Teoria e Historia da Arquitetura
Por: Kelvenny Mirtes • 5/5/2019 • Resenha • 1.299 Palavras (6 Páginas) • 268 Visualizações
Capítulo 1.
De acordo com o autor o ambiente construído pelos homens paleolíticos “[…] não passava de uma modificação superficial do ambiente natural, imenso e hostil, no qual o homem começou a mover-se: o abrigo era uma cavidade natural ou um refúgio de peles sobre uma estrutura simples de madeira[…]” (pag. 13, paragrafo 1, linha 4).
“O ambiente das sociedades neolíticas não é apenas um abrigo na natureza, mas um fragmento de natureza transformado segundo um projeto humano: compreende os terrenos cultivados para produzir, e não apenas para apropriar do alimento; os abrigos dos homens e dos animais domésticos; os depósitos de alimento produzido para uma estação inteira ou para um período mais longo[…]” (pag. 16, paragrafo 1, linha 1).
Capítulo 2.
“A cidade, […], nasce da aldeia, mas não é apenas uma aldeia que cresceu. Ela se forma, […], quando as indústrias e os serviços já não são executados pelas pessoas que cultivam a terra, mas por outras que não têm esta obrigação, e que são mantidas pelas primeiras com o excedente do produto.” (pag. 23, paragrafo 1, linha 1).
O autor fala que com isso nasce dois grupos: os dominantes e os subalternos. “Mas, entrementes, as indústrias e os serviços já podem se desenvolver através da especialização, e a produção agrícola pode crescer utilizando estes serviços e estes instrumentos. A sociedade se torna capaz de evoluir e de projetar a sua evolução.” (pag. 23, paragrafo 2, linha 2).
“A cidade, centro motor desta evolução, não só é maior do que a aldeia, mas se transforma numa velocidade muito superior. Ela assinala o tempo da nova história civil: as lentas transformações do campo (onde é produzido excedente) mostram, ao contrário, as mudanças muito mais profundas da composição e das atividades da classe dominante, que influem sobre toda a sociedade. Tem início a aventura da ‘civilização’, que corrige continuamente as suas formas provisórias.” (pag. 26, paragrafo 1, linha 1).
Após o fim da era glacial o vasto território, entre o deserto da África e da Arábia e os montes que o encerram ao norte, se cobre de vegetação desigual. “A planície é cultivável somente onde passa ou pode ser conduzida a água de um rio ou de uma nascente; nela crescem, em estado selvagem, diversas plantas frutíferas (oliveira, videira, tamareira, figueira); os rios, os mares e o terreno aberto às comunicações favorecem as trocas de mercadorias e de notícias; os céus, quase sempre serenos, permitem ver, à noite, os movimentos regulares dos astros e facilitam a medição do tempo.” (pag. 26, paragrafo 3, linha 4).
“Aqui algumas sociedades neolíticas – […] – encontram um ambiente mais difícil de aproveitar, mas capaz de produzir, com um trabalho organizado em comum, recursos muito mais abundantes.” (pag. 26, paragrafo 4, linha 1)
O cultivo de cereais e das árvores frutíferas ofereciam colheitas abundantes, podendo ter um acumulo para as trocas comercias, “[…].Começa, assim, a espiral da nova economia: o aumento da produção agrícola, a concentração do excedente nas cidades e ainda o aumento de população e de produtos garantido pelo domínio técnico e militar da cidade sobre o campo.” (pag. 26, paragrafo 5, linha 6).
“Na mesopotâmia – […] – o excedente se concentra nas mãos dos governantes das cidades, representantes do deus local; nessa qualidade recebem os rendimentos de parte das terras comuns, a maior parte dos despojos de guerra, e administram estas riquezas acumulando as provisões alimentares para toda a população, fabricando ou exportando os utensílios de pedra e de metal para o trabalho e para a guerra, registrando as informações e os números que dirigem a vida da comunidade.” (pag. 26, parágrafo 6, linha 1).
No início do II milênio a. C., as cidades sumérias eram circundadas por um muro e um fosso, que tem a função de defesa, mas que também pela primeira vez excluem o ambiente aberto natural do ambiente fechado da cidade. O campo se torna um lugar com paisagem artificial, pastagem e pomares, percorridas pelos campos de irrigação.
"Até meados do III milênio, as cidades da Mesopotâmia formam outros tantos Estados independentes, que lutam entre si para repartir a planície irrigada pelos dois rios, então completamente colonizados. Estes conflitos limitavam o crescimento econômico, e só terminam quando o chefe de uma cidade adquire tal poder que impõe seu domínio sobre tal região." (pag. 32, parágrafo 1, linha 1).
Na Babilônia, por volta de 2000 a. C., há o desaparecimento da "distinção entre os monumentos e as zonas habitadas pelas pessoas comuns; a cidade é formada por uma série de recintos, os mais externos abertos a todos, os mais internos reservados aos reis e sacerdotes – [...] – e têm, portanto, um domínio absoluto sobre as coisas desse mundo." (pag. 32, parágrafo 4, linha 10).
"A documentação arqueológica revela a civilização egípcia já plenamente formada depois da unificação do país, no final do IV milênio a. C. Os documentos encontrados nas primeiras tumbas reais explicam que o soberano no poder conquistou as aldeias precedentes e absorveu os poderes mágicos das divindades locais. Não é ele um representante de um deus, como os governantes sumérios, mas ele mesmo um deus, que garante a fecundidade da terra e especialmente a grande inundação do Nilo que ocorre com regularidade num período determinado do ano. Assim, o faraó tem o domínio preeminente sobre o país inteiro, e recebe um excedente de produto bem maior que os dos sacerdotes asiáticos. Com este recurso, ele constrói as obras públicas, as cidades, os templos dos deuses locais e nacionais, mas sobretudo sua tumba monumental, que simboliza a sua sobrevivência além da morte e garante, com a conservação do seu corpo, a continuação de seu poder em proveito da comunidade." (pag. 40, parágrafo 2, linha 1).
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