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Sintese Planejamento Estratégico

Por:   •  6/4/2015  •  Trabalho acadêmico  •  1.362 Palavras (6 Páginas)  •  259 Visualizações

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FACULDADE DE TECNOLOGIA ANHANGUERA

ARQUITETURA E URBANISMO

Pátria, Empresa e Mercadoria.

Notas Sobre a estratégia discursiva do planejamento estratégico urbano.

SÃO PAULO

5º SEMESTRE / 2014

O Planejamento Estratégico representa a transposição dos conceitos do planejamento de empresas para o planejamento urbano, dando ênfase na competitividade entre cidades vistas como isoladas numa visão ampla, mas que são polos na prestação de serviços e geração de renda.

Focalizando nos pontos fortes e fracos das cidades, onde os problemas são detectados e os pontos fortes são sobressaltados perante seus concorrentes. Se concentrando em ações a serem adotadas, revalorizando projetos urbanos, aonde todos que vão se beneficiar ou lucrar com a cidade devem participar ativamente no planejamento.

Como uma das principais funções é concentrar as atenções em itens importantes para o município, evitando desperdício de recursos (Humanos e Financeiros). A cidade normalmente é “vendida” para grandes investidores onde os aspectos a serem valorizados na cidade não são aqueles realmente importantes para a população, mas sim para aqueles que agradam esse grupo investidor (Infraestrutura tecnológica, comunicações, hotéis de luxo, mão de obra qualificada, aeroportos internacionais) itens prioritários como melhorias desse planejamento.

São melhorias vistas como instrumentos para embelezar a cidade e atrair mais investidores interessados.

É um modelo de planejamento no Brasil e na América Latina com a intervenção de agências multilateral (BIRD, HABTAT e Consultores internacionais).

Ele deve ser adotado pelos governos locais em razão de estarem às cidades em mesmas condições e desafio que as empresas. A competitividade urbana e a nova questão urbana a ser tratada, sendo que antes eram o crescimento desordenado e produção de força trabalho, movimentos sociais urbanos, racionalização do uso do solo e etc. Segundo alguns portas vozes urbanos: “ A Cidade é uma mercadoria; a cidade é uma empresa e a cidade é uma pátria”.

Quando se vende uma cidade, os atributos a serem vendidos seriam diferenciados, devido a cada tipo de pessoas buscarem certos tipos de entretenimento, lazer e etc. Quando ela é vendida, deve-se examinar o tipo de consumidor. A venda da imagem de cidade segura, muitas vezes vai junto com a venda da cidade justa e democrática.

A ****** utilizou para selecionar a cidade onde iria implantar seu centro de produção e emissão, sendo alguns critérios importantes, acesso das cidades candidatas a partir das capitais europeias por vias aéreas, rodoviárias e ferroviárias, recursos em telecomunicações e por satélites, condições de infra estrutura para edificações  ***** (superfície, energia, climatização, isolamento acústico, telefonia, estacionamentos e etc), condições de acessibilidade, acesso ao centro e aos bairros residenciais, transporte coletivo, legislação do trabalho, custo de vida e etc.

No modelo modernista, que seduzia e ***** os urbanistas na empresa foi a unidade de produção, agora a empresa na qual se espelha os neo-planejadores é a empresa enquanto unidade de gestão e negócio. Assim sendo, a empresa é vista como um agente econômico que atua no mercado e que encontra nesse mercado a regra e o modelo do planejamento e execução das suas ações.

A lógica implacável é um novo conceito do planejamento, o Marketing  Lead  City Planning, exige que os protagonistas das ações e decisões sejam os mesmo que protagonizam as peripécias do mercado. O projeto de recuperação rígida do setor público e o privado não deixam margem de dúvidas, a empresa privada, não se refere a interesses, indivíduos ou grupo privado em geral, uma vez que todos os cidadãos estão na condição de indivíduos, portadores de interesses privados.

Privado aqui é o interesse dos capitalistas e nesse sentido é visto como iniciativa privada, privatização e outras que sobrepões capital, empresários capitalistas. Assim o fim dessa recuperação rígida quer dizer, participação direta e sem imediações dos empresários capitalistas dos processos de planejamento e execução política. O patriotismo de cidade não é condição, mas é um resultado do sucesso do projeto, na verdade é resultado e condição. Uma vez conquistado a trégua social pelo sentimento generalizado de crise, a promoção sistemática e planejada do patriotismo de cidade constitui a reprodução das condições sociais do contesto da cidade-empresa e também da cidade pátria.

O planejamento estratégico urbano e seu patriotismo de cidade desembocam claramente num projeto de eliminação da esfera política local, transformada em espaço do exercício de um projeto empresarial encarnado por uma liderança personalizada e carismática. A estratégia conduz a destruição da cidade como espaço do político como lugar de construção da cidadania.

Uma política com capacidade de resolver os problemas urbanos e tirar as cidades da crise, essa é uma visão menos deturpada do planejamento, que mostra um objetivo apenas de promover a cidade dando-lhe novas bases econômicas, infraestrutura urbana, qualidade de vida, integração social e governabilidade.

Mas em sua grande parte é vista como formas de gestão de projetos, onde os estado (cidadãos, pagadores de impostos), ficam com os riscos e custos, e os investidores ficam com a gestão e o lucro do projeto. Mas para que funcione pra todos, a cidade tem que se promover de uma forma que venha do seu interior, ai onde entra o “patriotismo cívico”, onde a vontade coletiva de seus cidadãos, e da participação e confiança no projeto, acreditando na melhoria e qualidade dos espaços públicos e bem estar de todos.

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