Tijolo em São Paulo: modo de fabrico e aplicação nas construções
Por: Ale.deltrejo • 2/12/2015 • Trabalho acadêmico • 926 Palavras (4 Páginas) • 326 Visualizações
UNIVERSIDADE PRESBITERIANA MACKENZIE – HIGIENÓPOLIS
ALESSANDRA B. DELTREJO A11 31302513
TIJOLO EM SÃO PAULO: MODOS DE FABRICO E APLICACÃO NAS CONSTRUÇÕES
ARQUITETURA DO BRASIL 1
SÃO PAULO
09/04/2015
D'ALEMBERT, Clara Correia. Tijolo em São Paulo: modos de fabrico e aplicacão nas construções. In: LOPES, João Marcos e LIRA, José (orgs) Memória, trabalho e Arquitetura. São Paulo: Edusp, 2013. p.111-119
O objetivo principal do texto é apresentar ao leitor a influência e importância do uso de tijolos no final do século XVIII e início do XIX. A autora apresenta as formas e locais onde era confeccionado, já que possuía fácil manipulação comparado a outros materiais da época. Além disso, deixa nítido crescimento contínuo da construção civil na cidade de São Paulo, sendo ainda mais impulsionado com a chegada de imigrantes na capital paulista.
O tijolo é considerado uma pedra artificial, fabricada com argila e queimada no forno, possuindo dimensão regulares, porém nem sempre constantes. Além de ser uma opção construtiva econômica, é um material leve, resistente e de bom acabamento, aderindo fortemente a argamassa. Possui também maior resistência e estabilidade em cada peça, já que existe uma proporção equilibrada entre suas três dimensões.
Inicialmente, a produção de tijolos era manual, sendo substituída pelas máquinas criadas para seu fabrico no século XIX. Com isso, intensificou ainda mais a produção desse material, criando sua automação e aumentando o desenvolvimento da industrialização. Ao tratar-se de aspecto construtivo, na mesma época citada, a grossura das paredes variava conforme a finalidade e a carga que deveriam suportar.
Clara Correia cita 4 exemplos de aparelho de tijolo mais empregados em São Paulo no século XIX: Alvenaria de pano de tijolo de cutelo, utilizada para confecção de paredes provisórias e sem função estrutural; Pano de ½ vez tijolo, usado em divisões internas de construções térreas e andares superiores de sobrados; Paredes de uma vez tijolo, sendo externas de construções térreas ou sobrados; Paredes de uma vez e meia, de duas vezes e até de espessuras superiores são utilizadas em alicerces de construções elevadas.
Na época Colonial, a desconfiança dos construtores paulistas, vinculada a falta de conhecimento técnico específico, acabou impedindo a adoção e difusão da alvenaria de tijolos nos três primeiros séculos. Outro fator que restringia esse uso era a falta de recursos financeiros, já que a economia paulistana configurava-se de subsistência até a época do café. A cal disponível no planalto vinha de Santos e não era indicada para o uso construtivo, desestimulando cada vez mais a produção de tijolos nas olarias.
Os estabelecimentos oleiros se instalavam preferencialmente próximos de rios ou córregos por conta das vantagens de deslocamento aos portos e abundância de matéria-prima e água. Anhangabaú e Tamanduateí, por exemplo, receberam um grande número de olarias instaladas. A autora ainda cita no texto “A primeira obra pública na capital paulista que se tem referência do uso do tijolo foi o Pelourinho, 1610, erigido por Fernão d’Alvares.” Além disso, a expansão ferroviária na década de 1860 e a imigração estrangeira foram grandes propulsores para a difusão do uso da alvenaria no interior do estado de São Paulo.
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