- Resumo de Philippe Paneraios
Por: Analidia23 • 5/12/2018 • Resenha • 1.259 Palavras (6 Páginas) • 923 Visualizações
ESCOLA DE ARQUITETURA E URBANISMO
PROJETO DE URBANISMO E PAISAGISMO: O LOTE – 2018.2
RESUMO: “A Prática do Urbanismo”, de Philippe Panerai
Discente: Viviane Cecília Regis de Azevedo
Docente: Renato Nascimento Gomes
Mossoró RN
26/09/2018
Escola de Arquitetura e Urbanismo – Mossoró
Resumo: “A Prática do Urbanismo”, de Philippe Panerai
Resumo: “A Prática do Urbanismo”, do curso de Arquitetura e Urbanismo da universidade Potiguar (UnP), ministrada pelo professor Renato Nascimento Gomes.
Mossoró RN
26/09/2018
Resumo:
Arquiteto, pesquisador do Laboratório de História Arquitetural e urbana, e Professor da Escola de Arquitetura de Paris-Versailles. Philippe Panerai escolheu a França como um percursor para discutir as práticas e as técnicas de processos de construção e tecidos urbanos. Ele desenvolve em torno de traçados, tecidos urbanos e escalas territoriais. O autor defende que a compreensão urbana deve vir depois de uma análise urbana, o que é mais do que colocar em foco as formas-objetos oferecidos em modo consecutivos; é a compreensão do fenômeno que ampara a cidade. A abordagem das formas urbanas, vêm de acordo com as mudanças ou desenvolvimentos linguísticos de sistemas em um determinado período de tempo, e aberta a discursões mais abertas e complexas.
Palavras Chaves: Desenvolvimento Arquitetônico, Mudanças, Tecidos Urbanos.
As formas da cidade e as formas na cidade, foram desenvolvidas durante 20 anos, e continuam a se desenvolver, precisando de algumas noções ou conceitos sobre formas urbanas; trabalhos e reflexões desenvolvidas nas escolas de arquitetura, eles acompanham os questionamento nas escolas de belas-artes cujas repetidas crises nos anos de 1962, 64 e 66, só tiveram uma saída no ano de 1968 com a criação das Unidades Pedagógicas, hoje transformadas em Escolas de Arquitetura. Essas pesquisas são sensíveis a evolução dos Arquitetos e Urbanistas. Elas se modificaram a medida que as mudanças foram acontecendo, seja elas de demandas, de moda, ou de estilos, constituindo uma resposta no meio arquitetônico, mesmo que superficial. As Heranças tinham desde a origem do ponto comum que favoreceu o seu desenvolvimento; a tradição acadêmica e o movimento moderno após a Segunda Guerra. O urbanismo oscila entre o sonho do desenvolvimento na planificação territorial, no qual o fluxo e as estradas se tornam primordiais, e um desejo de racionalizar as relações sociais sendo considerada apenas como um plano de projeção, e não como um plano de estudo. É nesse contexto que percebemos o quão deslocado ele estava da realidade de que a crise de arquitetura, e seu ensino, era a crise da arquitetura com as cidades. A escala territorial e os grandes fatos de estrutura dependem de uma abordagem do geógrafo M. Demorgon, formas arquiteturais e atividades aparecem como manifestações datadas cuja sucessão revela a permanência dos traçados e a inscrição de lógica traçadas no solo. A análise do construído, constituiu a primeira aproximação das formas urbanas; experimentada nos estudos dos vilarejos, alguns bairros parisienses, a tipologia se revelou um meio de dar conta das estruturas e construções banais, conversando-se afastadas de abordagens pitorescas e folclóricas. O interesse sobre a arquitetura de Paris, permitiu um estudo sobre as relações de arquitetura erudita e arquitetura banal; a tipologia tem uma visão de conjunto que a história tradicional se mostra incapaz de aprender. Nesse período havia uma assimilação de trabalhos italianos, como os de Muratori, Aymonino e Rossi; a importância dos espaços públicos, a permanência do seu traçado, parcelamento como base de edificações e suporte de práticas, conhecimento dos estados anteriores para compreender o estado atual. As primeiras traduções mimeografadas vieram de Aymonino; depois vem Muratori com a orientação de ensino para evitar a ruptura entre as disciplinas técnicas, históricas e teóricas, e de recolocar a arquitetura (e a crise de arquitetura), na crise urbana; desse estudo ele tira três pontos principais: o tipo não se caracteriza fora do tecido construído, o tecido urbano não se caracteriza fora do estudo do conjunto da característica urbana, o estudo urbano tem a sua realidade fundida no tempo por uma sucessão de reações e de adições a partir de um estado anterior. Aymonino acompanha uma análise dos elementos da estrutura urbana e dos processos de crescimento, prestando uma atenção particular nas modificações que afetam a cidade no tempo e no espaço, identificando as rupturas que estão na origem da formação da cidade contemporânea. Segundo Panerai, os tipos construídos que aparecem são duplamente determinados por uma cultura e uma localização; em um ponto dado e uma época precisa, várias soluções são possíveis e os traços das ocupações anteriores continuam a marcar a forma urbana da cidade; em uma época precisa e um ponto dado, várias soluções são precisas. A quadra é um agrupamento de edifícios organizados segundo uma lógica determinada, assegurando a cada espaço um estatuto reconhecido pela prática. Estudar a quadra tradicional é reconhecera lógica da cidade antiga se aprofundando no contexto histórico colocando o problema atual da relação dos edifícios com os espaços que eles determinam a dispor sobre prática dos habitantes. Escolhendo uma quadra e estudando a evolução das formas e dos tecidos urbanos através dos tempos, observando seu crescimento e desenvolvimento, dependendo de uma intuição entre a cidade como uma totalidade e um edifício com escalas intermediarias que permitem verificar as relações entre eles, mesmo que as noções não estivessem tão precisas quanto estão atualmente. A incapacidade de analisar ou de projetar um tecido urbano (publico), um conjunto de disposições que garante um estatuto claro e estável dos espaços permitindo adaptação, a modificação, a densificação, ou a substituição do quadro construído e a evolução ou mesmo a renovação das práticas dos habitantes. A medida que a quadra foi sendo desenvolvida, ela aparecia como um resultado, um conjunto de lotes ordenados e distribuídos pelas ruas. A análise da organização do solo e da estabilidade desta organização conduziram à reflexão sobre a persistência. Nas cidades, das disposições espaciais anteriores, que regiam um território agrícola cujas rotas, caminhos, canais e campos formaram a sua trama física. A forma da cidade é reorganizada na época barroca e no século XIX, é consequência de uma extensão, frequentemente rápida; retirando o partido da lógica dos grandes intinerários e da configuração do território cultivado. O estudo tipológico é útil nesse caso para colocar em relação elementos de uma configuração espacial: o imóvel de pátio ordenado e uma localização na cidade. Com o movimento moderno vem a uma monumentalização geral da construção, notadamente da habitação social que concentra a grande parte dessa produção arquitetônica; ela ignora os mecanismos do tecido urbano e da apropriação dos construídos pelos habitantes. A análise urbana deve hoje perseguir a compreensão dos fenômenos que ancoram a cidade na duração. Segundo Fançoise Boudon atualidade: “A história da cidade está inscrita em seu tecido de parcelamentos. Já é tempo de renunciar ao modo de análise tradicional. que induz à dissociação entre os lugares onde se exercem as atividades urbanas e essas atividades elas mesmas”.
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