambiente hostil, vendo inúmeras problemáticas enfrentadas pelos pedestres. É marcante a dificuldade de transpassar pequenos percursos, justamente pela falta de caminhabilidade. Esses obstáculos causam um desconforto evidente para qualquer indivíduo que necessite se mover pela cidade a pé, porém além de todos esses parâmetros, imagine ser portador de alguma deficiência física, nesse caso a dificuldade de se locomover se torna ainda mais difícil dessas cidades. Visto que com a população cada vez mais idosa, a melhoria das calçadas e espaços urbanos deveria crescer na mesma medida, já que estudos já comprovaram que a população idosa precisa e caminha muito mais que as demais pessoas da sociedade, enquanto o desenho urbano não visar impactar diretamente a qualidade de vida da população, essa fatia será atingida de forma negativa.

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